CMG – O escândalo do doping envolvendo o velocista estadunidense Erriyon Knighton se intensificou. Apesar de ter sido testado positivo em março deste ano, Erriyon Knighton foi autorizado a participar dos Jogos Olímpicos de Paris. A Unidade de Integridade do Atletismo (AIU) anunciou na última quarta-feira (14) que apelou ao Tribunal Arbitral do Esporte (CAS).
Recentemente, o jornalista independente estadunidense, Ben Norton, divulgou um vídeo em redes sociais, detalhando como a Agência Antidoping dos EUA (USADA) permite que alguns atletas usem drogas proibidas. Segundo ele, “os Estados Unidos permitiram, por uma década, que atletas em competições internacionais, incluindo as Olimpíadas, usassem drogas proibidas como esteróides, recrutando-os como informantes para espionar outros atletas”.
A USADA não é um departamento de polícia, e sim uma agência que deve garantir que seus atletas não violem as regras relativas ao uso de substâncias proibidas. Permitir que atletas dopados compitam já é uma clara violação das regras da WADA destinadas a proteger a integridade da competição esportiva.
Tradução: Inês Zhu
Revisão: Erasto Santos Cruz

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China

Unidade de Integridade do Atletismo processa EUA

247 - A Agência Mundial Antidoping (Wada) criticou duramente a Agência de Antidoping dos EUA (USADA) por práticas que permitiram a atletas dopados continuarem competindo. ”É irônico e hipócrita que a USADA reclame em alto tom quando suspeita que outras organizações não estão seguindo as regras à risca enquanto não anuncia casos de doping há anos e permite que trapaceiros continuem competindo”, disse a AMA em uma nota oficial após o assunto ser noticiado, de acordo com o jornal <a href="https://www.estadao.com.br/esportes/agencia-mundial-antidoping-acusa-eua-permitir-atletas-dopados/">O Estado de S. Paulo</a>.&nbsp;
Ainda conforme a reportagem, a Wada relatou estar ciente de pelo menos três casos de violações graves das regras antidoping, onde atletas foram autorizados a competir enquanto atuavam como informantes secretos da USADA. A agência afirmou que não foi notificada e destacou que tal acordo não está previsto no Código Mundial Antidoping.
O código permite que atletas flagrados, que colaborem significativamente, solicitem redução de penas, mas há um processo formal que não inclui participação em competições. A Wada revelou ter descoberto esta prática em 2021, instruindo os EUA a cessá-la imediatamente.
Um caso mencionado no documento envolve um atleta de elite que admitiu uso de substâncias proibidas e competiu em eventos internacionais até se aposentar, sem divulgação do caso, anulação de resultados ou devolução de prêmios. A USADA justificou a não divulgação pela segurança do atleta. Após consultar seu Departamento de Inteligência e Investigações, a Wada concordou em não expor o doping.
A Wada também questiona se o Conselho de Administração da USADA ou o Congresso dos EUA estavam cientes do esquema que comprometeu a integridade esportiva e a segurança dos atletas.

FILE PHOTO: Barbara McClorin inspects U.S. flags made at Valley Forge Flag’s manufacturing facility in Lane, South Carolina, U.S., February 22, 2024. REUTERS/Evelyn Hockstein/File Photo

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Esporte

Agência Mundial Antidoping aponta que EUA permitiram que atletas dopados participassem de competições

CMG – A Agência Mundial Antidoping (WADA), com sede em Montreal, Canadá, emitiu ontem (7) um comunicado que expôs o esquema da Agência Antidoping dos Estados Unidos (USADA), violando o Código Mundial Antidoping. Segundo a declaração da WADA, a USADA tem permitido, ao longo dos anos, atletas pegos no doping a competir, e houve pelo menos um caso de violação que nunca foi anunciado.
Segundo a WADA, a prática da USADA violou as regras destinadas a proteger a integridade das competições esportivas.
Além dos casos expostos, a WADA tem agora conhecimento de pelo menos três casos de doping em que os atletas foram autorizados a continuar competindo. Eles também foram usados como informantes pela USADA. Por exemplo, a agência estadunidense decidiu dar sinal verde para a participação do velocista Erriyon Knighton nos Jogos Olímpicos em Paris, apesar do teste positivo para trembolona em março.
“Como se sentiriam os outros atletas se soubessem que estavam competindo contra alguém autorizado pela USADA a trapacear com drogas?” Foi o questionamento lançado pela WADA no comunicado.
Ironicamente, a USADA suspeita hipocritamente que outras agências antidoping não estão seguindo as rígidas regras.
Para a WADA, a prática da USADA não só prejudica a justiça das competições esportivas, mas também põe em perigo a segurança dos atletas envolvidos.
Tradução: Inês Zhu
Revisão: Denise Melo

Tag: agencia-antidoping-dos-estados-unidos

Revista Brasil 247

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