247 - O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), criticou a falta de articulação política do governo federal e sugeriu que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se aproxime mais dos parlamentares para melhorar o diálogo com o Congresso. A declaração, divulgada pelo <a href="https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2024/12/20/lira-aponta-fogo-brando-no-governo-e-cobra-de-lula-conversas-com-deputados.htm">UOL</a>, foi feita a aliados e incluiu uma lembrança dos famosos ‘churrasquinhos’ promovidos nos primeiros mandatos de Lula na Granja do Torto.
Lira apontou que interferências entre ministros têm causado atritos dentro do governo, afetando as negociações políticas. Segundo aliados, ele afirmou que a comunicação interna precisa ser aprimorada para evitar disputas desnecessárias. “Quando o governo machuca o governo, todos pagam o preço”, teria afirmado.
A principal referência foi aos constantes embates entre os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Rui Costa (Casa Civil) sobre a agenda econômica. Segundo Lira, cada ministro deve ser respeitado dentro de sua área, já que representam setores fundamentais para a gestão.
A cúpula da Câmara avalia que o presidente Lula precisa participar mais diretamente das articulações políticas. Interlocutores de Lira lembraram que, nos primeiros mandatos de Lula, eventos informais como churrascos na Granja do Torto ajudavam a criar um ambiente de proximidade e diálogo com os parlamentares. “Carinho, uma atenção, ajudam muito”, teria dito um aliado.
Além disso, Lira e líderes do centrão continuam pressionando por uma reforma ministerial que lhes dê mais espaço no governo. Segundo eles, o PT, que obteve cerca de 12% dos votos nas eleições, detém “80% do comando do país”, o que consideram “injusto e desequilibrado”.
Apesar das críticas, a reunião recente de Lula com Lira e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), resultou em avanços. Pouco antes de se submeter a uma cirurgia, Lula participou de conversas para garantir a aprovação do pacote de corte de gastos, destravando votações importantes.

Camila França

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Poder

Próximo ao fim do mandato, Lira cobra 'churrasquinho' de Lula para melhorar articulação política com o governo

247 - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) coordena, nesta segunda-feira (10), pela segunda semana consecutiva, uma reunião no Palácio do Planalto com o objetivo de discutir a articulação política e as prioridades do governo na pauta do Congresso Nacional. O encontro reúne líderes da base governista e ministros.
Segundo a <a href="https://www.cnnbrasil.com.br/politica/lula-reune-ministros-e-lideres-para-debater-articulacao-e-prioridades-do-governo-no-congresso/">CNN Brasil</a>, a reunião conta com a participação do líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Sem partido-AP); o líder do governo no Senado, senador Jaques Wagner (PT-BA); e o líder do governo na Câmara dos Deputados, deputado José Guimarães (PT-CE). Além deles, participam os ministros Rui Costa, da Casa Civil; Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral; Alexandre Padilha, da Secretaria de Relações Institucionais; o ministro interino da Secretaria de Comunicação Social, Laercio Portela; e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
A pauta principal da reunião envolve a negociação de medidas econômicas com o Congresso. Haddad terá a missão de articular soluções para compensar a desoneração de setores e municípios em 2024, além de planejar a transição para reonerar a folha de pagamento nos próximos anos. As alternativas propostas por uma medida provisória editada recentemente não foram bem recebidas por diversos setores e parlamentares, o que levou o governo a repensar a estratégia inicial.&nbsp;
A regulamentação da reforma tributária está entre as prioridades econômicas do governo, que busca uma aprovação célere no Congresso. Outra pauta de destaque é a votação final na Câmara dos Deputados do projeto de lei do Mover, o programa de descarbonização da indústria automotiva, que também inclui a taxação de compras internacionais.
Além disso, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados tem pautas sensíveis no radar, como a PEC das Drogas e o projeto de lei que pode anistiar presos que participaram da tentativa de golpe de Estado do dia 8 de janeiro do ano passado. Também está em discussão um projeto de lei que visa proibir delações premiadas feitas por pessoas presas, tema que pode ter um pedido de urgência analisado pelos deputados.

Lula faz reunião com líderes e ministros para tratar da articulação política e de prioridades no Congresso

247 - O deputado federal Lindbegrh Farias (PT-RJ) demonstrou repúdio nesta quinta-feira (11) à iniciativa do presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) por dizer que o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, é "incompetente". "Quem Lira pensa que é? Chega de política de faca no pescoço", escreveu o parlamentar do PT em uma de suas redes sociais. "Ministro Padilha tem minha total e irrestrita solidariedade. Padilha trabalha em harmonia com o presidente Lula. A competência do Padilha é porque não deixa Lira prender o orçamento da Saúde, nem soltar o acusado de assassinar Mariellle Franco". O petista cobrou de Lira "mais respeito antes de atacar um dos principais quadros do nosso governo e do nosso partido". "O presidente da República é Luiz Inácio Lula da Silva, eleito com 60,3 milhões de votos! Padilha trabalha em harmonia com o presidente Lula".  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20231030131032_7a2cb7c4a1bfa87e69b91a2791966ee73ea6f645c775f037ddcc38c1d6fcfdc3.jpg" data-media-id="editor_0" data-image-id="20231030131032_7a2cb7c4a1bfa87e69b91a2791966ee73ea6f645c775f037ddcc38c1d6fcfdc3" data-rendition-name="original" width="1170" height="600" loading="lazy" alt="alexandre-padilha"><figcaption>Alexandre Padilha. Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil</figcaption></figure>

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