247 - Após uma tarde de temporais que causaram inundações e deixaram mais de 43 mil imóveis sem luz no sábado (2), São Paulo se prepara para mais um dia de instabilidade climática neste domingo (3), segundo a <a href="https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2024/11/sao-paulo-deve-ter-mais-um-dia-de-chuva-forte-neste-domingo-3.shtml">Folha de S. Paulo</a>. De acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas (CGE) da Prefeitura, há previsão de chuva fraca e isolada durante a manhã, com tempestades mais intensas à tarde, acompanhadas de ventos fortes e trovoadas. O solo saturado pela água acumulada agrava o risco de deslizamentos de terra, especialmente nas áreas mais vulneráveis.
A Climatempo também alerta que o cenário de instabilidade deve persistir ao longo da primeira semana de novembro, com previsão de chuva acumulada acima de 150 mm até quarta-feira (6). Esse volume é impulsionado pela entrada constante de umidade vinda da faixa norte do Brasil, que intensifica a formação de áreas de baixa pressão. Com a previsão de temperaturas entre 19°C e 26°C, o clima na capital permanecerá propício para a propagação de áreas de instabilidade.
Sábado de transtornos: enchentes e queda de energia - O temporal de sábado trouxe uma série de problemas para São Paulo, com o transbordamento dos córregos Rio Verde e Itaim e alagamentos em vários bairros. A concessionária Enel informou que, às 21h, ainda havia mais de 43 mil endereços sem eletricidade na capital e arredores. A força da chuva também causou a queda de árvores, mobilizando o Corpo de Bombeiros, que recebeu sete chamados para ocorrências relacionadas. Uma árvore de grande porte caiu na Avenida Ricardo Medina Filho, na Lapa, zona oeste da cidade, obstruindo a via e comprometendo o trânsito local.
A tempestade afetou até mesmo o cronograma do Grande Prêmio de Fórmula 1, que ocorre em Interlagos. A sessão de classificação, inicialmente programada para a tarde de sábado, foi adiada para a manhã de domingo, com a corrida principal antecipada para as 12h30 devido ao risco de novas precipitações intensas.
Semana promete mais chuva e riscos elevados - Os meteorologistas alertam que as condições climáticas em São Paulo continuarão desfavoráveis nos próximos dias, com previsão de chuva constante até a metade da semana. A CGE recomenda cautela, especialmente para quem reside em áreas de risco, e orienta a população a ficar atenta aos avisos de segurança. Com o solo já encharcado, há potencial para alagamentos adicionais e deslizamentos de terra, reforçando a necessidade de vigilância.
Conforme a Climatempo, a entrada de ar úmido na região metropolitana, associada ao sistema de baixa pressão, deve manter o clima instável, fazendo com que o acumulado de chuva ultrapasse facilmente 150 mm até o meio da semana.

Estabelecimento comercial sem energia elétrica

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Sudeste

Chuva volta a castigar São Paulo neste domingo; no sábado, cidade teve inundações e apagão

Agência Brasil - Iniciado nesta sexta-feira (1º), o mês de novembro terá chuvas acima da média em grande parte da região Sudeste, Goiás, centro-leste do Mato Grosso, Acre, Roraima, noroeste e sudeste do Amazonas. A previsão é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária.
Já o Rio Grande do Sul terá precipitação na faixa normal, com algumas localidades acima da média.
Para grande parte da região Nordeste, centro-norte do Pará, Amapá, Roraima, bem como no sudoeste do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, são previstas chuvas próximas e abaixo da média do mês.
Soja - O Inmet estima que essa pouca chuva para o nordeste da região amazônica e parte significativa da região Nordeste pode dificultar o plantio de soja com a redução dos níveis de umidade no solo, principalmente na região que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – área conhecida como Matopiba.
A previsão do clima para as regiões Centro-Oeste e Sudeste neste 11º mês do ano é de chuvas mais regulares que devem favorecer o plantio e o desenvolvimento dos cultivos de primeira safra.
Em grande parte da região Sul, haverá chuvas próximas à média histórica e os níveis de umidade no solo permanecerão elevados, podendo beneficiar os cultivos de inverno - na fase de enchimento de grãos e o desenvolvimento da safra 2024/2025.
Temperaturas - As informações meteorológicas do Inmet indicam, ainda, que as temperaturas deverão ser acima da média em grande parte do país.
Especificamente em áreas do norte das regiões Norte e Nordeste, dias de calor em excesso podem ter temperaturas médias acima dos 28 graus celsius (ºC).
Mas, em localidades do leste da região Sudeste e região Sul, por causa da ocorrência de dias consecutivos com chuva, as temperaturas ficarão próximas ou ligeiramente abaixo da média.

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Brasil

Chuva acima da média e calorão: veja a previsão do tempo para novembro

247 - Cerca de 47 mil imóveis seguem sem energia elétrica na manhã desta sexta-feira (25), um dia após o temporal que atingiu a capital e outras cidades paulistas, trazendo chuva intensa e rajadas de vento. Segundo informações divulgadas pela concessionária Enel, mais de 23 mil clientes estão sem o serviço na capital, o que representa aproximadamente 0,41% da rede. No interior, Pirapora do Bom Jesus aparece como um dos municípios mais impactados, com 8,61% da rede local prejudicada, segundo o <a href="https://www.metropoles.com/sao-paulo/apos-temporal-imoveis-sem-energia-sp">Metrópoles</a>.
A Enel informou que ativou seu Plano Emergencial de Atendimento, mobilizando cerca de 2,5 mil profissionais desde a tarde de quinta-feira (24). Em declaração oficial, a companhia afirmou que “os canais de atendimento foram reforçados”, e que “500 geradores estão sendo disponibilizados para serviços essenciais, como hospitais”. Além disso, subestações e transformadores móveis foram posicionados para amparar as regiões mais vulneráveis, em uma tentativa de conter o impacto do apagão.
Estragos e previsão de mais temporais - A força dos ventos causou a queda de ao menos 11 árvores na capital, conforme o Corpo de Bombeiros. Para as próximas horas, a Defesa Civil prevê ventos de até 70 km/h na região metropolitana de São Paulo e na Baixada Santista, com um cenário de instabilidade e o risco de novos alagamentos e deslizamentos em áreas sensíveis. O radar meteorológico aponta chuvas entre Tatuí e Juquitiba, que estão avançando para a zona sul da capital, ampliando as chances de transtornos pela cidade.
A Defesa Civil orienta que moradores em áreas vulneráveis mantenham atenção redobrada. Os alertas incluem possíveis formações de pontos de alagamento, quedas de árvores e de muros. Sábado (26) deve apresentar alguma melhora, com ventos do sul que podem reduzir a intensidade das chuvas e manter as temperaturas entre 18°C e 24°C.
Histórico e críticas à Enel - O recente apagão soma-se a um histórico recente de interrupções no fornecimento de energia. Menos de duas semanas atrás, outro temporal deixou 3,1 milhões de clientes sem luz na região metropolitana. A demora na normalização, que se estendeu por cinco dias, levantou críticas intensas.&nbsp;

Enel São Paulo anuncia contratação de novos profissionais 

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Após temporal, novo apagão atinge São Paulo nesta sexta e deixa 47 mil imóveis sem luz

247 - A Defesa Civil do Estado de São Paulo notificou as concessionárias de energia elétrica que operam no estado, alertando sobre o risco meteorológico previsto para o próximo final de semana. O órgão também convocou as empresas para uma reunião nesta quinta-feira (17), visando debater ações preventivas diante dos eventos climáticos. Entre as medidas solicitadas estão a apresentação de um plano de contingência e a implementação de ações para mitigar possíveis danos e interrupções no fornecimento de energia.
Em ofício enviado às concessionárias, o secretário chefe da Casa Militar e coordenador da Defesa Civil, coronel Henguel Ricardo Pereira, destacou a necessidade de reforço das equipes de atendimento e melhoria na comunicação com o governo de São Paulo. “Solicitamos ainda que, durante a vigência do Aviso de Risco, seja estabelecido um canal de comunicação direto entre a concessionária e o Gabinete de Crise da Coordenadoria Estadual de Proteção e Defesa Civil, a fim de fornecer informações detalhadas sobre as pessoas afetadas pela interrupção de energia elétrica”, diz o documento.
A reunião com as concessionárias está agendada para as 10h desta quinta-feira (17) no Palácio dos Bandeirantes. O objetivo do encontro é compartilhar uma análise detalhada da situação meteorológica e definir estratégias de enfrentamento das chuvas intensas previstas para o final de semana.
Chuvas e ventos fortes previstos - A Defesa Civil emitiu um alerta para o período de sexta-feira (18) a domingo (20), devido à aproximação de uma frente fria que promete trazer chuvas intensas, rajadas de vento de até 60 km/h e, em pontos isolados, queda de granizo. Estima-se que o volume acumulado de chuva possa chegar a 200 milímetros em algumas regiões, o que aumenta o risco de alagamentos e interrupções no fornecimento de energia elétrica.
Enel e medidas de atuação durante a crise 0 A concessionária Enel, principal fornecedora de energia na capital e região metropolitana, está sob forte pressão após um histórico de falhas durante eventos climáticos. O Tribunal de Contas da União (TCU) determinou, nesta quarta-feira (16), que a empresa conceda acesso às informações de seu centro de controle operacional à Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo (Arsesp).
A decisão veio após solicitação do governo de São Paulo e de 16 prefeituras da Região Metropolitana, em uma reunião realizada na terça-feira (15), no Palácio dos Bandeirantes. A gestão estadual, em carta entregue ao ministro Augusto Nardes, do TCU, solicitou medidas para melhorar a capacidade de fiscalização dos serviços de energia elétrica. Entre as ações propostas está o acesso em tempo real aos dados operacionais das concessionárias, para que o monitoramento das crises seja mais eficiente.

Defesa Civil notifica concessionárias de energia de SP sobre risco meteorológico e cobra plano contra as chuvas

247 - Após o forte temporal que atingiu a capital paulista na última sexta-feira (11), causando um apagão que afetou milhões de pessoas, a previsão do tempo indica que novas pancadas de chuva devem ocorrer ao longo desta semana. De acordo com informações da Climatempo, o tempo ficará encoberto nos próximos dias, mas o retorno das chuvas está previsto a partir de quarta-feira (16), relara o <a href="https://www.metropoles.com/sao-paulo/pancadas-de-chuva-sao-paulo">Metrópoles</a>.&nbsp;
Nesta segunda-feira (14), o clima deve permanecer nublado em toda a região metropolitana, sem chuvas significativas. Já na terça-feira (15), as temperaturas vão subir tanto na capital quanto no litoral. Contudo, o aumento da temperatura eleva também as chances de novas pancadas de chuva, que podem se intensificar até sexta-feira (18), atingindo diversas regiões do estado. Durante o fim de semana, há previsão de temporais mais severos, com chuvas espalhadas por várias áreas, incluindo o centro-norte, nordeste e oeste de São Paulo.
Além da Climatempo, a Defesa Civil também emitiu alertas de chuvas intensas para os próximos dias. O órgão indica que o final de semana será marcado por precipitações mais generalizadas, com alto potencial de provocar transtornos em áreas já atingidas pelos temporais recentes.
Consequências do temporal anterior - O forte temporal da sexta-feira passada deixou um rastro de destruição e tragédias no estado de São Paulo. Sete mortes foram confirmadas pela Defesa Civil, sendo três vítimas em Bauru, duas em Cotia, uma em Diadema e outra na capital paulista. As chuvas também causaram um apagão que deixou mais de 2 milhões de clientes da Enel sem energia elétrica.&nbsp;

Em meio a apagão, São Paulo deve ter mais chuva nesta semana

Agência Brasil – Os brasilienses vivem nesta segunda-feira um dia de alívio. Depois de uma seca histórica de 167 dias, a maior desde 1963, chove em diversos pontos da capital, do Distrito Federal e do Entorno.
Em alguns locais, após a chuva acompanhada de ventos fortes, houve queda de árvores e postes, com interrupção de fornecimento de energia elétrica.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) já previa pancadas de chuva isoladas a partir da tarde de hoje. A mesma previsão se mantém para os próximos dias em razão da convergência de umidade na porção central do Brasil.
No Distrito Federal, também há previsão de diminuição da temperatura máxima, que chegou a 35º C nesta segunda, mas até sexta cai para 30º.
A umidade mínima tende a se elevar de 30% para 40%. A máxima passa de 70% para 85% ao longo da semana.
O Inmet alerta, no entanto, para a continuidade do calor e pede atenção da população para rajadas de vento e possibilidade de chuvas de granizo.

Brasília

Chega ao fim a maior seca de Brasília desde 1963

Agência Brasil - Os próximos dias serão de chuvas na região sul se deslocando para áreas de São Paulo e do extremo sul da Região Centro-Oeste. A área central do país, no entanto, permanecerá apresentando altas temperaturas e clima bastante seco, segundo informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
“Duas regiões apresentarão mudanças nos próximos dias: o Sul e em áreas do Sudeste. No Sul, serão observadas áreas de instabilidade relacionada ao ar quente e úmido com origem na Argentina e no Paraguai. Em um primeiro momento, essa nova formação afetará o Rio Grande do Sul e Santa Catarina, intensificando chuvas à noite”, explicou à Agência Brasil o meteorologista do Inmet, Heráclio Alves.
Na sequência, essa nova frente fria ficará mais intensa e se estenderá ao Paraná e ao sul de Mato Grosso do Sul. “Em Santa Catarina, esse aumento de intensidade ocorrerá a partir de sábado (14), e no domingo (15) ele afetará o sul do Paraná e do Mato Grosso do Sul”, acrescentou o meteorologista.
Na Região Sul, a chuva só começará a diminuir entre sábado e domingo, quando a frente se deslocará para o estado de São Paulo e outras áreas do Sudeste. A expectativa é de que, entre domingo e segunda-feira, essa frente se concentre mais no leste de São Paulo e no oceano, pegando tanto a capital como o litoral paulista, na segunda-feira.
<h3>Miolo central seco</h3>
Nas demais regiões do país, predominará a massa de ar quente e seco. O céu terá poucas nuvens. “Essa nebulosidade reduzida representa muito pouca chance de chuvas no miolo central do país, que terá temperaturas elevadas de 41ºC em algumas áreas do Centro-Oeste e do Norte brasileiro”, explicou Heráclio.
O meteorologista diz que as temperaturas mais altas serão observadas no sul do Maranhão e do Pará, bem como no Mato Grosso, no Tocantins e nesse miolo onde a seca já vem ocorrendo. “Teremos, além de temperaturas altas, índices muito baixos de umidade, podendo chegar a menos de 15% em algumas localidades. Esse ar seco e quente no miolo central se manterá durante a semana”, finalizou.

Brasil terá chuva no Sul e Sudeste, mas seca continua nas demais áreas

247 - Prefeituras de cidades do interior de São Paulo avaliam a necessidade de adotar racionamento de água nas próximas semanas. Com cerca de 500 mil habitantes, o município de São José do Rio Preto recebeu 635,5 mm de chuva entre 1º de janeiro e esta quarta-feira (11). Esse valor representa quase a metade (47%) do registrado no mesmo período do ano passado.
"Caso não chova nos próximos dias ou o consumo não diminua, o racionamento será inevitável", disse a gestão do prefeito Edinho Araújo (MDB) em nota. Os relatos foram publicados no <a href="https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2024/09/ha-mais-de-150-dias-sem-chuva-cidades-no-interior-de-sp-avaliam-racionamento-de-agua.shtml">jornal Folha de S.Paulo</a>.
Em Birigui, cidade com cerca de 120 mil moradores e localizada a 150 km de São José do Rio Preto, a prefeitura informou que deve decretar estado de emergência em razão do problema de abastecimento.
Segundo a administração do prefeito Leandro Maffeis (Republicanos), "a prefeitura está monitorando com extrema vigilância a atual crise de abastecimento de água que afeta o município, em virtude da acentuada redução dos níveis do Ribeirão Baixotes, principal fonte de captação hídrica da cidade".
"Esta situação emergencial é indicativa de um problema mais amplo que impacta diversas regiões do estado de São Paulo, exacerbado pela estiagem prolongada, altas temperaturas e frequentes queimadas", disse a gestão em nota.
A Prefeitura de Sorocaba publicou nesta quarta-feira (11) um decreto de emergência climática, com uma multa de R$ 150 mil para quem atear fogo em áreas de mata. O prefeito Rodrigo Manga (Republicanos) afirmou que "incêndios colocam em risco a vida da população, dos animais e a saúde respiratória de todos". "Com o decreto, ficam obrigadas, também, as secretarias competentes, seus servidores e máquinas à disposição para o controle de incêndios", informou.

Municípios avaliam racionamento de água no interior de SP

SÃO PAULO (Reuters) - A umidade do solo das principais bacias hidrográficas para geração de energia elétrica no Brasil alcançou o nível mais seco em quase 20 anos, após uma sequência de vários anos de chuvas abaixo da média histórica que vem afetando a principal fonte da matriz elétrica brasileira, segundo monitoramento da London Stock Exchange Group (LSEG).
Essa situação deve dificultar o reenchimento dos reservatórios das usinas hidrelétricas no período úmido que se inicia em outubro, uma vez que as chuvas servirão primeiro para repor a umidade do solo nas bacias hidrográficas, antes de a água fluir para os reservatórios e se converter em energia natural afluente (ENA), métrica que indica o quanto do volume pode ser transformado em energia.
As bacias hidrelétricas Paranaíba, Grande e Tocantins, que percorrem áreas do Sudeste, Centro-Oeste e Norte e concentram grande parte da capacidade do país em armazenar energia em reservatórios, atingiram em setembro o pior nível de umidade de solo da série histórica da LSEG, com dados desde 2005.
Isso é resultado das chuvas decepcionantes observadas por vários anos, observa o analista da LSEG Claudio Vallejos, apontando que 9 dos últimos 10 ciclos hidrológicos nas principais bacias registraram chuvas abaixo da média de longo prazo.
"O solo acaba funcionando como uma espécie de 'memória' das chuvas, com a umidade refletindo todo o histórico ruim... Você tem um déficit que veio sendo carregado, e aí tivemos um período úmido em 2024 muito decepcionante", disse ele.
O cenário de baixa umidade do solo também alcança outras bacias, como Tietê (mais seco do histórico), Paranapanema (2º mais seco) e São Francisco (2º mais seco).
"O Operador (Nacional do Sistema Elétrico) só tem controle sobre os reservatórios... ao contrário desse 'reservatório de umidade do solo', que é uma variável que depende diretamente da chuva, não temos controle sobre isso", destaca o analista da LSEG Bruno Couto.
Eles apontam que o sistema vive agora uma "anomalia", com o solo das bacias alcançando nível crítico ao mesmo tempo em que o armazenamento de água nos principais reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste está em patamar confortável.
Os lagos das usinas da região registram atualmente 53% de capacidade -- muito acima dos níveis de 2021, na última crise hídrica, quando chegaram a 16% no mês de setembro --, depois da implementação de políticas para preservar água das hidrelétricas e em meio a um crescimento acelerado das fontes eólica e solar, que passaram a atender grande parte da carga de energia.
O nível dos reservatórios aponta para uma situação mais confortável para suprimento de energia no Brasil, embora o ONS venha tendo dificuldades para operar o sistema nos horários de pico de carga, o que levou ao acionamento de mais termelétricas nos últimos meses.
O ponto de alerta fica para o próximo período úmido que, caso se configure novamente com chuvas muito abaixo da média, pode levar a um rápido deplecionamento dos reservatórios diante do quadro de solo muito seco.
"Os reservatórios em si são o armazém de energia, mas o que realmente faz a coleta da chuva para trazer para o reservatório é o solo das bacias... e a única maneira de recuperar essa umidade seria com chuvas", apontou Vallejos.
Já Couto lembrou que a situação também afeta a capacidade de geração das usinas na região Norte, onde a maioria opera a fio d'água (sem reservatório de acumulação), dependendo principalmente das vazões dos rios.
"Principalmente para usinas a fio d'água, esse impacto da umidade do solo é muito mais drástico, visível, do que para usinas que você tem controle via reservatório, já que para essas o ONS consegue remanejar as operações e isso acaba 'mascarando' uma condição que vem se deteriorando rapidamente."
A estiagem na região Norte já levou à paralisação parcial da hidrelétrica Santo Antônio, uma das maiores do país, neste mês devido ao nível muito baixo do rio Madeira.
No campo meteorológico, a expectativa é de que as primeiras chuvas comecem a cair nos reservatórios da região no final deste mês e ainda permaneçam irregulares na primeira metade de outubro, para ganhar corpo apenas na segunda quinzena do próximo mês, afirma Alexandre Nascimento, sócio-diretor da Nottus Meteorologia.
"A expectativa não é ruim, poderia até dizer que é boa, mas antes de melhorar vai piorar bastante... Continuamos com temperaturas extremamente altas e umidade relativa muito baixa, isso acaba acelerando ainda mais o processo de deplecionamento dos reservatórios", disse Nascimento.
O cenário da Nottus, que não contempla atraso do início do período úmido, aponta que as chuvas no Sudeste/Centro-Oeste em novembro e dezembro devem ficar em níveis normais e pontualmente até um pouco acima da média histórica.
<h3>IMPACTO NOS PREÇOS DE ENERGIA E INFLAÇÃO</h3>
A perspectiva atual de energia natural afluente (ENA) muito baixa deve levar a um aumento do preço de liquidação das diferenças (PLD), indicador de referência do setor elétrico para negociações do mercado de curto prazo e que também é considerado no cálculo das bandeiras tarifárias.
"O cenário-base é de preços um pouco mais estressados para o último trimestre, com bandeira tarifária vermelha no mês de outubro... mas é difícil cravar nesse momento", disse Sergio Romani, CEO da Genial Energy, lembrando que os preços de energia reagiriam rapidamente na ocorrência de chuvas abundantes.
"Temos gordura em reservatório, mas em ENA estamos muito mal, a pior da história... na casa de 9,2 GW (em setembro), é assustador, nunca vi isso acontecer no sistema elétrico brasileiro".
Mas analistas ainda divergem sobre qual será a tendência de acionamento das bandeiras tarifárias até o fim do ano, com consequente impacto na inflação da cobrança adicional na conta de luz.
A Genial Energy projeta bandeira vermelha em todo o último trimestre em seu cenário-base. Já a corretora Warren Rena considera acionamento da bandeira vermelha 1 até outubro e amarela no restante do ano, com uma projeção de IPCA de 4,53% em 2024. Caso a bandeira encerre o ano no vermelho, a Warren calcula impactos na projeção do IPCA de +14 bps para vermelha 1 e de +32 bps para vermelha 2.
O Banco Daycoval, por sua vez, projeta bandeira verde para dezembro, com uma projeção de IPCA de 4,0% para 2024. Se houver manutenção da atual bandeira vermelha 1 até o fim do ano, a inflação deve fechar o ano em torno de 4,3%, calculou o banco.

Seca no Rio Madeira, Humaitá, Amazonas. 7 de setembro de 2024

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Meio Ambiente

Sem chuvas, bacias de hidrelétricas do Brasil têm solo mais seco da série histórica

247 - Uma nova frente fria se aproximou da região sul de Mato Grosso do Sul, no Centro-Oeste brasileiro. A previsão dos meteorologistas da Climatempo é que a temperatura em Dourados (MS) atinja a mínima de 15°C nesta quinta-feira (5). Para o restante do estado, não há previsão de chuva nem de queda significativa nas temperaturas. Em Campo Grande, capital sul-mato-grossense, a mínima prevista é de 23°C, e a máxima de 37°C.
Recomenda-se beber bastante líquido, umidificar os ambientes e evitar atear fogo em qualquer situação, considerando a baixa umidade relativa do ar, que ficará entre 8% e 20%. "Essa situação meteorológica ocorre devido à atuação de um sistema de alta pressão atmosférica que funciona como um bloqueio e inibe a formação de nuvens, favorecendo o tempo quente e seco no estado", afirmou a Climatempo.
Na fronteira com o Paraguai, Ponta Porã terá mínima de 21°C e máxima de 34°C. Anaurilândia, na região leste, apresentará 20°C pela manhã e 38°C à tarde. Na região do Bolsão, Três Lagoas e Paranaíba iniciarão o dia com 19°C, com máximas de 38°C e 39°C, respectivamente. Em Coxim, no norte, a mínima será de 22°C e a máxima de 39°C, enquanto em Camapuã os valores variarão entre 21°C e 38°C.
No Pantanal, Corumbá amanhecerá com 25°C e atingirá 39°C ao longo do dia, enquanto a mínima em Aquidauana será de 22°C e a máxima de 40°C. No município de Porto Murtinho, na região sudoeste, a mínima será de 23°C e a máxima de 39°C.

Nova frente fria se aproxima do Mato Grosso do Sul

Agência Brasil - A terça-feira (3) será de calor na maior parte do Brasil. Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) mostram que 17 capitais têm máximas acima de 30º na parte da manhã, com cenário se mantendo na parte da tarde.
O recorde de temperatura está na capital do Mato Grosso. Cuiabá registra máxima de 42º no dia de hoje. As outras temperaturas acima de 30º, entre as capitais, estão em Rio Branco (36º), Porto Velho (39º), Manaus (36º), Boa Vista (36º), Belém (35º), Macapá (34º), Palmas (38º), São Luis (33º), Teresina (36º), Aracaju (31º), Campo Grande (37º) Goiânia (36º), Brasília (31º), Belo Horizonte (34º), Rio de Janeiro (31º) e São Paulo (31º).
<h2>Seca</h2>
A baixa umidade tem atingido grande parte do país. Nesta terça-feira, toda a região centro-oeste, bem como os estados de Tocantins, Rondônia e Minas Gerais, estão afetados pela seca. Além disso, parte da região norte e nordeste do país, além dos estados de São Paulo, Paraná e Santa Catarina (nos municípios mais afastados do litoral) estão incluídos em grau de “perigo potencial” pelo Inmet.
Para reduzir os impactos da baixa umidade, é importante que as pessoas bebam bastante líquido e evitem desgaste físico nas horas mais secas e exposição ao sol nas horas mais quentes do dia.

População enfrenta forte onda de calor no Rio de Janeiro

Onda de calor atinge grande parte do país nesta terça-feira

247 - Setembro começou com uma onda de calor em grande parte do Brasil, incluindo a Região Centro-Sul e Oeste de Minas Gerais. Em Belo Horizonte e no restante do estado, a previsão é de temperaturas elevadas e índices críticos de umidade durante o mês, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
De acordo com o <a href="https://g1.globo.com/mg/minas-gerais/noticia/2024/09/03/quando-volta-a-chover-em-bh-veja-o-que-diz-a-previsao-do-tempo.ghtml">g1</a>, nesta segunda-feira (2) a capital mineira completou 136 dias consecutivos sem chuva. Os termômetros marcaram máxima de 33,4ºC e mínima de 15,3ºC. À tarde, a Estação Meteorológica da Pampulha registrou umidade relativa do ar em 12%, bem abaixo do ideal de 60%, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Esse é o segundo maior período de estiagem registrado desde o início das medições em 1961, perdendo apenas para 1963, quando a capital enfrentou 198 dias sem chuva.
Para a próxima sexta-feira (6), a intensificação do fluxo de umidade de origem oceânica deve aumentar a nebulosidade no Centro-Leste de Minas, reduzindo levemente o calor e melhorando um pouco as condições de umidade. No entanto, a previsão não indica chuvas nas próximas duas semanas.
A meteorologista Anete Fernandes, do Inmet, explica que "nos últimos dez dias de setembro costuma ter onda de calor, época que tem as temperaturas mais elevadas. Antes dessa onda normalmente temos as primeiras pancadas, que ocorrem geralmente na segunda quinzena de setembro, de maneira bem isolada, depois de um longo período de seca e de um avanço de sistemas frontais". Segundo ela, a previsão para os próximos meses é de chuvas abaixo da média em Minas Gerais, com temperaturas elevadas.
Essas condições são comuns durante a transição do inverno para a primavera, quando a insolação aumenta, aquecendo ainda mais o solo e o ar. Nos últimos anos, no entanto, as ondas de calor têm se tornado mais intensas, prolongadas e antecipadas, refletindo as mudanças climáticas que afetam o padrão meteorológico da região.

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