247 - O presidente do PRTB, Leonardo Alves de Araújo, conhecido como “Leonardo Avalanche”, está sob acusação de manipular documentos para garantir sua eleição à liderança do partido, em fevereiro deste ano, em Brasília. A denúncia, segundo a <a href="https://www1.folha.uol.com.br/poder/2024/10/presidente-do-partido-de-marcal-e-acusado-de-falsificar-documentos-para-votacao.shtml">Folha de S. Paulo</a>, foi registrada por um dos supostos participantes do esquema, que alega que Avalanche teria distribuído identidades falsas para 11 pessoas recrutadas em São Paulo.&nbsp;
Os documentos possuíam dados de fundadores do PRTB, mas as fotos seriam dos falsários, em uma tentativa de burlar o estatuto da sigla, que exige a participação dos filiados mais antigos na eleição do diretório nacional.
Conforme o boletim de ocorrência, cada um dos envolvidos teria recebido R$ 1 mil, além de passagem aérea, estadia e a promessa de um fim de semana com acompanhante em um resort. A oferta também incluía cargos no diretório paulista do partido. Em mensagens de texto, obtidas pela Folha de S.Paulo, haveria orientações para os falsários retirarem os RGs verdadeiros do plástico no dia da votação e usarem os documentos forjados.
O ex-membro do diretório nacional e líder da chapa opositora, Edinázio José da Silva, acusa Avalanche de armar o esquema para coagir apoiadores e vencer a disputa. “Fui para Brasília disputar uma eleição lícita, sou um dos mais antigos membros do partido. Quando cheguei lá, vi um ônibus cheio de gente”, afirmou Silva, que acionou a Justiça Eleitoral para anular o pleito.
Além das denúncias de fraude, o PRTB enfrenta acusações de associação ao crime organizado. Em um áudio, Avalanche supostamente menciona vínculos com integrantes da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital). Confrontado, ele negou a veracidade da gravação. O ex-presidente do diretório de São Paulo, Tarcísio Escobar, aliado de Avalanche, também foi indiciado por suspeita de associação ao tráfico em uma investigação que envolve a facção.
Em meio às controvérsias, Pablo Marçal, aliado de Avalanche e figura central do partido, tentou se distanciar do dirigente em declarações públicas, afirmando que preferia focar em sua campanha e evitar envolvimentos com as acusações. No entanto, dias depois, defendeu o presidente da legenda, criticando a imprensa e afirmando que Avalanche estaria sendo vítima de perseguição.
O PRTB, que vive momentos conturbados e oscilações políticas internas, pode enfrentar novas complicações judiciais. Marçal, que ficou fora do segundo turno das eleições, também é alvo de investigação por divulgar um laudo falso associando Guilherme Boulos (Psol), seu adversário na disputa pela Prefeitura de São Paulo, ao uso de drogas. O Psol, em resposta, pediu à Justiça a cassação e prisão de Marçal por falsificação de documentos, aprofundando ainda mais a crise na sigla.

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Aliado de Marçal, presidente do PRTB é acusado de falsificar documentos para vencer eleição interna do partido

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