247 – Yamandu Orsi, da coalizão de centro-esquerda Frente Ampla, foi eleito presidente do Uruguai no segundo turno das eleições, realizado em 24 de novembro, com 49,8% dos votos contra 45,9% de Alvaro Delgado, do Partido Nacional. A notícia foi destacada pela Reuters, que ressaltou o clima de cordialidade entre os candidatos, com promessas de colaboração para o avanço do país.
Aos 57 anos, Orsi, ex-prefeito de Canelones e professor de história, cresceu durante a ditadura uruguaia (1973-1985), experiência que marcou sua visão política. "Aquele sopro de ar fresco com o retorno da democracia nunca me deixou", afirmou ele em entrevista à Reuters antes da eleição.
<h3>Promessas e prioridades</h3>
Orsi prometeu que sua gestão será marcada por um equilíbrio entre crescimento econômico e justiça social, mantendo a tradição moderada do Uruguai. Suas prioridades incluem o combate à pobreza, à desigualdade e ao aumento da criminalidade, especialmente os crimes relacionados ao tráfico de drogas, cujas rotas têm impactado o país.
"É preciso mudar o destino e o futuro do país", declarou Orsi, que aposta em um modelo de "esquerda moderna" para enfrentar esses desafios. Ele também se comprometeu a não aumentar impostos, apesar do déficit fiscal, preferindo atrair investimentos e acelerar o crescimento econômico.
<h3>Apoio político e estilo pessoal</h3>
Orsi conta com o respaldo de figuras de peso, como o ex-presidente José Mujica, que o descreveu como um líder que equilibra pragmatismo e diálogo. "Ele tem experiência prática e disposição para construir pontes. É por isso que o apoiamos", disse Mujica.
Durante sua gestão como prefeito de Canelones, Orsi foi reconhecido por facilitar investimentos internacionais e reduzir a burocracia, o que atraiu empresas como o Google. Ele também se destacou por um estilo pessoal humilde e próximo da população, frequentemente fotografado com seu cachorro, Ramon, ou carregando uma cuia de mate.
Orsi assume a presidência em 1º de março de 2025, em um cenário político sem maioria absoluta na Câmara dos Deputados, mas com 16 das 30 cadeiras do Senado garantidas pela Frente Ampla, o que, segundo ele, proporciona condições favoráveis para liderar o governo.
<h3>Desafios à frente</h3>
Além de conter a alta nos índices de homicídio, Orsi planeja fortalecer o sistema prisional e ampliar a cooperação internacional para combater o tráfico de drogas, especialmente com a Europa. Apesar de críticas sobre uma suposta falta de ideias concretas, o presidente eleito é visto por muitos como um moderado aberto ao diálogo e um símbolo de renovação política na América Latina.
Com uma trajetória marcada pela transição democrática e pela experiência administrativa, Yamandu Orsi chega ao cargo mais alto do país prometendo conduzir o Uruguai em direção a um futuro mais equilibrado e inclusivo.

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América Latina

Saiba quem é Yamandu Orsi, o presidente eleito do Uruguai

247 - Diante da vitória do republicano Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, aliados do presidente Lula temem o crescimento da extrema-direiita no Brasil e traçam estratégias para frear um possível avanço eleitoral dos bolsonaristas.&nbsp;
Nesse sentido, eles aconselharam o presidente Lula a manter a estratégia de governar com uma frente ampla de partidos para as eleições de 2026, informou o jornalista Igor Gadelha, do portal <a href="https://www.metropoles.com/colunas/igor-gadelha/o-alerta-de-petistas-a-lula-sobre-2026-apos-a-vitoria-de-trump">Metrópoles</a>.&nbsp;
A questão, segundo lideranças petistas, passou de uma mera tática eleitoral para uma necessidade. Partidos como PSD, MDB, União Brasil e PP são vistos como essenciais.&nbsp;

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Poder

Aliados de Lula aconselham formação de nova frente ampla após vitória de Trump

247 – Edinho Silva, prefeito de Araraquara e ex-ministro da Secretaria de Comunicação de Dilma Rousseff, é visto como um dos principais nomes para assumir a presidência do Partido dos Trabalhadores (PT) em 2025. Em <a href="https://oglobo.globo.com/blogs/malu-gaspar/post/2024/11/a-classe-media-popular-votou-contra-nos-no-brasil-inteiro-diz-edinho-silva.ghtml">entrevista</a> à jornalista Malu Gaspar, no Globo, Edinho refletiu sobre os resultados das eleições municipais de 2024, nas quais o antipetismo se mostrou mais forte do que o partido esperava. Para ele, o PT precisa de novas estratégias para dialogar com a classe média, especialmente nas grandes cidades, e enfrentar o desafio de uma direita organizada que tem captado o voto “antissistema”.
“O antipetismo ainda é muito presente. Ele se tornou mais forte em 2024, nos setores médios da sociedade que em 2022 estavam conosco, mas em 2024 não”, declarou. Edinho defende que o PT precisa ouvir as demandas da classe média urbana que, de acordo com ele, está desiludida com a capacidade do Estado de promover transformações. “Perdemos as eleições onde a classe média é extensa, nas periferias. A juventude da periferia também foi cooptada pelo antissistema”, observou, atribuindo essa mudança ao impacto das redes sociais e à mobilização dos partidos de direita.
Edinho acredita que o momento exige que o PT una esforços com outras forças democráticas para 2026, em um esforço de construção de uma frente ampla. “Temos que construir alianças. Tem que dialogar com o campo democrático e fazer reformas que possam melhorar a relação do Estado com a sociedade civil”, afirmou. Segundo ele, a adesão da classe média ao discurso antissistema coloca em risco a estabilidade democrática, e o PT precisa ser capaz de apresentar um projeto de futuro que recoloque o Estado como um agente relevante na redução das desigualdades sociais.
Ao avaliar os desafios de figuras como Guilherme Boulos, Edinho reconhece que propostas progressistas não conseguem competir, em período eleitoral, com a rejeição que ainda recai sobre o PT em muitas cidades. Ele destaca, porém, que isso não significa um fracasso, mas um reflexo do ambiente polarizado. “Nós quase perdemos Fortaleza. Não tenho nenhuma dúvida de que vamos ter que fazer uma reforma política para combater o crescimento dessa onda antissistema”, argumentou, defendendo a necessidade de um voto em lista, que, segundo ele, daria mais força aos projetos partidários do que aos nomes individuais.
O prefeito ainda comentou a importância de uma comunicação unificada dentro do governo e destacou o papel de figuras históricas do PT, como José Dirceu e João Vaccari Neto, no apoio ao governo e à legenda. “São pessoas que têm acúmulo, que viveram dificuldades e que podem ajudar", afirmou. Para Edinho, o momento exige do partido uma escuta atenta da sociedade e a capacidade de buscar alternativas que respondam às demandas da classe média e das periferias, sem perder de vista os princípios democráticos.

Brasil

"O antipetismo mostrou força em 2024", diz Edinho Silva

247 - O cenário eleitoral no Uruguai avança para um segundo turno entre Yamandú Orsi, da Frente Ampla (FA), e Álvaro Delgado, do governista Partido Nacional (PN), conforme indicam as pesquisas de boca de urna divulgadas neste domingo, conforme reportado pelo O Globo. Com aproximadamente 90% de participação nas urnas, a escolha popular expressa um país dividido, onde nenhum dos candidatos alcançou os 50% necessários para vencer na primeira etapa. O desfecho da corrida presidencial, portanto, está marcado para 24 de novembro.
De acordo com a consultoria Cifra, divulgados pela Telemundo, o candidato da Frente Ampla, Yamandú Orsi, aparece à frente com 44% dos votos. Na segunda colocação está Álvaro Delgado, do Partido Nacional, ligado ao presidente Luis Lacalle Pou, que conquistou 27%. Em terceiro lugar, com 16%, figura Andrés Ojeda, do Partido Colorado, que vem sendo comparado ao polêmico candidato argentino Javier Milei.
Para que a vitória fosse garantida ainda neste domingo, um dos candidatos precisaria alcançar mais de 50% dos votos.&nbsp;

Yamandú Orsi e Álvaro Delgado disputarão segundo turno no Uruguai, apontam projeções

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