247 - A Ipsos, gigante francesa de pesquisas de opinião avaliada em € 2 bilhões na Bolsa de Paris, anunciou a aquisição do Ipec, instituto brasileiro fundado em 2021 por ex-executivos do Ibope. A transação, cujo valor não foi divulgado, marca a entrada da Ipsos no segmento de pesquisas eleitorais no Brasil, área em que a empresa já é líder global. De acordo com reportagem do <a href="https://oglobo.globo.com/blogs/capital/post/2025/02/gigante-francesa-ipsos-compra-brasileiro-ipec-o-antigo-ibope.ghtml">O Globo</a>, o plano é combinar a expertise do Ipec em pesquisas eleitorais com o conhecimento global da Ipsos, preservando o histórico de estudos do instituto brasileiro. “Esta aquisição nos permite expandir nossa oferta de opinião pública na América Latina”, afirmou Ben Page, CEO global da Ipsos.
O Ipec foi criado por ex-executivos do Ibope, que encerrou suas atividades em 2021 após quase oito décadas. O instituto herdou a expertise em pesquisas de opinião e análises políticas, mas surgiu em um mercado mais competitivo, com a proliferação de novos institutos. “Nesses quatro anos, o Ipec cresceu e se fortaleceu. Essa união com a Ipsos vai proporcionar mais força e oportunidades de crescimento”, destacou Marcia Cavallari, CEO e cofundadora do Ipec. A aquisição ocorre semanas após a Ipsos desistir de comprar a britânica Kantar Media, que havia adquirido o Ibope em 2014.
A Ipsos, fundada há 50 anos em Paris, chegou ao Brasil em 1997 e tem ampliado sua presença no país, incluindo a aquisição da Marplan em 2001. Recentemente, a empresa tem realizado uma série de aquisições globais, como a australiana Where to Research e a holandesa I&amp;O Research. Marcos Calliari, CEO da Ipsos no Brasil, ressaltou que a união com o Ipec chega em um momento crucial, oferecendo vantagem estratégica para empresas e instituições que buscam entender mudanças sociais e tendências de consumo.
Nos primeiros nove meses de 2024, a Ipsos registrou faturamento de € 1,7 bilhão, um crescimento de 3,3%, mas enfrentou desaceleração devido ao cenário de incerteza global. Nos últimos 12 meses, suas ações caíram 30% na Bolsa de Paris, embora, em cinco anos, tenham subido 60%. Com a aquisição do Ipec, a Ipsos reforça sua posição no mercado brasileiro e latino-americano, consolidando-se como uma das principais players globais no setor de pesquisas de opinião e eleitorais.

Camila França

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Geral

Ipsos adquire Ipec e fortalece presença no mercado brasileiro de pesquisas eleitorais

247 - Uma pesquisa do Instituto Ipsos, divulgada nesta sexta-feira (26) pelo jornal <a href="https://oglobo.globo.com/blogs/pulso/post/2024/04/em-meio-a-epidemia-de-dengue-saude-se-torna-a-principal-preocupacao-dos-brasileiros-aponta-pesquisa-ipsos.ghtml">O Globo</a>, revela que a saúde pública voltou a ocupar o topo das preocupações dos brasileiros, atingindo um índice de 42% como o principal desafio do país. O número representa um aumento em relação aos 37% registrados no levantamento anterior, realizado em março deste ano.&nbsp;
O percentual é o mais alto desde o término da pandemia em 2021. A taxa de menções à saúde como principal problema do país é praticamente o dobro da média global, que é de 23%. O aumento da preocupação com a saúde pública ocorre em meio a um surto de dengue que já causou a morte de 1.792 pessoas somente neste ano, de acordo com dados do Ministério da Saúde, o que contribuiu para a escalada da preocupação dos brasileiros com o tema nos últimos meses.&nbsp;
Paralelamente, um levantamento realizado pelo Ipec revelou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) enfrenta uma avaliação negativa em relação às suas ações na área da saúde. Para 42% dos entrevistados, as medidas do governo são consideradas "ruins" ou "péssimas", enquanto apenas 29% as avaliam como "boas" ou "ótimas". Essa insatisfação se equipara apenas aos esforços em relação à segurança pública e ao combate à inflação, que também receberam avaliações desfavoráveis.
O CEO da Ipsos, Marcos Calliari, ressaltou que, pela segunda vez desde o início do governo Lula 3, uma maioria numérica acredita que o Brasil está indo na direção errada, com 53% dos entrevistados compartilhando essa visão, uma queda de quatro pontos percentuais na taxa dos que veem o país na direção correta em relação a março.
Desde novembro, a preocupação com crimes e segurança vinha liderando o ranking de maiores angústias dos brasileiros, mas houve uma queda na última pesquisa, com 41% dos entrevistados mencionando esse tema. A insegurança perdeu espaço para a preocupação com a saúde pública e a pobreza e desigualdade social, citadas por 37% dos participantes do levantamento.
Globalmente, a inflação é o tema mais mencionado, com 34% dos entrevistados preocupados com essa questão. No Brasil, 24% consideram a inflação um problema crucial, enquanto a saúde pública continua sendo a principal preocupação.&nbsp;
A pesquisa foi realizada online com 25.302 pessoas de 29 países, incluindo aproximadamente mil brasileiros entre 16 e 74 anos. O Ipsos destaca que a amostra brasileira não representa necessariamente a população geral, mas sim uma parcela mais conectada, concentrada em centros urbanos e com maior poder aquisitivo e nível educacional. A margem de erro é estimada em 3,1 pontos percentuais para mais ou para menos.

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Ipsos adquire Ipec e fortalece presença no mercado brasileiro de pesquisas eleitorais

Saúde é o principal ponto de preocupação dos brasileiros, aponta pesquisa