CGTN – Durante a coletiva de imprensa na sexta-feira (7), o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, respondeu a mais de 20 perguntas que abrangem diversos aspectos como relações entre grandes países, questões críticas regionais e governança global Analistas comentam que em um mundo cheio de “variáveis”, a China é uma rara “constante” que mantém o mundo tranquilo. Por que a China conquistou a confiança do mundo? O que pode demonstrar essa “constante”? Essa “constante” está na defesa resoluta dos interesses nacionais e nenhuma pressão extrema, ameaça ou chantagem pode impedir o progresso da China. Além disso, a adesão ao desenvolvimento pacífico e a busca pela paz mundial também demonstram a “constante” que a China traz para o mundo. O desenvolvimento é a chave para resolver todos os problemas e a “constante” da China desempenha um importante papel neste aspecto. Em 2024, a economia chinesa cresceu 5% e sua taxa de contribuição para o aumento da economia global permaneceu em torno de 30%.  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20250309100348_bee68277c7104acb9fa940b46ac445e5deeff797d05713d6b73f9b1089761724.png" data-media-id="editor_0" data-image-id="20250309100348_bee68277c7104acb9fa940b46ac445e5deeff797d05713d6b73f9b1089761724" data-rendition-name="original" width="785" height="443" loading="lazy" alt="A “constante” da China neutraliza as “variáveis” do mundo"></figure>  O ano de 2025 marca os 80 anos da vitória da Guerra Mundial Anti-Fascista e da fundação das Nações Unidas. No entanto, com o aumento do unilateralismo e a disseminação da política de poder, a autoridade das Nações Unidas está sendo questionada e desafiada. Nesse momento crítico, a China mais uma vez deixou clara sua posição: permanecer firmemente no lado da justiça internacional, opor-se resolutamente à política de poder e à hegemonia, apoiar firmemente a posição de núcleo da ONU, servir como o pilar do sistema multilateral e ser a voz da justiça para o Sul Global. Em um mundo turbulento, a maior certeza é a incerteza. A China está trabalhando arduamente para utilizar sua própria estabilidade e progresso para trazer mais oportunidades e benefírios para o mundo, além de usar a “constante” do desenvolvimento pacífico para neutralizar as “variáveis” da turbulência global, de modo a criar um futuro vantajoso para todos. tradução: Shi Liang revisão: Gabriela Nascimento

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China

A “constante” da China neutraliza as “variáveis” do mundo

247 - O embaixador chinês na ONU, Fu Cong, criticou as tentativas dos Estados Unidos de conter o avanço tecnológico da China, especialmente no campo da inteligência artificial (IA). Em resposta às recentes proibições e restrições impostas pela administração norte-americana à startup chinesa DeepSeek, Fu afirmou que "subestimar a engenhosidade dos cientistas e engenheiros chineses é um erro". Ele destacou que, de empresas como Huawei e TikTok até a DeepSeek, os EUA continuam a impor barreiras, mas que "não precisamos de mais proibições", <a href="https://www.globaltimes.cn/page/202502/1327801.shtml">de acordo</a> com reportagem do Global Times.
A DeepSeek, uma startup de IA que ganhou destaque global recentemente, tem sido alvo de medidas restritivas por parte de agências e políticos dos EUA. Em janeiro, a NASA proibiu o uso de sua tecnologia por "preocupações com a segurança nacional e privacidade", e a Marinha dos EUA emitiu orientações semelhantes. Além disso, o senador Josh Hawley propôs um projeto de lei que proíbe investimentos norte-americanos em empresas chinesas de IA, alegando riscos à hegemonia tecnológica dos EUA.
Fu Cong ressaltou que a China e os EUA, como líderes mundiais em IA, não podem se dar ao luxo de não cooperar. "Apenas com esforços conjuntos podemos reduzir a divisão digital e garantir que o Sul Global se beneficie igualmente do desenvolvimento da IA", afirmou.
Ataques cibernéticos e o modelo de compartilhamento aberto - A DeepSeek também enfrentou uma série de ataques cibernéticos sofisticados nos últimos meses, com a maioria dos IPs de origem monitorados localizados nos EUA, Singapura, Holanda e Alemanha, segundo a empresa chinesa de segurança cibernética XLab. Apesar disso, a startup continua a ganhar adoção global, com gigantes da tecnologia como Microsoft, Nvidia e Amazon integrando seu modelo de IA.
Zhou Hongyi, fundador da 360 Security Technology, destacou que o modelo de desenvolvimento da DeepSeek, baseado em compartilhamento aberto (open-source), desafia a infraestrutura dominante dos EUA no campo da IA. Ele contrastou a abordagem da DeepSeek com a de empresas norte-americanas como a OpenAI, que têm migrado para modelos fechados. "A DeepSeek pode remodelar o cenário global da IA e construir um ecossistema mais inclusivo e igualitário", afirmou Zhou.

Guilherme Paladino

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Mundo

"Não precisamos de mais proibições, precisamos de cooperação", diz embaixador chinês na ONU aos EUA

Por Emma Farge
GENEBRA (Reuters) - Mais de 12.300 civis foram mortos na guerra da Ucrânia desde a invasão da Rússia há quase três anos, disse uma autoridade da ONU em uma reunião da entidade nesta quarta-feira, mencionando um aumento no número de vítimas devido ao uso de drones, mísseis de longo alcance e bombas planadoras.
A Rússia, que está obtendo ganhos territoriais no leste da Ucrânia, tem realizado ataques regulares a cidades distantes nos últimos meses usando essas armas. Isso contribuiu para um aumento de 30% nas mortes de civis, para 574, entre setembro e novembro de 2024 na Ucrânia, em comparação com o ano anterior, de acordo com dados da ONU.
No total, a vice-chefe de direitos humanos da ONU, Nada Al-Nashif, disse que mais de 12.300 civis foram mortos na Ucrânia, incluindo 650 crianças -- embora a ONU tenha dito repetidamente que sua contagem é inferior à realidade porque inclui apenas as mortes que suas equipes conseguiram verificar.
"As Forças Armadas russas intensificaram suas operações para capturar mais território no leste da Ucrânia, com um impacto severo sobre os civis nas áreas de linha de frente...", ela disse, em uma reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra.
"Estamos profundamente preocupados com os impactos do aumento do uso de drones e do uso de novas armas sobre os civis", acrescentou, dizendo que a Rússia havia usado 2.000 drones de longo alcance em novembro.
Esses exemplos de violações cada vez mais graves da lei internacional de direitos humanos podem representar crimes de guerra, afirmou Al-Nashif ao Conselho.
O delegado da Rússia, Evgeniy Ustinov, disse que o relatório é tendencioso e encobre os crimes de Kiev. Moscou nega cometer atrocidades ou visar civis na Ucrânia desde o início da guerra em fevereiro de 2022.
A embaixadora da Ucrânia, Yevhenia Filipenko, descreveu as recentes ações da Rússia contra o país como "calculadas, cruéis e projetadas para infligir o máximo de dor e destruição".

Leonardo Sobreira

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ONU: mais de 12.300 civis foram mortos desde início da guerra na Ucrânia

CGTN – Olhando para o ano de 2024 que está prestes a terminar, constatamos um cenário internacional marcado por turbulências e mudanças, com conflitos geopolíticos em escalada e o aumento dos riscos de “desconexão”. A humanidade enfrenta decisões cruciais sobre seu futuro. Neste ano, perante a questão dos tempos — "Que tipo de mundo queremos construir e como o construiremos?", a China deu uma resposta clara: defender firmemente o multilateralismo, promover ativamente a cooperação internacional e apoiar com vigor o “desenvolvimento do Sul Global”, de forma a contribuir para a estabilidade e a previsibilidade em um mundo instável. Como membro permanente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas, a China trabalhou ativamente pela paz mundial e pela preservação de vidas humanas. Por exemplo, diante da crise da Ucrânia, enviou emissários para realizar três rodadas de mediação diplomática, publicou com o Brasil o "consenso de seis pontos" e, em colaboração com países do Sul Global, lançou o “Grupo Amigos da Paz” em busca de soluções para a crise. Em 2024, a recuperação econômica global desacelerou, com crises sobrepostas em áreas como alimentos e energia, enquanto o unilateralismo e o protecionismo ganharam força, aumentando os riscos de fragmentação econômica. Como promover um crescimento econômico global sustentável por meio de uma governança econômica eficaz e proativa? Durante a Cúpula do G20 no Rio de Janeiro, realizada em novembro, a China apresentou propostas específicas para melhorar a governança nos campos econômico, financeiro, comercial, digital, ecológico e de segurança, enfatizando a construção de uma economia mundial cooperativa, estável, aberta, inovadora e ecologicamente sustentável. Isso representou um plano detalhado para a melhoria da governança econômica global em meio às novas condições. Da Iniciativa Cinturão e Rota à implementação da Iniciativa de Desenvolvimento Global, a China tem oferecido continuamente bens públicos internacionais ao mundo nos últimos anos. Isso reflete o entendimento profundo da China de que a prosperidade e a estabilidade globais não podem ser alcançadas em um cenário de aumento das desigualdades entre ricos e pobres. O verdadeiro desenvolvimento só ocorre com o progresso comum de todas as nações. A parte chinesa tem se esforçado para garantir que nenhum país fique para trás no caminho para a modernização.  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20241231151252_dbb4fb247c17e1f100d8e07999ed96a571d9b2b61c52517a62cc27884986a041.jpg" data-media-id="editor_0" data-image-id="20241231151252_dbb4fb247c17e1f100d8e07999ed96a571d9b2b61c52517a62cc27884986a041" data-rendition-name="original" width="1899" height="1080" loading="lazy" alt="China continuará a ser uma força firme na promoção da melhoria da governança global"></figure>  Vale destacar que a China insiste na inovação como motor de desenvolvimento, injetando um novo ímpeto no crescimento mundial. Desde o apoio aos países em desenvolvimento para melhor a integração nas tendências de digitalização, inteligência e desenvolvimento verde, até a ênfase em "manter o valor agregado industrial na África" e a colaboração com os países árabes para criar um padrão de inovação dinâmico, a China utiliza constantemente sua abordagem modernizante para impulsionar uma modernização de todas as nações com base na paz e desenvolvimento, cooperação mutuamente benéfica e prosperidade comum. A ascensão do “Sul Global” é uma característica marcante das transformações globais atuais. A influência crescente do “Sul Global” se tornou uma força essencial para impulsionar a transformação da ordem internacional. Com o fim de 2024 e a chegada de 2025, várias instituições internacionais preveem um aumento significativo nos riscos globais no próximo ano, exigindo mais esforços na governança global. A China continuará sendo uma força pela paz, unidade, abertura, justiça e inclusão, trabalhando ao lado de todos os países para construir um futuro mais promissor. Tradução: Zhao Yan Revisão: Erasto Santos Cruz

Nicolas Iwashita

China continuará a ser uma força firme na promoção da melhoria da governança global

Em diversas ocasiões, o presidente da China, Xi Jinping, citou poesias e clássicos chineses para explicar a importância de manter a parceria entre a China e a Europa na direção correta e promover a construção de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade.  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20241119101140_243d151ff4e67c0b4e06d167b0d7ac54a5cce178a582c17273b671d6ce1cbef6.png" data-media-id="editor_0" data-image-id="20241119101140_243d151ff4e67c0b4e06d167b0d7ac54a5cce178a582c17273b671d6ce1cbef6" data-rendition-name="original" width="2048" height="2048" loading="lazy" alt="Clássicos citados por Xi Jinping para relações China-Europa"></figure>  Uma sopa deliciosa se faz ao combinar diferentes ingredientes Em 18 de janeiro de 2017, o presidente da China, Xi Jinping, proferiu um discurso na sede da Organização das Nações Unidas em Genebra, citando o clássico chinês Registros dos Três Reinos, para destacar a importância do diálogo e do aprendizado mútuo na construção de um mundo aberto e inclusivo.  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20241119101140_2c577b15912f5af5273efbb3aa068ac170a590eb56c10351dd4be201a70c1c27.png" data-media-id="editor_1" data-image-id="20241119101140_2c577b15912f5af5273efbb3aa068ac170a590eb56c10351dd4be201a70c1c27" data-rendition-name="original" width="2048" height="2048" loading="lazy" alt="Clássicos citados por Xi Jinping para relações China-Europa"></figure>  Onde há esforços conjuntos, não há nada que não possa ser conquistado; onde há sabedoria coletiva, não há nada que não possa ser realizado. Em 17 de janeiro de 2017, o presidente da China, Xi Jinping, discursou na abertura do Fórum Econômico Mundial, citando o clássico chinês Huainanzi, para enfatizar a importância de consolidar a consciência de uma comunidade com um futuro compartilhado para a humanidade.  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20241119101140_347472c46befa32a959825943e02881819f77bc341bad1584a917e197b9ddf66.png" data-media-id="editor_2" data-image-id="20241119101140_347472c46befa32a959825943e02881819f77bc341bad1584a917e197b9ddf66" data-rendition-name="original" width="2048" height="2048" loading="lazy" alt="Clássicos citados por Xi Jinping para relações China-Europa"></figure>  Não tema as nuvens que bloqueiam sua visão. Em 6 de maio de 2024, durante o banquete de boas-vindas oferecido pelo presidente da França, Emmanuel Macron; o presidente da China, Xi Jinping, citou um poema de Wang Anshi, poeta chinês do século XI, para destacar que, ao longo dos 60 anos de relações diplomáticas entre a China e a França, os líderes de ambos os países sempre consideram as relações bilaterais a partir de uma perspectiva estratégica e de longo prazo.

Clássicos citados por Xi Jinping para relações China-Europa

CMG – A Cúpula do Futuro realizada pelas Nações Unidas adotou o Pacto para o Futuro no domingo (22), que o secretário-geral, António Guterres, descreveu como um acordo histórico e uma “mudança radical em direção a um multilateralismo mais eficaz e inclusivo”. 
O Pacto para o Futuro, que inclui o Pacto Digital Global e a Declaração de Compromisso com as Futuras Gerações, foca nos cinco temas de desenvolvimento sustentável, paz e segurança, inovação científica e tecnológica, juventude e futuras gerações, assim como governança global. 
Como membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, a China apoiou firmemente o evento. O enviado especial do presidente chinês e chanceler do país, Wang Yi, apresentou quatro iniciativas sobre a construção de um futuro de paz, desenvolvimento, prosperidade, justiça e equidade, reiterando defender o sistema internacional cujo núcleo é as Nações Unidas, salvaguardar os direitos e interesses legítimos dos países em desenvolvimento, e promover uma globalização econômica inclusiva e universalmente benéfica. 
A proposta chinesa constitui uma importante garantia para concretizar o Pacto para o Futuro e também condiz com as visões e os objetivos elaborados no documento.
Na última década, o conceito de comunidade com futuro compartilhado para a humanidade se tornou conhecido no mundo inteiro e foi incluído no documento das Nações Unidas. A China sugeriu a construção de comunidades no âmbito global voltadas ao espaço cibernético, segurança nuclear, proteção dos oceanos e saúde, além de apresentar três iniciativas globais. Como o secretário-geral António Guterres disse, a China já se tornou um importante pilar do multilateralismo e o objetivo da implementação do multilateralismo é construir uma comunidade com futuro compartilhado. 
Quando pudermos converter separação, confronto e exclusão em unidade, cooperação e inclusão, um mundo mais promissor não será mais somente um sonho. 
Tradução: Xia Ren
Revisão: Denise Melo

Como será o futuro da humanidade?

247 – Nesta terça-feira, 24 de setembro de 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um apelo contundente por reformas estruturais na Organização das Nações Unidas (ONU) durante a abertura da Assembleia Geral, em Nova York. Lula destacou a necessidade de uma nova governança global para enfrentar os desafios que se avolumam no planeta, argumentando que a ONU, com quase 80 anos, está defasada e precisa de mudanças profundas para lidar com os problemas contemporâneos.
“Não podemos esperar por outra tragédia mundial, como a Segunda Grande Guerra, para só então construir sobre os seus escombros uma nova governança global”, declarou o presidente brasileiro. Ele apontou que a ONU, criada em 1945, refletia a realidade de um mundo onde muitas nações, especialmente da África e América do Sul, ainda viviam sob o domínio colonial. Hoje, com 193 países-membros, Lula acredita que a organização precisa ser modernizada para incluir verdadeiramente as vozes de todos.
Lula tem defendido essa agenda reformista em foros internacionais, e o discurso desta terça-feira reforçou o compromisso do Brasil com a renovação da ONU. Segundo ele, as mudanças prioritárias incluem o fortalecimento do Conselho Econômico e Social (ECOSOC) como principal espaço para tratar de questões econômicas globais e redistribuição de recursos, além da ampliação do Conselho de Segurança, para incluir mais países no processo decisório sobre conflitos armados e segurança internacional.
"Estamos chegando ao final do primeiro quarto do século XXI com as Nações Unidas cada vez mais esvaziada e paralisada", alertou Lula. Para ele, ajustes pontuais não serão suficientes, sendo necessário contemplar uma “ampla revisão” da Carta das Nações Unidas. Entre as críticas, o presidente destacou que a Carta, com apenas quatro emendas aprovadas desde 1973, não abrange desafios modernos, como mudanças climáticas e desenvolvimento sustentável.
Durante o discurso, o presidente brasileiro também mencionou o aumento no número de conflitos armados em 2023, o maior registrado desde o fim da Segunda Guerra Mundial. Ele criticou os elevados investimentos em armamentos, que, segundo ele, deveriam ser destinados ao combate das desigualdades sociais. "A ONU deve ser o foro legítimo para que os países equacionem suas diferenças e busquem a paz e o desenvolvimento", afirmou Lula, pedindo que a organização recupere sua centralidade nas discussões globais.
Outro ponto de destaque foi a defesa de Lula por maior equidade de gênero na liderança da ONU, pedindo que, pela primeira vez, uma mulher seja eleita para o cargo de Secretária-Geral da organização. O pedido foi amplamente aplaudido na Assembleia Geral.
<h3>Principais propostas de Lula para a reforma da ONU:</h3>
<ul>
 <li>Fortalecimento do Conselho Econômico e Social (ECOSOC): Transformá-lo no principal foro para tratar do desenvolvimento sustentável e da mudança climática, com poder de influenciar instituições financeiras globais.</li>
 <li>Revitalização da Assembleia Geral: Lula defendeu que a Assembleia tenha um papel mais ativo em questões de paz e segurança internacionais.</li>
 <li>Reforma do Conselho de Segurança: Ampliar sua composição, revisar os métodos de trabalho e reformar o direito de veto, para torná-lo mais representativo das realidades contemporâneas.</li>
 <li>Fortalecimento da Comissão de Consolidação da Paz: Dar mais poder a essa comissão para mediar e consolidar processos de paz ao redor do mundo.</li>
</ul>
Lula concluiu com uma mensagem de otimismo, afirmando que "a vontade da maioria pode persuadir os que se apegam às expressões cruas dos mecanismos do poder", sugerindo que o movimento por uma ONU reformada pode vencer resistências históricas.
A fala de Lula reflete o compromisso do Brasil com uma diplomacia ativa e engajada em questões globais, buscando não apenas representar o país, mas também os interesses das nações emergentes e marginalizadas que, segundo o presidente, foram excluídas do processo decisório da ONU por décadas. A proposta de uma reforma abrangente chega em um momento crítico, em que a relevância e eficácia da ONU têm sido amplamente questionadas diante das crises globais recentes.
A postura de Lula na Assembleia Geral reforça sua liderança em questões de governança internacional e sinaliza uma possível articulação entre países emergentes para pressionar por mudanças substanciais na organização que tem sido um dos pilares da ordem mundial desde o século XX.

Poder

Lula pede reforma urgente da ONU em discurso na Assembleia Geral: "Não podemos esperar outra tragédia mundial"

Beijing, 23 jul (Xinhua) – &nbsp;O ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, disse nesta terça-feira que a China propõe uma abordagem de três passos para resolver a questão palestina. Wang, também membro do Birô Político do Comitê Central do Partido Comunista da China, fez as observações ao participar da cerimônia de encerramento de um diálogo de reconciliação entre as facções palestinas e testemunhar a assinatura de uma declaração sobre o fim da divisão e o fortalecimento da unidade por 14 facções palestinas. Observando que a questão palestina constitui o núcleo da questão do Oriente Médio, Wang disse que a China não tem interesses próprios em relação à questão palestina, foi um dos primeiros países a reconhecer a Organização para a Libertação da Palestina e o Estado da Palestina e sempre apoiou firmemente o povo palestino na restauração de seus direitos nacionais legítimos. Ele disse que o conflito em Gaza continua a se arrastar, e seu impacto está se espalhando. "Para sair da atual situação de conflito, a China propõe uma abordagem de três passos." O primeiro passo é promover um cessar-fogo abrangente, duradouro e sustentável na Faixa de Gaza o mais rápido possível e garantir a assistência humanitária e o acesso à assistência. A comunidade internacional deve se unir ainda mais na questão do cessar-fogo. O segundo passo é defender o princípio de "os palestinos governando a Palestina" e trabalhar juntos para promover a governança pós-guerra em Gaza. Gaza é uma parte inseparável e importante da Palestina, e iniciar a reconstrução pós-guerra o mais rápido possível tornou-se uma questão urgente na próxima etapa. A comunidade internacional deve apoiar as facções palestinas para que formem um governo interino com consenso nacional para administrar efetivamente Gaza e a Cisjordânia. O terceiro passo é promover a Palestina a se tornar um membro pleno das Nações Unidas e começar a implementar a solução de dois Estados. Uma conferência internacional de paz mais significativa, com mais autoridade e mais eficaz deve ser apoiada, e um cronograma e um roteiro para isso devem ser elaborados. Wang disse que o cessar-fogo e a ajuda humanitária são as maiores prioridades, "os palestinos governando a Palestina" é o princípio básico da reconstrução pós-guerra em Gaza, e a solução de dois Estados é a saída fundamental para o futuro. "A comunidade internacional deve apoiar as partes envolvidas na implementação da abordagem de três passos com uma atitude séria."&nbsp;  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20240724100748_ffb02902f6304d5a0d2125e7fc3b53cdefb3e1de6b9b100c97ea46d850c241e8.jpg" data-media-id="editor_0" data-image-id="20240724100748_ffb02902f6304d5a0d2125e7fc3b53cdefb3e1de6b9b100c97ea46d850c241e8" data-rendition-name="original" width="1024" height="664" loading="lazy" alt="China propõe abordagem de três passos para resolver questão palestina, diz chanceler"></figure>  &nbsp;  <figure><img src="https://cdn.brasil247.com/pb-b247gcp/swp/jtjeq9/media/20240724100748_0a262e4d5e36854d5faae755538de7efea780879391fbd086c17cd3efbb95221.jpg" data-media-id="editor_1" data-image-id="20240724100748_0a262e4d5e36854d5faae755538de7efea780879391fbd086c17cd3efbb95221" data-rendition-name="original" width="998" height="552" loading="lazy" alt="China propõe abordagem de três passos para resolver questão palestina, diz chanceler"></figure>  &nbsp;

China propõe abordagem de três passos para resolver questão palestina, diz chanceler

Por <a href="https://www.brasildefato.com.br/2024/07/09/campanha-de-fome-de-israel-ja-matou-34-em-gaza-a-maioria-criancas-dizem-especialistas-da-onu">Brasil de Fato </a>| São Paulo (SP) - Crianças vêm morrendo de fome na Faixa de Gaza, disseram nesta terça-feira (9) especialistas da ONU por meio de comunicado. O grupo acusa Israel de conduzir uma "campanha de fome intencional e seletiva" no território palestino.
"Declaramos que a campanha de fome intencional e seletiva de Israel contra o povo palestino é uma forma de violência genocida e provocou fome em toda Gaza", disseram os 10 especialistas independentes da ONU.
"Trinta e quatro palestinos morreram de desnutrição desde 7 de outubro, a maioria crianças", disseram os especialistas, nomeados pelo Conselho de Direitos Humanos da ONU, mas que não falam em nome das Nações Unidas. 
Israel rebateu a acusação afirmando que o relator especial da ONU sobre o direito à alimentação, Michael Fakhri, e muitos dos especialistas "estão tão acostumados a divulgar informação errada como a apoiar a propaganda do Hamas e a proteger a organização terrorista de ser investigada". Mas Israel - que controla tudo o que entra ou sai do território - não disse se permite a entrada de comida suficiente para os palestinos de Gaza.
<h2>'Onde é isto?'</h2>
Enquanto isso, militares israelenses atacam a Cidade de Gaza, no norte do território, fazendo com que milhares de palestinos fujam em busca de refúgio. A Agência de Direitos Humanos da ONU declarou estar "consternada" com as ordens de evacuação, que obrigaram os deslocados a fugir para áreas no oeste e no sul da cidade, também alvos de ataques e onde "civis estão sendo mortos".
Durante a noite, Israel anunciou que bombardeou "terroristas" que "utilizavam a estrutura de uma escola na área de Nuseirat", no centro. Imagens da AFP mostraram crianças e socorristas buscando sobreviventes entre os destroços da escola, que pertence à Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (UNRWA).
A repórter da Al Jazeera em Gaza Hind Khoudary afirmou nesta terça que "as ruas e edifícios de Gaza estão irreconhecíveis". "É completamente inabitável, inabitável. Os palestinos que ainda vivem aqui não só testemunham intermináveis ​​ataques aéreos ou bombardeamentos de artilharia e uma invasão terrestre, como também enfrentam doenças graves e subnutrição."
"O esgoto está em toda parte. As clínicas médicas estão todas destruídas. A infraestrutura foi completamente destruída pelo bombardeio israelense, incluindo universidades, escolas e instalações médicas. Quando surgem fotos da Cidade de Gaza, as pessoas perguntam: 'Onde é isto?' Eles não reconhecem as ruas devido à enorme destruição causada pelas forças israelenses", disse ela.
<h2>Negociações</h2>
Ambos os lados vão retomar as negociações indiretas no Catar na quarta-feira (10), em busca de um cessar-fogo e da libertação de reféns. Fontes próximas às conversas indicaram que os chefes da CIA, William Burns, e dos serviços de inteligência israelenses, David Barnea, se encontrarão em Doha com o primeiro-ministro do Catar, um mediador crucial.
Burns já se reuniu na terça-feira no Cairo com o presidente egípcio, Abdel Fatah al-Sisi, outro mediador do conflito junto com o Catar e os Estados Unidos. O Hamas, que governa Gaza desde 2007 e lançou o ataque contra Israel em 7 de outubro que desencadeou a guerra, acusou na segunda-feira o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu de bloquear as negociações.
"Os massacres, assassinatos e deslocamentos" na Cidade de Gaza e as "consequências catastróficas" dos eventos atuais podem "devolver as negociações ao ponto de partida", advertiu o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh.
O exército israelense lançou uma operação terrestre no bairro de Shujaiya, no leste da Cidade de Gaza, em 27 de junho, expandindo depois sua ofensiva para as áreas do centro, onde "dezenas de milhares de pessoas" receberam ordens de evacuação, segundo a ONU.
Um alto funcionário do Hamas indicou no domingo que o movimento não exigia mais um cessar-fogo permanente antes de iniciar negociações para a libertação de reféns. Mas o gabinete do primeiro-ministro israelense afirmou que "qualquer acordo permitiria a Israel lutar até que todos os objetivos da guerra sejam alcançados", ou seja, a destruição do Hamas e a libertação de todos os reféns.
*Com AFP e Al Jazeera

Crianças palestinas deslocadas esperam para receber comida em um acampamento, em meio à escassez de alimentos na Faixa de Gaza

'Campanha de fome de Israel matou crianças na Faixa de Gaza', dizem analistas da ONU

247 - Um carregamento com cem casas modulares feitas de aço chegou nesta terça-feira (28) no Aeroporto de Guarulhos (SP) e vai até o Rio Grande do Sul para atender as vítimas das enchentes no estado, onde, segundo autoridades locais, 581 mil estão desalojadas (morando com parentes ou amigos) e 48,7 mil pessoas estão em abrigos. Os números também apontaram problemas em 471 dos 497 municípios gaúchos. 
As unidades habitacionais de emergência têm 17,5 metros quadrados, de acordo com o <a href="https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2024/05/29/casas-modulares-no-rio-grande-do-sul.htm">portal Uol</a>. Elas têm 2,83 metros de altura, 5,68 metros de comprimento e 3,32 metros de largura. São transportadas em dois pacotes que pesam 160 quilos (kg). De acordo com a Better Shelter, que desenvolve as casas, elas resistem a ventos de 101 km/h.
O Alto-comissariado das Nações Unidas para os Refugiados informou que 200 estruturas vão se transformar em moradias temporárias emergenciais.

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