(Reuters) - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, nesta terça-feira, às margens da cúpula do G20 realizada no Rio de Janeiro, e discutiu com ele a ampliação da parceria dos dois países nas áreas de energia e fármacos, entre outros temas.
"Conversamos sobre a adesão da Índia à Aliança Global contra a Fome e a Pobreza e os desafios no combate à desigualdade. Falamos em ampliar trocas científicas e empresariais entre nossos países, e também na área de energia e fármacos", disse Lula em uma publicação no X.
"A Índia é um parceiro importante do Brasil e convidei o Modi para uma visita em 2025, com perspectiva de visitá-lo também no ano que vem", acrescentou o presidente.

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Mundo

Lula conversa com premiê indiano sobre expandir parceria em energia e fármacos

247 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lançou oficialmente nesta segunda-feira (18), durante a Cúpula do G20 no Rio de Janeiro, a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, principal proposta da presidência brasileira à frente do fórum. A iniciativa já conta com a adesão de 82 países.
Ainda nesta segunda-feira, o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, elogiou a iniciativa em uma publicação na rede social X. Modi destacou que a aliança é um “passo significativo” rumo à segurança alimentar e reafirmou o apoio da Índia ao projeto.
“Louvável iniciativa da Presidência brasileira do G20 ao lançar a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza na Cúpula do G20 no Rio de Janeiro”, escreveu. “Esta iniciativa colaborativa marca um passo significativo para garantir a segurança alimentar e elevar comunidades vulneráveis ​​em todo o mundo. A Índia garante total apoio a este esforço”.
Idealizada pelo Brasil, a aliança tem como objetivo acelerar os esforços globais para erradicar a fome e a pobreza, principais prioridades nos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).
<div class="embed-block"><blockquote class="twitter-tweet">Commendable initiative by the Brazilian G20 Presidency for launching the Global Alliance against Hunger and Poverty at the G20 Summit in Rio De Janeiro. This collaborative initiative marks a significant stride towards ensuring food security and uplifting vulnerable communities… <a href="https://t.co/ftwiieblhE">pic.twitter.com/ftwiieblhE</a>&mdash; Narendra Modi (@narendramodi) <a href="https://twitter.com/narendramodi/status/1858551646118441259?ref_src=twsrc%5Etfw">November 18, 2024</a></blockquote> <script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script></div>

Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi

Brasil

Aliança Global contra a Fome e a Pobreza é um passo significativo para garantir segurança alimentar, diz Narendra Modi

CMG – O presidente chinês, Xi Jinping, encontrou-se nesta quarta-feira (23) com o premiê da Índia, Narendra Modi, em Kazan, que sedia o encontro do Brics.
Xi Jinping apontou que China e Índia são nações cujas civilizações têm uma longa história, grandes países em desenvolvimento e membros importantes do Sul Global. Ambos se encontram em um período crítico de modernização. É, então, do interesse fundamental dos dois Estados e povos que sigam corretamente a tendência histórica e a direção de desenvolvimento das suas relações. Para o líder chinês, as duas nações devem reforçar contatos e a cooperação, lidar adequadamente com conflitos e diferenças e concretizar reciprocamente seus objetivos de desenvolvimento. China e Índia devem também assumir responsabilidades internacionais, dar o exemplo para as demais nações em desenvolvimento, no sentido de se unirem em prol do autofortalecimento, além de contribuírem para a multipolaridade e a democratização das relações internacionais.
Xi Jinping destacou que a essência das relações entre a China e a Índia corresponde à convivência desses dois grandes países em desenvolvimento, os quais se avizinham e possuem mais de 1,4 bilhão de habitantes. O desenvolvimento é o maior consenso entre os dois lados. Ambos devem persistir nos importantes consensos relativos a que seu relacionamento representa uma oportunidade recíproca, e de que não são uma ameaça um ao outro, a fim de seguir o caminho correto de convivência harmoniosa e desenvolvimento comum.
Modi afirmou que a manutenção do desenvolvimento estável das relações sino-indianas não somente é essencial para seus países e povos, como também fundamental para a paz e a estabilidade regionais e mundiais. Sob a situação internacional complexa, a cooperação entre os dois lados será favorável para a promoção da recuperação econômica e da multipolaridade.
Tradução: Xie Haitian
Revisão: Mariana Yante

China

Xi Jinping se reúne com premiê da Índia

NOVA DELI/PEQUIM, 23 de outubro (Reuters) - O presidente chinês Xi Jinping e o primeiro-ministro indiano Narendra Modi concordaram nesta quarta-feira em intensificar a comunicação e cooperação entre seus países e resolver conflitos para ajudar a melhorar as relações, que foram prejudicadas por um confronto militar mortal em 2020.
Os dois líderes se encontraram à margem da cúpula dos BRICS na Rússia para suas primeiras conversas formais em cinco anos, sinalizando que as relações entre os gigantes asiáticos começaram a se recuperar da ruptura diplomática causada pelo confronto ao longo de sua disputada fronteira no Himalaia.
A Índia e a China, duas das maiores economias do mundo, mantiveram fortes laços comerciais, apesar das tensões militares e diplomáticas. Espera-se que a reaproximação impulsione o investimento chinês na Índia.
A Índia afirmou que os dois líderes instruíram seus funcionários a tomarem novas medidas para estabilizar todos os aspectos das relações bilaterais.
O encontro entre Xi e Modi na cidade de Kazan aconteceu dois dias depois de Nova Deli ter anunciado que havia chegado a um acordo com Pequim para resolver o impasse militar de quatro anos na região himalaia de Ladakh, embora nenhum dos lados tenha compartilhado detalhes do pacto.
As duas partes devem fortalecer a comunicação e cooperação, resolver conflitos e diferenças e realizar os sonhos de desenvolvimento mútuo, disse o canal estatal chinês CCTV, citando Xi ao falar com Modi.
Modi apresentou ideias para melhorar e desenvolver as relações bilaterais, com as quais Xi concordou em princípio, acrescentou a CCTV sem elaborar mais detalhes.
Em resposta, Modi disse a Xi que a paz, a estabilidade, a confiança e o respeito mútuos eram cruciais para as relações.
"Saudamos o acordo sobre as questões que surgiram nos últimos quatro anos", disse Modi a Xi em comentários transmitidos pela emissora estatal da Índia, Doordarshan.
"Deve ser nossa prioridade manter a paz e a tranquilidade na fronteira. Confiança mútua, respeito mútuo e sensibilidade mútua devem ser a base do nosso relacionamento", disse Modi.
<h3>CAMINHO PARA MELHORAR AS RELAÇÕES</h3>
As relações entre as duas nações mais populosas do mundo - ambas potências nucleares - têm sido tensas desde um confronto entre suas tropas na fronteira amplamente não demarcada nos Himalaias ocidentais, que deixou 20 soldados indianos e quatro chineses mortos em 2020.
Os vizinhos adicionaram dezenas de milhares de tropas e armas ao longo da fronteira gelada nos últimos quatro anos.
Modi e Xi não realizaram conversas bilaterais formais desde então, embora ambos tenham participado de eventos multilaterais. A última cúpula bilateral foi realizada em outubro de 2019 na cidade indiana de Mamallapuram, no sul.
Os dois conversaram brevemente à margem da cúpula do G20 em Bali em novembro de 2022. Eles voltaram a se falar na cúpula dos BRICS em Joanesburgo em agosto de 2023, mas divulgaram versões diferentes da conversa, sugerindo que não estavam alinhados.
Xi não participou da cúpula do G20 sediada por Nova Deli no mês seguinte, uma decisão vista como outro revés nas relações.
Os esforços diplomáticos ganharam impulso nos últimos meses, após os ministros das Relações Exteriores dos dois países se encontrarem em julho e concordarem em intensificar as conversas para aliviar as tensões na fronteira.
A Índia havia condicionado a melhoria dos laços políticos mais amplos e dos negócios prejudicados à resolução do impasse na fronteira.
Nova Deli aumentou a fiscalização sobre os investimentos vindos da China, bloqueou voos diretos entre os dois países e praticamente proibiu a emissão de vistos para cidadãos chineses desde os confrontos em Ladakh.
Falando em Kazan, o secretário de Relações Exteriores da Índia, Vikram Misri, disse que havia esperança de melhores relações entre Índia e China.
"Como temos mantido nos últimos quatro anos, a restauração da paz e da tranquilidade nas áreas de fronteira criará espaço para ... a normalização de nossas relações bilaterais."

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Cúpula do Brics: China e Índia devem gerenciar suas diferenças, diz Xi a Modi

(Reuters) - O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, pediu ao presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na sexta-feira que se sente para conversar com a Rússia para acabar com a guerra e se ofereceu para agir como um "amigo" para ajudar a trazer a paz quando os dois líderes se encontraram em Kiev.
A primeira visita de um primeiro-ministro indiano na história moderna da Ucrânia ocorre em um momento volátil na guerra lançada pela Rússia em fevereiro de 2022, com Moscou obtendo ganhos lentos no leste da Ucrânia enquanto Kiev pressiona em uma incursão transfronteiriça.
Durante declarações conjuntas aos repórteres, Modi disse que foi a Kiev com uma mensagem de paz e pediu um diálogo entre a Rússia e a Ucrânia na primeira oportunidade.
"O caminho para a resolução só pode ser encontrado por meio do diálogo e da diplomacia. E devemos seguir nessa direção sem perder tempo. Os dois lados devem se sentar juntos para encontrar uma saída para essa crise", disse Modi.
"Quero garantir a vocês que a Índia está pronta para desempenhar um papel ativo em qualquer esforço para a paz. Se eu puder desempenhar algum papel nisso pessoalmente, farei isso, quero garantir a vocês como um amigo", afirmou ele.
A Ucrânia viu a viagem como uma oportunidade importante para Kiev expor sua posição sobre a invasão da Rússia a um país com laços econômicos e de defesa tradicionalmente estreitos com Moscou.
Ambos os líderes saudaram a visita como "histórica".
"Essa visita é muito amigável e importante para todos os ucranianos", disse Zelensky aos repórteres.

Volodymyr Zelensky e Narendra Modi em Kiev
 23/8/2024    

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Em Kiev, primeiro-ministro indiano pede que Zelensky converse com Rússia

247 – Durante sua visita à Ucrânia, agendada para agosto, o Primeiro Ministro da Índia, Narendra Modi, poderá propor a mediação de Nova Deli para solucionar o conflito ucraniano. A informação foi divulgada por uma fonte do parlamento indiano à agência TASS. Segundo a fonte, a Índia pode apresentar uma proposta para mediar a crise ucraniana durante a visita, com a possibilidade atualmente em discussão.
As relações entre a Índia e a Rússia são descritas como amistosas e de longa data, e o Primeiro Ministro indiano mantém boas relações com o Presidente russo, Vladimir Putin. Paralelamente, a Índia também sustenta boas relações com a Ucrânia, com ambos os lados depositando confiança no país.
A fonte enfatizou que a Índia tem reiterado sua disposição para auxiliar na resolução do conflito, mas ressaltou que qualquer ajuda só é possível com o consentimento de ambas as partes envolvidas. As autoridades indianas têm defendido que a resolução do conflito só pode ser alcançada por meio de negociações e diplomacia.
A visita de Modi à Ucrânia está prevista para ocorrer na terceira semana de agosto, possivelmente em 23 de agosto, de acordo com informações anteriores do canal de notícias WION, que citou fontes diplomáticas.

Modi pretende mediar solução para a guerra na Ucrânia

(Reuters) - Os Estados Unidos expressaram preocupações à Índia sobre seu relacionamento com a Rússia em meio à invasão de Moscou à Ucrânia, disse um porta-voz do Departamento de Estado dos EUA a repórteres na segunda-feira, em resposta a perguntas sobre um encontro entre o primeiro-ministro indiano Narendra Modi e o presidente russo Vladimir Putin.
A Índia tem enfrentado pressão do Ocidente para se distanciar de Moscou após a Rússia invadir a Ucrânia. Nova Délhi tem resistido a essa pressão até agora, citando seus laços de longa data com a Rússia e suas necessidades econômicas.
Modi se encontrou com Putin na Rússia na segunda-feira em sua primeira visita desde que a Rússia invadiu a Ucrânia em fevereiro de 2022. Em uma postagem na plataforma de mídia social X, o primeiro-ministro disse que suas conversas com Putin "certamente fortalecerão ainda mais os laços de amizade" entre os dois países.
"Eu vou olhar para as declarações públicas do Primeiro-Ministro Modi para ver sobre o que ele falou, mas, como eu disse, deixamos bastante claro diretamente à Índia nossas preocupações sobre seu relacionamento com a Rússia", disse um porta-voz do Departamento de Estado em uma coletiva de imprensa.
"E esperamos que a Índia e qualquer outro país, quando se envolverem com a Rússia, deixem claro que a Rússia deve respeitar a Carta da ONU, deve respeitar a soberania e a integridade territorial da Ucrânia."
A Rússia tem sido o maior fornecedor de armas da Índia desde os tempos da União Soviética. No entanto, a Índia também tem buscado outras opções, já que a guerra na Ucrânia prejudicou a capacidade da Rússia de fornecer munições e peças de reposição.
Nos últimos anos, Washington tem buscado atrair Nova Délhi, com analistas políticos dizendo que os EUA veem a Índia como um contraponto à China na região Ásia-Pacífico.
Enquanto o Ocidente tenta isolar Putin, China, Índia e potências no Oriente Médio, África e América Latina continuam a fortalecer laços com a Rússia.

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, caminham durante sua reunião na residência estatal de Novo-Ogaryovo, perto de Moscou, Rússia, 8 de julho de 2024

EUA dizem ter expressado preocupações à Índia sobre seus laços com a Rússia

Tass – O primeiro-ministro indiano Narendra Modi expressou sua expectativa para uma reunião com o presidente russo Vladimir Putin antes de partir para Moscou. A declaração foi publicada no site do Ministério das Relações Exteriores da Índia.
Modi destacou a importância de revisar todos os aspectos da cooperação bilateral e de compartilhar perspectivas sobre diversas questões regionais e globais. Ele ressaltou que sua viagem a Rússia marca a 22ª cúpula bilateral anual.
O primeiro-ministro salientou o avanço da parceria estratégica especial e privilegiada entre Índia e Rússia nos últimos dez anos. As áreas de colaboração incluem energia, segurança, comércio, investimento, saúde, educação, cultura, turismo e intercâmbios pessoa a pessoa.
Além disso, Modi enfatizou o papel de apoio que Índia e Rússia buscam desempenhar para a paz e estabilidade na região. Ele também mencionou que a visita será uma oportunidade para encontrar a vibrante comunidade indiana na Rússia.

Narendra Modi, líder indiano, pretende se encontrar com o amigo Vladimir Putin

247 - Entre os compromissos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cúpula do G7, na Itália, o líder brasileiro teve uma reunião bilateral com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, nesta sexta-feira (14).&nbsp;
Recentemente reeleito, o líder indiano confirmou presença na cúpula do G20, que será realizada no Brasil em novembro, no Rio de Janeiro, nos dias 18 e 19. A Índia precedeu o Brasil na presidência do G20, em 2023. Lula afirmou a Modi que pretende fazer uma visita ao país asiático.

O presidente Lula ao lado do primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, durante encontro bilateral à margem da cúpula do G7, na Itália

Primeiro-ministro da Índia confirma a Lula que vem ao Brasil para o G20

NOVA DÉLHI/HYDERABAD (Reuters) - Os partidos da aliança do primeiro-ministro indiano Narendra Modi pediram nesta quinta-feira mais recursos para seus Estados regionais, bem como cargos no gabinete federal, no início das negociações para formar um governo de coalizão.
Modi foi nomeado líder da Aliança Democrática Nacional (NDA) na quarta-feira, depois que seu Partido do Povo Indiano (BJP) perdeu maioria absoluta e passou a depender do apoio de partidos regionais - principalmente do Partido Telugu Desam (TDP) e do Janata Dal.
A Aliança conquistou 293 assentos na câmara baixa do Parlamento com 543 membros, onde 272 constituem uma maioria simples.
Mas o BJP de Modi conquistou apenas 240, fazendo com que o líder do TDP, Chandrababu Naidu, e o líder do JD, Nitish Kumar, também ministro-chefe do estado de Bihar, no leste do país, tenham voz na aliança, com seus 16 e 12 assentos, respectivamente.
O TDP também venceu uma eleição regional no Estado de Andhra Pradesh, no sul do país, e Naidu deve se tornar o ministro-chefe lá.
Ambos os partidos estão promovendo demandas de longa data para conceder status especial a seus Estados, de acordo com um porta-voz do TDP e cinco fontes da Aliança.
O status especial permite que os Estados recebam mais fundos federais para o desenvolvimento. Enquanto Bihar é o Estado mais pobre da Índia, Andhra Pradesh perdeu alguns de seus recursos em 2014, quando o novo Estado de Telangana foi criado a partir dele.
Além de status especial e cargos no gabinete, o TDP também está buscando mais recursos para projetos de irrigação em Andhra Pradesh e para concluir a construção de sua nova capital, Amaravati, disseram à Reuters duas fontes familiarizadas com o assunto.
"Não é a primeira vez que estamos na Aliança, portanto, estamos confiantes de que receberemos o que nos é devido", disse a porta-voz do TDP, Jyothsna Tirunagari.
"Em nossos termos anteriores com a Aliança, tivemos vagas ministeriais e também o presidente da Lok Sabha [câmara] do nosso partido. Desta vez, somos um parceiro forte e compartilhamos uma visão clara para o país", disse ela.
Kumar, do JD, também quer apoio para novos projetos industriais em Bihar, além de cargos no gabinete federal, segundo uma fonte da Aliança.

Aliados de Modi pedem recursos e cargos durante formação de novo governo

Por Roberto de Lira, <a href="https://www.infomoney.com.br/mundo/partido-de-modi-lidera-na-india-mas-por-margem-bem-menor-que-a-esperada/">Infomoney</a> - Embora pouco menos da metade dos votos ainda faltem ser contabilizados, os resultados das eleições parlamentares na Índia estão contrariando as pesquisas de boca de urna.
O partido governista Bharatiya Janata (BJP, na sigla em inglês) e sua Aliança Nacional Democrática (NDA) devem ficar bem longe das almejadas 400 cadeiras na Lok Sabha, a Câmara Baixa do país e podem não atingir também a metade dos 543 assentos, obrigando o primeiro-ministro Narendra Modi a negociar um governo de coalizão.
Segundo as projeções feitas a partir dos resultados já apurados, o nacionalista BJP e sus aliados devem conquistar 297 cadeiras, o suficiente para formar um governo de maioria para governar pelos próximos cinco anos. Mas a aliança de oposição, liderada pelo partido Congresso e que atende pela sigla INDIA, deve superar as expectativas e conquistar ao menos 230 assentos.
O jornal britânico The Guardian destaca que a aliança de mais de 20 partidos de oposição nacionais e regionais se uniu pela primeira vez nesta eleição com o objetivo de derrotar Modi, que está no poder desde 2014.
O impacto da vitória menor que a esperada do partido de Modi mexeu com os mercados. O Sensex caiu 8,13%, enquanto o índice Nifty também recuou 8,52%. Todas as ações de empresas do setor público sofreram.
Os índices de referência tinha atingido máximas recordes na segunda-feira, depois que pesquisas de boca de urna sugeriram uma vitória esmagadora do BJP.

Modi deve negociar governo de coalizão na Índia

Reuters - Espera-se que o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, ganhe um terceiro mandato consecutivo recorde nesta terça-feira (4), quando os 642 milhões de votos lançados na maior eleição do mundo forem contados.
Pesquisas de boca de urna projetam uma grande vitória para Modi e, se confirmadas — muitas vezes, elas erram o resultado na Índia —, os nacionalistas hindus de Modi terão triunfado em uma campanha virulenta na qual os partidos se acusaram mutuamente de preconceito religioso e de representar uma ameaça a partes da população.
Os investidores já comemoraram as perspectivas de mais um mandato de Modi, esperando que ele traga mais anos de forte crescimento econômico e reformas pró-empresariais para a Índia, enquanto uma possível maioria de dois terços no parlamento poderia permitir grandes mudanças na constituição, temem rivais e críticos.
Quase um bilhão de pessoas estavam aptas a votar na eleição de sete fases, que durou sete semanas, começando em 19 de abril e concluindo em 1º de junho, realizada em um calor escaldante de verão, com temperaturas atingindo quase 50° Celsius em algumas partes.
Ainda assim, mais de 66 por cento dos eleitores registrados compareceram, apenas um ponto percentual a menos do que na eleição anterior, em 2019, desmentindo os temores de que os eleitores pudessem evitar uma disputa considerada uma conclusão precipitada a favor de Modi.
Modi, de 73 anos, que chegou ao poder pela primeira vez em 2014 prometendo crescimento e mudança, busca ser apenas o segundo primeiro-ministro, após o líder da independência da Índia, Jawaharlal Nehru, a vencer três mandatos consecutivos.
Ele começou sua campanha destacando seu histórico no cargo, incluindo crescimento econômico, políticas de bem-estar, orgulho nacional, nacionalismo hindu e seu próprio compromisso pessoal em cumprir promessas que ele chamou de "Garantia de Modi."
No entanto, ele mudou de tática após a baixa participação na primeira fase e acusou a oposição, especialmente o partido Congresso, que lidera uma aliança de duas dúzias de grupos, de favorecer os 200 milhões de muçulmanos da Índia — uma mudança que os analistas disseram que tornou a campanha grosseira e divisiva.
Eles disseram que a mudança pode ter sido destinada a animar a base nacionalista hindu do partido Bharatiya Janata (BJP) de Modi para atraí-los a votar. Modi se defendeu das críticas de que está fomentando divisões entre hindus e muçulmanos para ganhar votos e disse que estava apenas culpando a campanha da oposição.
Muito esperançosos, diz a oposição - A aliança de oposição ÍNDIA, liderada pelo partido Congresso, de Rahul Gandhi, negou favorecer os muçulmanos no país de maioria hindu e disse que Modi destruiria a constituição se retornasse ao poder e acabaria com as ações afirmativas desfrutadas pelas chamadas castas atrasadas. O BJP rejeita isso.
A aliança de oposição também prometeu mais medidas de bem-estar e benefícios, com pesquisas dizendo que o desemprego, a inflação e a angústia rural eram as principais preocupações dos eleitores.
As pesquisas de boca de urna divulgadas no sábado, após o término da votação, projetaram que a Aliança Democrática Nacional liderada pelo BJP poderia ganhar uma maioria de dois terços na câmara baixa do parlamento, composta por 543 membros.
Várias grandes pesquisas projetaram que o BJP sozinho poderia ganhar mais do que os 303 assentos que conquistou em 2019.
As projeções levaram as ações indianas a máximas históricas nesta segunda-feira (3), enquanto a rupia valorizou e os rendimentos dos títulos caíram, já que os investidores foram animados pelas expectativas de crescimento econômico sustentado.
As pesquisas de boca de urna, que são conduzidas por agências de pesquisa, têm um histórico irregular na Índia, com analistas dizendo que é um desafio acertá-las no grande e diversificado país.
Os partidos de oposição as descartaram, dizendo que não eram científicas e não refletiam a realidade.
"Estamos muito esperançosos de que nossos resultados sejam completamente opostos ao que a pesquisa de boca de urna está dizendo", disse a ex-presidente do partido Congresso e mãe de Rahul Gandhi, Sonia, nesta segunda-feira.&nbsp;

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