Agência Brasil - A família do músico Evaldo Rosa, morto a tiros por militares do Exército no Rio de Janeiro em 2019, ainda não sabe se vai recorrer da decisão que absolveu os réus. Depois de tudo o que viu e ouviu durante o julgamento no Supremo Tribunal Militar (STM), nessa quarta-feira (18), a viúva de Rosa, Luciana Nogueira, perdeu a pouca esperança que tinha.
"Eu já imaginava que seria um julgamento difícil, que sendo militares julgando militares, eles iriam favorecer o lado deles e não iriam se sensibilizar pela minha dor. Mas eu não imaginava que seriam uns votos tão horrorosos", lamentou.
"Um ministro falou que a família está atrás de vingança. Eu não estou atrás de vingança. Eu simplesmente queria que a justiça fosse feita pelo absurdo gigantesco que eles cometeram contra a minha família. Nós sabemos, infelizmente, que no Brasil a justiça é falha. Eu já desacreditava da justiça e agora muito mais", afirmou.
<h3>O crime</h3>
Evaldo Rosa dirigia o carro da família e estava acompanhado de Luciana, do filho do casal, do sogro e de uma amiga, indo para um chá de bebê, na tarde do dia 7 de abril de 2019. Quando eles passavam por uma via no bairro de Guadalupe, na zona norte do Rio, o carro foi alvejado por militares do Exército que faziam policiamento na região, por força de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem.
Os militares alegam que confundiram o carro da família com outro que tinha sido roubado, e dispararam 257 tiros de fuzil contra o veículo: 62 atingiram o automóvel. Evaldo foi baleado mortalmente, e o sogro ficou ferido. O catador de material reciclável Luciano Macedo, que tentou ajudar a família em meio aos disparos, também foi atingido e morreu.
"Todas as provas são bem nítidas. Você não vai atirar 257 vezes por legítima defesa, 257 tiros você atira pra matar. Até mesmo porque a gente não passou perigo nenhum para eles, nós somos pessoas de bem. Aí eles querem alegar que porque tem tráfico pela redondeza, naquele momento eles estavam muito nervosos", contesta a viúva de Evaldo.
<h3>Decisão</h3>
Doze militares foram denunciados pelos crimes de duplo homicídio qualificado e tentativa de homicídio. Em primeira instância, oito foram condenados: o tenente, que coordenava a operação a 31 anos de prisão, e os outros agentes a 28 anos. Quatro militares foram absolvidos por não terem efetuado disparos.
A defesa dos réus recorreu ao STM e, nessa quarta-feira, sete membros da Corte decidiram seguir o entendimento do ministro Carlos Augusto Amaral, relator do caso. Para ele, os militares não podem ser culpados pela morte de Evaldo, porque há dúvidas sobre a origem do disparo que ceifou a vida do músico, já que ele teria ocorrido durante uma troca de tiros entre a patrulha do Exército e os assaltantes. Com isso, os militares foram inocentados.
A decisão indignou Luciana: "Eles buscaram fundamentos que não existiram, né? Foi um resultado muito lamentável. Eles continuam com a vida deles e eu e meu filho, a gente vai continuar com um trauma pelo resto das nossas vidas"
Os ministros também requalificaram a condenação pela morte de Luciano Macedo, de homicídio doloso, para homicídio culposo, quando não há intenção de matar, aceitando a tese de legítima defesa. Agora, o tenente terá que cumprir 3 anos e 7 meses e os outros sete agentes foram sentenciados a 3 anos de prisão em regime aberto.
<h3>Voto pela condenação original</h3>
Somente a ministra Maria Elizabeth Rocha, única mulher da Corte, votou para manter as condenações originais. Ela argumentou que o caso demonstra o racismo estrutural da sociedade brasileira e o perfilamento feito pelas forças de segurança na abordagem violenta de pessoas negras e pobres.
“Autorizar o disparo de fuzis, incessantemente, até a morte de meros suspeitos, em função da periculosidade de um local e em razão de os soldados, supostamente, já terem corrido o risco de morte em situação anterior e diversa da que se está vivenciando é colocar a população, sobretudo a que se encontra em locais considerados perigosos, em um risco iminente, o que é inaceitável em um Estado democrático de direito”, defendeu a ministra em seu voto.
"Eu parabenizo muito a ministra, pelas palavras dela. Eu acredito que ela se ponha no meu lugar, ela é mulher igual a mim, é mãe igual a mim, é esposa igual a mim. Por isso, eu acredito que pra ela sentir a minha dor foi bem mais fácil. Porque pros outros ministros que estavam ali, a nossa vida parece insignificante", disse Luciana.
A família ainda poderá recorrer ao próprio STM e ao Supremo Tribunal Federal, caso entenda que há um direito constitucional em discussão. Luciana vai discutir essa possibilidade com seus advogados e com os irmãos de Evaldo, mas não sabe se o esforço valerá a pena. "Agora que tinha todas as evidências, para que ocorresse um resultado justo, não ocorreu, então eu vou continuar lutando, vou continuar brigando, e será que lá na frente eu vou ter um resultado positivo?"

Bianca Penteado

O músico Evaldo Rosa foi morto a tiros por militares do Exército no Rio de Janeiro em 2019

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Sudeste

Viúva de Evaldo Rosa: "257 tiros não são legítima defesa"

247 – O prefeito Eduardo Paes, o vice Eduardo Cavaliere e os vereadores eleitos participaram, nesta quarta-feira (18), da cerimônia de diplomação na Câmara do Rio de Janeiro. Durante a entrega dos diplomas, Carlos Bolsonaro (PL) cumprimentou todos os vereadores sentados nas primeiras fileiras do plenário, com exceção de Mônica Benício (PSOL), viúva de Marielle Franco.
Após o evento, Mônica comentou a situação, afirmando: “De onde não se espera nada, não vem nada mesmo”.
Outro momento envolvendo o vereador do PL também chamou a atenção durante a cerimônia. No caminho para receber o próprio diploma, Leonel de Esquerda (PT) fez um gesto de "L" com a mão, em referência ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ao passar por Carlos Bolsonaro. Na ocasião, o petista também ignorou o filho do ex-mandatário.

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Carlos Bolsonaro ignora viúva de Marielle Franco em evento na Câmara do Rio de Janeiro

247 - A Secretaria de Saúde do Rio de Janeiro demitiu 20 funcionários da UPA Cidade de Deus, na Zona Oeste da capital fluminense, após a morte de José Augusto Mota da Silva, 32 anos, que aguardava atendimento sentado em uma cadeira, na última sexta-feira (13). As informações são do <a href="https://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2024/12/16/secretaria-demissoes-morte-upa-rio.htm">UOL</a>.&nbsp;
Médicos, enfermeiros e recepcionistas foram dispensados, e o secretário de Saúde, Daniel Soranz, afirmou que os profissionais responderão a sindicâncias e processos nos conselhos de classe. A Polícia Civil e o Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) abriram investigações para apurar as circunstâncias da morte.&nbsp;
A Secretaria Municipal de Saúde informou que José Augusto chegou lúcido à unidade, mas logo ficou desacordado e foi levado à Sala Vermelha, onde não resistiu. Vídeos gravados por pacientes mostram o momento do incidente e as reclamações sobre a demora no atendimento.
O Cremerj defendeu uma análise criteriosa antes de qualquer responsabilização.

Leonardo Sobreira

Secretaria de Saúde do Rio demite 20 funcionários após morte de paciente em fila da UPA

Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil
Policiais militares fazem, nesta terça-feira (17), uma operação na comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro. É para cumprir 34 mandados de prisão. Entre os alvos há criminosos foragidos de estados como o Ceará e Goiás, de acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que também participa dos trabalhos.
Segundo o governo do Rio, mais de 400 policiais militares participam da ação, entre eles, agentes do Batalhão de Operações Especiais (Bope), do Batalhão de Ação com Cães e do Grupamento Aeromóvel (GAM). Os agentes também cumprem nove mandados de busca e apreensão.
Durante a operação, um homem - identificado como Vitor dos Santos Lima - foi morto, segundo o advogado Alberico Montenegro.
Montenegro defendeu Vitor em um processo sobre associação para o tráfico, iniciado em 2017. Ele contou que seu cliente foi morto nesta terça-feira, sem oferecer qualquer resistência à abordagem policial, conforme ele apurou com testemunhas no local.
<h2>Morte</h2>
“Ele não devia mais nada à Justiça. Pagou o que tinha que pagar à Justiça. Ele queria voltar a estudar e trabalhar. Nesta semana, ele me pediu informação para tirar [a carteira] de identidade e estava com carta de emprego. Sua vida foi ceifada por policiais num ato covarde”, protestou Montenegro.
O advogado também enviou à reportagem vídeos que teriam sido gravados durante a operação policial desta terça-feira. Neles, alguns policiais aparentemente não estavam usando câmeras corporais.
A Polícia Militar informou que, durante a ação “criminosos armados atiraram contra as equipes policiais, gerando confronto. Após estabilizarem a área, os policiais identificaram cápsulas deflagradas de diversos calibres, inclusive de metralhadora antiaérea ponto 50. Um homem atingido e já sem vida foi localizado”. 
Ainda de acordo com a PM, área foi isolada e a Delegacia de Homicídios da Capital foi acionada. Além disso, uma mulher deu entrada ferida no Hospital Miguel Couto. 
Em relação às câmeras corporais, a PM informou que a Corregedoria Geral irá analisar as imagens.

Homem é morto em operação da PM na comunidade da Rocinha

247 - A Ambipar anunciou nesta terça-feira (17), por meio de Fato Relevante, uma parceria com a BWP Florestal, empresa de serviços florestais assessorada pelo Itaú BBA, para desenvolver um projeto de regeneração ambiental no Vale do Paraíba, estado do Rio de Janeiro. A iniciativa visa recompor ecossistemas florestais e fortalecer a biodiversidade local, com ênfase também no desenvolvimento socioeconômico da região.
O projeto contempla a criação de 100 km de corredores ecológicos destinados a conectar fragmentos florestais com parques e unidades de conservação da região. Essa estratégia busca restaurar a conectividade ecológica, facilitando o deslocamento de animais e promovendo a regeneração de áreas degradadas. A ação é crucial para preservar mais de 20 espécies ameaçadas de extinção.
Outro objetivo é a mitigação das mudanças climáticas por meio do sequestro de carbono. A estimativa é que o projeto remova cerca de 6 milhões de toneladas de CO2 equivalente da atmosfera.
Com a parceria, estima-se que cerca de 400 moradores da região sejam diretamente empregados nas atividades do projeto, abrangendo desde a recuperação florestal até a manutenção das áreas regeneradas. 
“A integração entre natureza, economia e comunidades locais que a parceria entre Ambipar, BWP e Itaú BBA promove, reforça o nosso compromisso com a preservação dos recursos naturais e a regeneração ambiental. Com esta iniciativa queremos diminuir os impactos das mudanças climáticas, que já são sentidos em diversas partes do mundo. Este é um avanço significativo com ações concretas que irão gerar impactos positivos e duradouros na região do Vale do Paraíba, no Rio de Janeiro”, comenta Tercio Borlenghi Junior, CEO da Ambipar.

Brasil Sustentável

Projeto visa regeneração ambiental do Vale do Paraíba, no Rio de Janeiro

Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil
O edifício desativado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) onde vivem mais de 100 famílias, no centro da cidade do Rio de Janeiro, está sendo desocupado nesta segunda-feira (16). O prédio, na avenida Venezuela, 53, apelidado de Ocupação Zumbi dos Palmares, vinha sendo ocupado, de forma intermitente por sem-tetos, há duas décadas.
A reintegração de posse foi pedida pelo INSS, que não usa o prédio há 40 anos, e determinada pela 2ª Vara Federal do Rio de Janeiro, em agosto deste ano. Em 22 de novembro, a Vara marcou a data da desocupação do prédio.
Segundo a Justiça, o prédio, que está oficialmente interditado pela Defesa Civil Municipal, oferece riscos às famílias, devido à situação estrutural da edificação.
A Comissão de Soluções Fundiárias do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) atuou como mediadora e decidiu que as famílias deveriam ser alojadas em abrigos públicos ou recebam aluguel social.
A desocupação começou logo cedo, quando os moradores voluntariamente retiraram seus pertences. A prefeitura apoiou a saída das famílias, com um caminhão de mudança, com o compromisso de entregar os pertences nos endereços informados pelas pessoas. Também cadastrou os animais de estimação.
A polícia cercou a área e interditou a Avenida Venezuela pouco antes das 8h. Por volta das 8h, equipes do Batalhão de Choque chegaram ao local, mas até o fechamento desta reportagem, não tinha precisado atuar.
De acordo com a coordenadora do Núcleo de Assessoria Jurídica Popular (Najup), da Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mariana Trotta, que assessora as famílias, a prefeitura fez o pagamento do aluguel social às famílias na sexta-feira, em cheque.
“As famílias estão indignadas de como foi feito o processo. O pagamento do aluguel social ocorreu na sexta-feira em cheque para elas saírem hoje. Ou seja, tiveram o final de semana para procurar outro lugar. Algumas ainda não receberam o aluguel social. Muitas ainda não conseguiram descontar o cheque. Também, não existe nenhuma informação sobre o reassentamento definitivo das famílias pela prefeitura", disse Mariana Trotta.
Líder da ocupação, William Bombom disse que as famílias não conseguiram alugar imóveis e não têm para onde ir. Alguns estão indo para casa de familiares e outros estão buscando abrigo em diferentes ocupações no centro.
"A gente está desesperado. Muita gente não tem pra onde ir. O pessoal está tirando as coisas por medo de confronto com a polícia", contou.
Jurema Francisco Ferreira vivia há cinco anos na ocupação com a filha e a neta. "Vou para casa de parentes. Como vamos pagar um aluguel com R$ 400? Ninguém consegue, ainda mais aqui no centro".
Um casal, com um bebê de colo, que não quis dar entrevista para a reportagem, foi um dos que disseram que buscaria abrigo em outra ocupação, acreditando que não conseguirá pagar um aluguel.
Também sem perspectiva de alugar algum imóvel, Michele de Abreu encontrou abrigo, temporário, na casa de uma amiga. "Moro aqui tem cinco anos. Por sorte, essa minha colega me acolheu, por causa dos meus dois netos. Mas já me pediu pra ver outro lugar pra eu ficar, porque ela tem o esposo dela, os filhos e a casa é pequena", lamenta Michele, que, sem nem saber onde estará vivendo nas próximas semanas, não consegue imaginar a vida daqui a alguns anos.
Com uma filha de 7 anos, Rafaela Avelino encontrou, na ocupação, um abrigo. "Eu estava cansada de viver de favor na casa dos outros. Espero conseguir alugar alguma coisa aqui no centro, porque minha filha estuda aqui e eu trabalho aqui. Espero um futuro melhor. Que daqui a sete anos, quando minha filha estiver com 14, 15 anos, ela não precise passar por essas coisas", sem saber ainda o que fará enquanto não aluga um imóvel.
Rutilene de Abreu buscou a ocupação Zumbi dos Palmares no início da pandemia, ao perder suas fontes de renda e a capacidade de pagar um aluguel. "Vou fazer um barraco embaixo da ponte, porque eu não tenho para onde ir. Acabou tudo", relata, de forma desesperançosa.
Segundo Mariana Trotta, a comissão do TRF2 construiu um plano para desocupação sem diálogo com as famílias. Ela disse ainda que o INSS, até o momento, não se comprometeu a destinar o prédio para habitação de interesse social.
O TRF2 informou que as audiências para o plano de desocupação envolveram tanto o Núcleo de Defesa e Assessoria Jurídica Popular –Najup, quanto representantes dos moradores e órgãos públicos.
Já o INSS destacou que a prefeitura do Rio de Janeiro manifestou interesse na aquisição do imóvel. "Mas existe uma necessidade de ajuste quanto à avaliação de mercado. E que já está sendo tratado pelas áreas técnicas. Em paralelo, o INSS formalizou o processo de transferência de gestão do edifício para Secretaria de Patrimônio da União (SPU), conforme diretrizes estabelecidas pelo governo federal de destinação dos imóveis".
De acordo com o instituto, a prioridade é "fazer a movimentação segura, digna e respeitosa, numa ação conjunta entre todos os entes públicos envolvidos".

Ocupação Zumbi dos Palmares, no centro do Rio

Prédio onde vivem mais de 100 famílias é desocupado no Rio

247 - A Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro informou que todos os profissionais que estavam de plantão quando um homem morreu serão demitidos, informa<a href="https://oglobo.globo.com/rio/noticia/2024/12/14/funcionarios-do-plantao-que-homem-morreu-esperando-atendimento-serao-demitidos-inadmissivel-nao-perceberem-a-gravidade-do-caso-diz-sms.ghtml"> O Globo</a>. O caso ocorreu em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, na noite da última sexta-feira (13). José Augusto Mota da Silva, de 32 anos, chegou lúcido e caminhando até a unidade, mas não resistiu após sofrer uma parada cardiorrespiratória.
O secretário de Saúde do Rio, Daniel Soranz, manifestou seu repúdio diante da situação. Em uma publicação no X (antigo Twitter), ele afirmou que "é inadmissível não perceberem a gravidade do caso" e determinou medidas rigorosas: "Todos os profissionais que estavam no plantão serão demitidos, responderão à sindicância e serão denunciados aos seus respectivos conselhos de classe".
Segundo a SMS, José Augusto chegou na UPA reclamando de dores pelo corpo e passou pela classificação de risco, onde permaneceu sentado na sala de espera aguardando atendimento. Testemunhas relataram em redes sociais que ele parecia estar bem ao chegar, mas perdeu a consciência pouco tempo depois. A equipe médica foi acionada assim que ele ficou desacordado e ele foi levado à Sala Vermelha para tentativa de estabilização, mas não resistiu.
A SMS informou que ele sofreu uma parada cardiorrespiratória e que as circunstâncias do caso estão sendo investigadas. Uma sindicância foi aberta para apurar as responsabilidades, com análise de imagens de câmeras de segurança e dos prontuários médicos.
A Polícia Civil também está acompanhando o caso. Em nota, a corporação informou que a ocorrência foi registrada na 41ª Delegacia de Polícia (Tanque) e que diligências estão em andamento para esclarecer todas as circunstâncias da morte.

Otávio Rosso

Funcionários que estavam de plantão quando homem morreu em UPA no Rio serão demitidos, diz secretário

247 - A cidade do Rio de Janeiro enfrentou dois casos de furtos de cabos de energia em menos de 24 horas, resultando em interrupções no fornecimento para áreas do Centro e da Zona Sul. Na última terça-feira (10), criminosos furtaram cabos subterrâneos de baixa tensão, comprometendo o serviço em parte do Centro. Técnicos da Light identificaram uma escada de madeira utilizada pelos criminosos para acessar e retirar os cabos em uma câmara subterrânea da concessionária.
Como medida emergencial, a Light instalou um gerador para manter os atendimentos na Santa Casa de Misericórdia, localizado no Centro. O equipamento foi utilizado entre os dias 10 e 12 de dezembro, até a conclusão dos reparos na rede.
Situação semelhante foi registrada no bairro do Leme, onde o fornecimento de energia também foi afetado. Alguns clientes da região estão sendo atendidos por geradores temporários enquanto ocorre a reposição dos cabos furtados. Segundo Leonardo Bersot, gerente de Operação e Manutenção das Redes Subterrâneas da Light, o impacto dessas ações criminosas é significativo e exige esforços intensos para restabelecer o fornecimento.
"A reconstrução da rede após o furto de cabos é um trabalho de alta complexidade, que envolve não apenas a reposição do material, mas também ajustes técnicos para garantir a segurança e a qualidade do fornecimento de energia", destacou Bersot.
Até o momento, a Light contabilizou cerca de 6 km de cabos furtados entre as duas regiões, sendo metade no Centro e metade no Leme. Os técnicos seguem avaliando a extensão dos danos e registrando as ocorrências.
Furto de cabos em 2024
De janeiro a novembro de 2024, a Light registrou 317 casos de furto de cabos na cidade, totalizando um prejuízo superior a R$ 7 milhões e a perda de aproximadamente 45 mil metros de cabos. Em 2023, o número de ocorrências chegou a 373, gerando um custo de quase R$ 4 milhões para recompor a rede elétrica.
O Centro do Rio lidera os casos de furtos, com 72 registros. Em seguida, aparecem Copacabana (63 ocorrências) e Leblon (56 ocorrências). Outras áreas afetadas incluem Ipanema, Tijuca, Barra da Tijuca, Laranjeiras, Campo Grande e Flamengo.
Medidas de combate ao problema
Diante do aumento de furtos, a Light tem intensificado suas ações para mitigar os impactos. Entre as medidas estão:
<ul>
 <li>Rondas do PROEIS (Programa Estadual de Integração na Segurança) em locais com maior incidência de crimes;</li>
 <li>Substituição de cabos de cobre por alumínio, material com menor valor comercial;</li>
 <li>Instalação de proteções mecânicas, como tubulações de aço galvanizado e concretagem, em pontos vulneráveis da rede subterrânea.</li>
</ul>
A concessionária reforça seu compromisso com a segurança e a continuidade do fornecimento de energia, mas também apela à população para denunciar atividades suspeitas que possam comprometer o funcionamento da rede. Além disso, a Light conta com o apoio das autoridades para prevenir furtos e preservar os equipamentos públicos.

Furto de cabos deixa bairros do Rio de Janeiro sem luz e afeta atendimentos na Santa Casa

Agência Brasil - Policiais federais desencadeou, nesta sexta-feira (13) uma operação para apurar esquema de compra de votos e lavagem de dinheiro na Baixada Fluminense. Entre os investigados estariam o prefeito de Duque de Caxias, Wilson Reis, e o ex-prefeito do município e atual secretário estadual de Transporte, Washington Reis.
As investigações começaram em outubro quando um homem foi preso em flagrante em Caxias, com R$ 1,9 milhão em espécie, sob suspeita de compra de votos. A partir daí, a Polícia Federal (PF) chegou a uma organização criminosa atuante na Baixada Fluminense a vários anos, que incluiria políticos e empresários de Duque de Caxias e de São João de Meriti.
De acordo com a PF, o grupo teria movimentado milhões de reais para financiar, de forma ilegal, campanhas de candidatos a cargos públicos. Empresas contratadas pelo poder público seriam utilizadas, segundo a investigação, para favorecer os políticos em suas campanhas.
Os crimes investigados incluem organização criminosa, falsidade ideológica eleitoral e lavagem de dinheiro.
Por meio de nota, a prefeitura de Duque de Caxias informou que o prefeito Wilson Reis “não tem nenhum envolvimento no caso citado, confia na Justiça e está à disposição para prestar todos os esclarecimentos necessários”.
Já a Secretaria Estadual de Transporte divulgou uma nota em que afirma que o secretário Washington Reis jamais esteve envolvido em qualquer prática de compra de votos. “Todas as contas da campanha foram devidamente aprovadas pela Justiça Eleitoral, evidenciando a conformidade com as exigências legais. O secretário reitera que não tem nada a temer e se coloca à disposição da Justiça e de quaisquer autoridades competentes para prestar os esclarecimentos necessários, reafirmando seu compromisso com a transparência e a legalidade”, informa a nota.

PF faz operação que tem secretário de Transportes do Rio como alvo pela suspeita de compra de votos

247 - A violência urbana no Rio de Janeiro fez mais uma vítima nesta quinta-feira (12), quando o menino Davi Delgado Magno, de 4 anos, foi baleado e morto durante uma tentativa de fuga no Morro da Fé, na Penha, Zona Norte da cidade. A tragédia ocorreu após um desentendimento familiar que terminou de forma brutal, segundo o <a href="https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2024/12/13/crianca-e-baleada-e-morta-na-penha.ghtml">g1</a>.&nbsp;
De acordo com o depoimento do pai de Davi, André Rosa Magno, ele e a mãe do menino, Raquel Gomes Delgado, estavam separados há uma semana. Na noite da tragédia, Raquel teria ido buscar o filho após uma discussão acalorada. Durante o conflito, ela teria chamado traficantes locais para intimidar o ex-marido.
Com medo, André colocou Davi no banco traseiro do carro e tentou fugir em alta velocidade, chegando a derrubar o portão da garagem. Durante a fuga, ele teria atropelado um dos criminosos, o que desencadeou uma série de disparos contra o veículo. Um dos tiros atingiu Davi na cabeça.
Desesperado, André dirigiu até o Hospital Estadual Getúlio Vargas, também na Penha, mas os médicos não conseguiram salvar a criança, que chegou ao hospital sem vida.
A Polícia Civil foi acionada e realizou perícia no carro ainda na entrada do hospital. Ambos os pais foram ouvidos na Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que assumiu as investigações para esclarecer as circunstâncias do crime.
Epidemia de violência na cidade - A morte de Davi expõe novamente a rotina de violência e insegurança que assola o Rio de Janeiro. Na mesma semana, uma série de crimes chocantes ocorreu na cidade:
<ul>
 <li>Na quinta-feira (12), um turista foi baleado a caminho do Cristo Redentor e um policial militar foi morto durante uma tentativa de assalto.</li>
 <li>Na terça-feira (10), a médica Gisele foi morta por uma bala perdida dentro de um hospital da Marinha.</li>
 <li>Na segunda-feira (9), as amigas Alessa e Evelyn foram baleadas ao sair para o trabalho. Alessa não resistiu.</li>
 <li>No domingo (8), Steve foi atingido na cabeça durante um assalto.</li>
 <li>Na sexta-feira (7), os irmãos Caique e Mirella foram vítimas de balas perdidas, mas sobreviveram.</li>
 <li>No dia 5, a menina Kamilla Vitória morreu enquanto brincava ao ser atingida por um tiro.</li>
 <li>No dia 3, o policial militar Marco Antônio foi morto por um disparo de fuzil efetuado por criminosos.</li>
</ul>

Menino de 4 anos é morto a tiros no Rio de Janeiro

Agência Brasil - O turista argentino Gaston Fernando Burlon, de 51 anos, baleado na cabeça quando seguia de carro, com a família, para visitar o Cristo Redentor, na tarde dessa quinta-feira (12), está em estado gravíssimo. Ele segue internado no Hospital Municipal Souza Aguiar, segundo informações da Secretaria Municipal de Saúde do Rio.
A Delegacia Especial de Apoio ao Turismo está ouvindo os familiares que estavam num carro com a vítima. Os turistas foram surpreendidos por homens armados em um dos acessos ao Morro do Escondidinho, no Rio Comprido, perto da subida para o Corcovado.
<h2>GPS</h2>
A Polícia Civil informou que faz diligências no local para identificar o autor do disparo. A família contou que Gaston seguia um aplicativo de GPS, que teria indicado um caminho passando por dentro da comunidade.
&nbsp;Após ser atingido, o argentino bateu o carro no muro de uma casa, sendo socorrido por bombeiros. A Polícia Militar esteve no local e fez buscas, mas não localizou suspeitos.

Estado de saúde de ex-secretário de turismo argentino baleado no Rio é gravíssimo

Vitor Abdala, repórter da Agência Brasil - A Marinha decidiu ocupar o entorno do Hospital Naval Marcílio Dias, na zona norte da cidade do Rio de Janeiro, onde uma médica da força armada morreu vítima de uma bala perdida, na última terça-feira (10). A ação, iniciada nesta quinta-feira (12), contará com militares do Corpo de Fuzileiros Navais.
De acordo com nota divulgada pela Marinha, os militares ocuparão uma área com perímetro de até 1.320 metros distantes do hospital naval.
A operação não tem data para terminar, segundo a Marinha, e tem por objetivo “garantir a segurança da tripulação e usuários do Hospital Naval Marcílio Dias”.
A capitão-de-mar-e-guerra e médica geriatra Gisele Mendes de Souza e Mello, de 55 anos, foi atingida por um tiro na cabeça, quando participava de um evento no auditório da Escola de Saúde da Marinha do Brasil, dentro do hospital. No momento, policiais faziam uma operação na comunidade do Gambá, que é vizinha da unidade de saúde.

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