247 - A cantora e pastora Baby do Brasil usou suas redes sociais nesta sexta-feira (14) para se explicar após as críticas recebidas por suas declarações durante um culto realizado na boate D-Edge, localizada na Barra Funda, zona oeste de São Paulo, na última segunda-feira (10), destaca a <a href="https://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2025/03/jamais-defenderia-abusadores-tambem-nao-sou-homofobica-diz-baby-do-brasil.shtml">Folha</a>. Na ocasião, Baby pediu que vítimas de abuso sexual perdoassem seus agressores, o que gerou uma onda de reações negativas e acusações de que ela estaria protegendo criminosos e culpabilizando as vítimas.
"Perdoa tudo o que você tiver no seu coração aqui, hoje, nesse lugar. Perdoa. Se teve abuso sexual, perdoa. Se foi da família, perdoa", disse a cantora durante o culto. A fala, amplamente repercutida nas redes sociais, levou até mesmo a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) a acionar o Ministério Público de São Paulo contra Baby, alegando que o discurso "ultrapassa os limites da liberdade religiosa e de expressão, favorecendo abusadores e desconsiderando o impacto psicológico e físico das violências sofridas pelas vítimas".
Em um vídeo publicado no Instagram, Baby do Brasil buscou esclarecer suas palavras. "Creio que ficou bem claro que o perdão a que me refiro não inocenta ninguém do seu erro, nem da impunidade, nem isenta de justiça qualquer tipo de crime. É claro que eu jamais defenderia abusadores de qualquer espécie, pois sou contra qualquer tipo de abuso", afirmou. A cantora também leu um trecho da Bíblia, especificamente o livro de Mateus, versículo 43, que trata do tema do perdão, e reforçou que sua mensagem era sobre "o perdão espiritual e profundo, que nos liberta dos gatilhos emocionais e traumas".
Além da polêmica sobre o perdão a abusadores, o evento na D-Edge também trouxe à tona discussões sobre homofobia, já que um convidado do culto pregou sobre a chamada "cura gay". Sobre o assunto, Baby foi enfática: "Aproveito para deixar mais uma vez bem claro que também não sou homofóbica, e que a opção sexual é de escolha de cada um, e que todos nós devemos ser respeitados".
A cantora ainda rebateu as acusações de que suas falas teriam sido "descontextualizadas" e afirmou que entrega "nas mãos de Deus" as críticas que tem recebido. "E a todos que não haviam entendido a minha fala e me atacaram, sinceramente, estão perdoados em nome de Jesus", finalizou.
A representação feita pela deputada Sâmia Bomfim ao Ministério Público argumenta que o discurso de Baby pode ser interpretado como "uma clara incitação ao perdão incondicional de crimes sexuais, que pode resultar no desencorajamento de vítimas a denunciar seus agressores". O caso segue sob análise das autoridades.

Camila França

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Cultura

"Jamais defenderia abusadores, também não sou homofóbica", diz Baby do Brasil após polêmica em culto na D-Edge

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"Jamais defenderia abusadores, também não sou homofóbica", diz Baby do Brasil após polêmica em culto na D-Edge