<a href="https://www.c5n.com/politica/alberto-fernandez-fue-citado-indagatoria-la-causa-violencia-genero-contra-fabiola-yanez-n181604">Por C5N - </a>O juiz federal Julián Ercolini citou o ex-presidente argentino Alberto Fernández a prestar depoimento no âmbito da investigação por violência de gênero, iniciada após uma denúncia da ex-primeira-dama Fabiola Yañez. Fernández deverá comparecer aos Tribunais de Comodoro Py na quarta-feira, 11 de dezembro.
Dessa forma, o magistrado atendeu ao pedido do procurador federal Ramiro González. "Será o segundo depoimento em poucos dias, pois na próxima quarta-feira ele terá outro, mas relacionado ao caso dos seguros", destacou o jornalista Marcos Cittadini no programa La Mañana, da C5N.
De acordo com o documento de citação enviado por Ercolini, o ex-presidente teria "exercido, de forma habitual e contínua, violência psicológica contra Yañez, manifestada por meio de assédio, hostilidades, controle, indiferença, insultos, culpabilização, desprezo, retirada da palavra, menosprezo e atos de hostilidade", relatou o Infobae.
"Além disso, até o fim do mandato presidencial do acusado, a violência psicológica e física teria se tornado recorrente, especialmente na forma de agressões com a mão aberta, inclusive após a mudança da denunciante do chalé principal para a casa de hóspedes da Quinta de Olivos, em 2023, até sua mudança para a cidade de Madri", acrescentou o texto.
O procurador González acusou o ex-presidente por três crimes: dois episódios de lesões leves duplamente qualificadas por terem sido cometidas mediante violência de gênero e contra sua então companheira; um caso de lesão grave, com comprometimento permanente da saúde; e coação contra Yañez para que ela não apresentasse a denúncia.
Alberto Fernández denunciou a mãe de Fabiola Yañez por falso testemunho
O ex-presidente Alberto Fernández apresentou uma denúncia penal por falso testemunho contra Miriam Yañez Verdugo, mãe da ex-primeira-dama Fabiola Yañez, no âmbito do caso de violência de gênero movido contra ele.
Por meio de um documento apresentado em Comodoro Py, o ex-mandatário acusou sua ex-sogra de mentir em seu depoimento e pediu que o caso fosse investigado na Justiça Federal. A denúncia foi encaminhada ao Juizado Criminal e Correcional Federal nº 4, sob responsabilidade do juiz Ariel Lijo.
"Jamais exerci violência física, psicológica ou econômica contra Fabiola, como foi falsamente declarado pela denunciada", afirmou Fernández no documento. Ele também acrescentou: "Não há dúvida de que Miriam Yañez fez afirmações falsas para me prejudicar no âmbito da ação penal".

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América Latina

Alberto Fernández é chamado para prestar depoimento em caso de violência de gênero contra Fabiola Yañez

<a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/direitos-humanos/noticia/2024-08/falta-protocolo-contra-violencia-de-genero-na-midia-latino-americana">Agência Brasil -</a> Em 14 países da América Latina e do Caribe, incluindo o Brasil, 75% dos jornalistas conhecem pelo menos um caso de violência de gênero contra colegas ou relatam episódios contra si. Apesar da proporção elevada, a maioria dos veículos (57%) não possuem protocolos que ajudem na prevenção de episódios de agressão física ou moral e assédio sexual, ou possam orientar atuação quando houver algum caso.
Os dados constam da pesquisa “Meios sem Violência: a urgência de políticas de abordagem e prevenção”, realizada pela Asociación Civil Comunicación para la Igualdad de Argentina, com apoio da Federação de Jornalistas da América Latina e do Caribe (FEPALC) e da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
<h2>Constrangimento</h2>
O estudo registrou 96 casos de violência de gênero. O constrangimento psicológico e verbal é a forma mais comum de violência, com 65,5% de episódios lembrados por jornalistas que participaram da pesquisa. Há relatos de assédio sexual (28%); assédio digital (21%); maus-tratos (19%); agressão física (12,5%) e alguma forma de violência econômica (5%).
Quase a metade das situações de violência (48%) ocorreu nas redações e estúdios dos veículos de comunicação. Mais de um quarto (27%) se deu nas redes sociais ou pelo correio eletrônico; 15,5% dos episódios combinam ambiente físico e virtual; e 9,5% se deram em coberturas externas ou em viagens de trabalho das jornalistas.
<h2>Perfis dos agressores</h2>
O levantamento traça dois perfis dos agressores. Há os agressores “offline”, como aqueles que ocupam cargos elevados na hierarquia da empresa (envolvidos em 49% dos episódios relatadas); aqueles com o mesmo nível hierárquico (27%) e homens de fora da redação, mas com influência sobre o veículo (9%).
Além desse tipo, há os agressores “online”, como dirigentes governamentais e políticos (31,5% das situações); homens do meio jornalístico (22%) e de organizações antigênero (15%). A maioria desses agressores (54,5%), dos dois perfis, não sofreu punição.
A pesquisa ouviu jornalistas de 95 veículos digitais, audiovisuais (TV), impressos (jornais e revistas) e sonoro (rádio) entre dezembro do ano passado e março deste ano. Participaram da pesquisa mulheres (86,1% das respondentes); homens (11,1%) e pessoas trans (2,8%)
Segundo o resumo executivo da pesquisa, apenas 18,5% dos entrevistados afirmaram que em seus veículos de comunicação existem áreas especializadas para lidar com a violência. O setor é mais comum em grandes meios de comunicação.
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Alberto Fernández é chamado para prestar depoimento em caso de violência de gênero contra Fabiola Yañez

Falta protocolo contra violência de gênero na mídia latino-americana