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    Carta Capital nega morte de Coronel Siqueira, mas contas são apagadas

    Um dos personagens mais notórios da internet brasileira foi aos trending topics hoje depois que o DCM anunciou sua morte, que foi negada, mas o mistério cresceu depois que as contas nas redes foram apagadas

    (Foto: Reprodução)

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    247 - Uma das contas mais famosas das redes sociais, o Coronel Siqueira, um personagem fictício para ironizar as posições da extrema direita, saiu do ar, nesta segunda-feira, 29, após polêmica sobre a morte do suposto criador do perfil. As contas saíram do ar no Twitter e no Instagram.

    Mais cedo, o Diário do Centro do Mundo informou a morte do advogado e mestre em geologia Sergio Vicente Liotte. Segundo o site, ele seria o criador da conta nas redes sociais. 

    Em transmissão vivo na noite desta segunda-feira, Patrícia Liotte, viúva de Sergio Vicente Liotte, afirmou que a conta era compartilhada com outras pessoas e que ela havia sido invadida. Para a viúva, o perfil estava divulgando mentiras ao negar a informação do portal. “Ele estava internado há alguns dias e estava bem, mas o quadro teve uma piora”, disse Patrícia. 

    Segundo Patrícia, a conta continuou aberta após a morte do suposto criador porque “agora o Siqueira está mais democrático. Quem está postando mais é um pessoal de Porto Alegre. Eu estou com pouco tempo. Estou com minha mãe internada, caso grave”.

    Ela ainda disse que “o rosto do Siqueira era o do meu tio, comunista doente, falecido em 2018 quando essa Bozo já tinha sido eleito. Tributo a um assistente social que trabalhou por 40 anos em creches municipais de SP”.

    Outro lado

    No entanto, a Carta Capital, onde o Coronel era colunista, publicou artigo afirmando que o suposto criador da conta, na verdade, não morreu.

    “Em conversa com Carta Capital, a pessoa por trás do perfil diz ter sido pega de surpresa com a história. E que sequer conhecer o homem apontado como criador do personagem. ‘Não tenho a menor ideia do que aconteceu. O cara que morreu deve ter dito que era o coronel e acreditaram’”, diz o artigo.

    “Ainda segundo a postagem do DCM,  Liotte teria compartilhado a gestão dos perfis com outras pessoas. Daí a explicação para o volume de postagens. O Siqueira em vida nega. ‘Sou só eu, sempre fui uma pessoa só.’ E ironiza: ‘Estão tentando me convencer seriamente de que eu não sou eu’”, continua.

    “Há mais pontas soltas. Ao DCM, a viúva de Liotte disse que o rosto do personagem seria de um tio, morto em 2018. ‘O rosto do Siqueira era o do meu tio, comunista doente, falecido em 2018 quando essa Bozo já tinha sido eleito. Tributo a um assistente social que trabalhou por 40 anos em creches municipais de SP’. Não é verdade. O rosto do Coronel Siqueira foi gerado no This Person Does Not Exist, um site que, como o nome já diz, gera rostos humanos que não existem por meio de inteligência artificial”, conclui.

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