Governo descarta, por ora, realizar novos leilões de importação de arroz, afirma ministro da Agricultura
"Por ora é mais prudente, já que os preços cederam, que a gente tome outras atitudes de estímulo à produção", disse Carlos Fávaro
247 - O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), afirmou que, no momento, o governo federal não vê necessidade de realizar novos leilões para a importação de arroz. Segundo Fávaro, os preços do cereal começaram a recuar, o que torna mais prudente buscar outras formas de estímulo à produção nacional. Ainda de acordo com o ministro, o governo possui edital pronto e fará reunião com a Federação dos Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) e representantes da indústria nesta quarta-feira (3) para discutir o assunto.
"Vamos buscar alguns compromissos com eles, de estabilidade de preço, de logística e frete. Eles mesmos podem nos dizer um momento, se for necessária, alguma intervenção do governo. Por ora é mais prudente, já que os preços cederam, que a gente tome outras atitudes de estímulo à produção. Não se faz necessário novos leilões de importação", disse Fávaro em entrevista à Globonews nesta quarta-feira (3). Apesar da avaliação, Fávaro enfatizou que o governo está preparado e possui orçamento para eventuais novas aquisições do grão, caso necessário.
Na entrevista, o ministro ressaltou que, apesar das dificuldades enfrentadas, os preços do arroz já estão voltando a níveis normais. “Com a sinalização e a disponibilidade do governo de comprar arroz importado e abastecer o mercado brasileiro e a volta da normalidade nas estradas, os preços já cederam. Temos arroz em algumas regiões do País a R$ 19, R$ 23, R$ 25 um pacote de 5 kg, o que está dentro da normalidade”, afirmou. Fávaro ainda mencionou que o governo monitora de perto os preços do grão para evitar especulações.
Ainda conforme ele, o Plano safra 2024/2025, que será anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nesta quarta-feira, contempla a criação a criação de uma nova linha de financiamento destinada a estimular a produção de arroz, especialmente no Rio Grande do Sul e em outros Estados brasileiros.
“No plano safra, nós vamos lançar uma linha para contratos de opções para estimular a produção de algo em torno de 1 milhão de toneladas de arroz, não só no Rio Grande do Sul, mas em outros Estados brasileiros, para que a gente possa ter mais tranquilidade de oferta deste produto essencial do consumo da população brasileira”, assegurou o ministro.
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