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    Lula diz que passará a divulgar a Embrapa no exterior para arrecadar investimentos: "mãe máxima da tecnologia brasileira"

    Presidente Lula participou nesta quinta-feira de evento de celebração pelos 51 anos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

    Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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    247 - O presidente Lula (PT) participou nesta quinta-feira (25) do evento em celebração dos 51 anos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e disse que passará a divulgar a empresa no exterior como forma de arrecadar investimentos e impulsionar a pesquisa brasileira. Durante a cerimônia foram assinados sete acordos estratégicos, dois deles de abrangência internacional: um com o Banco Mundial e outro com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA). Os outros cinco selam novas parcerias com os ministérios da Fazenda, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), da Agricultura e Pecuária (MAPA), da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), além de envolveram o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste (Consórcio Nordeste).

    Lula afirmou que a Embrapa é motivo de orgulho para os brasileiros e disse que não se pode ter vergonha da história da empresa, criada durante a ditadura militar. Segundo ele, a Embrapa "virou a mãe máxima da tecnologia brasileira e serve de modelo para muitos países do mundo".

    Ele ainda citou que em seus primeiros mandatos tentou levar a agência para a África, criando um escritório em Gana. "O nosso desejo era que a Embrapa pudesse pesquisar a savana africana e a gente acreditava que a savana africana, com bom manejo da terra, com boa política de adubação, teria a mesma capacidade produtiva que tem o Cerrado brasileiro. Quem é mais velho sabe que há 40 ou 50 anos ninguém dava um tostão furado por uma terra no Cerrado. Até que veio a Embrapa e transformou o Cerrado brasileiro em uma coisa extraordinária de produção agrícola, fazendo com que o Brasil chegasse ao topo da produção, com pouca gente no mundo capaz de competir com o Brasil". Agora, disse o presidente, o desejo de levar a Embrapa ao exterior retorna, principalmente com objetivo de arrecadar investimentos para a empresa. "Acho que estou pensando nisso outra vez. Jorge Viana, que é presidente da Apex, acho que nas próximas reuniões nossas a gente tem que incluir a Embrapa nas minhas viagens internacionais para que a gente possa divulgar o centro de excelência que a gente tem nesse país e que muitas vezes não consegue fazer uma pesquisa porque faltam R$ 30 milhões, R$ 15 milhões, R$ 10 milhões. É uma coisa tão absurda a gente imaginar que um centro de conhecimento com a Embrapa deixa de fazer uma pesquisa porque faltam R$ 1 milhão, R$ 2 milhões. Eu diria que é irresponsabilidade de todo mundo".

    "Não é bondade minha. É reconhecimento do que a Embrapa significa para esse país. O que a gente precisa calcular é que cada centavo que a gente coloca na Embrapa retorna para esse país milhares de reais, que se transformam em dólar e que nos fazem ser o maior exportador de carne, soja, milho…", finalizou o presidente.

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