Ministério Público multa Michel Teló por desmatar área de preservação para plantio de soja
Fazenda pertencente à família do cantor sertanejo está localizada em Campo Grande, no Mato Grosso Sul
247 - O Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MPMS) instaurou inquérito civil para apurar um desmatamento em área de preservação permanente (APP) em uma fazenda que pertence ao cantor sertanejo Michel Teló, em Campo Grande. Segundo o jornal Correio do Estado, o desmatamento foi identificado por imagens de satélite em duas áreas da Fazenda Esperança, totalizando 1.596 hectares, que integram a área de proteção ambiental municipal da bacia do córrego Ceroula. O desmate tinha como objetivo o cultivo de soja.
“Após a constatação do desmatamento, os proprietários da propriedade rural foram multados em R$ 4 mil pelo desmatamento em área de proteção permanente”, destaca a reportagem. Também foi feita uma notificação para a regularização da área desmatada.
Recentemente, Teló divulgou um vídeo no Youtube mostrando o local e comentou os projetos para investir em agricultura, com foco no plantio de soja. César Augusto Teló, responsável pelo local, informou ao Ministério Público que apresentou o Projeto de Recuperação de Área Degradada e Alterada (PRADA), Cadastro Ambiental Rural (CAR) e a solicitação das taxas para o licenciamento corretivo, além da volumetria da reposição florestal, logo após ter recebido a notificação para regularização das intervenções. O Prada teria sido feitoapós a autuação ser lavrada e contemplava a APP do imóvel, além de puro locais que deveriam ser recuperados.
César Teló também destacou que as áreas que deveriam ser recuperadas correspondem a 0,1% da propriedade e que a área destinada à reserva legal está preservada em sua totalidade. Ele pediu o arquivamento da apuração. Em resposta, o Ministério Público disse que um inquérito civil em que haja dano ambiental não pode ser arquivado sem seja feita a formalização de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), mesmo com o protocolo do Prada.
Com isso, o promotor Luiz Antônio Freitas de Almeida, da 34ª Promotoria de Justiça de Campo Grande, pediu a apuração da reparação da área de preservação permanente da fazenda e cobrou do Imasul a conclusão dos autos.
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