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    Natureza está tomando de volta o que dela foi tomado, diz Carlos Fávaro

    Ministro da Agricultura diz que não é mais possível negligenciar a questão ambiental

    Carlos Henrique Fávaro (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

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    247 – Nos últimos anos, o Rio Grande do Sul enfrentou três períodos de seca e três enchentes em um curto intervalo. Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, isso demonstra a reação da natureza às ações humanas, conforme ele mencionou em entrevista à coluna Vaivém das Commodities, da Folha de S. Paulo.

    Fávaro afirmou que a frequência desses eventos climáticos reforça a realidade das crises ambientais, eliminando a possibilidade de negação. Ele enfatizou que o clima é crucial para os produtores agrícolas. O ministro também relembrou os desafios da década de 1980, quando a falta de financiamento e a infraestrutura inadequada no Centro-Oeste dificultavam a vida dos agricultores. Hoje, Fávaro acredita que o Brasil pode aumentar sua participação no mercado global de alimentos substituindo pastagens degradadas por áreas de cultivo de grãos.

    Como senador licenciado, Fávaro destacou que, ao retornar ao Senado, pretende continuar atento às questões atuais. Ele destacou a urgência de agir para mitigar as mudanças climáticas e melhorar a produtividade agrícola com boas práticas de manejo do solo. Ele ressaltou a importância de preservar o meio ambiente e mencionou que as divergências com o Ministério do Meio Ambiente são resolvidas pela Advocacia-Geral da União (AGU).

    Comentando sobre a evolução da agricultura no Brasil, Fávaro atribuiu grande parte do progresso à Embrapa e às políticas públicas. Ele identificou a logística como um dos principais desafios futuros e afirmou que a liderança do Brasil no mercado internacional é sólida, com potencial de expansão sem necessidade de novos desmatamentos.

    O ministro também discutiu a relevância do acordo Mercosul-União Europeia e a exploração de novos mercados no Sul Global, apesar das possíveis barreiras comerciais. Ele concluiu falando sobre os desafios logísticos e a necessidade de investimentos em infraestrutura para acomodar o crescimento contínuo da produção agrícola no Brasil.

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