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    Plano Safra 2024 terá foco em estoques públicos e diversificação agrícola para garantir abastecimento

    Ministro da Agricultura disse que o objetivo é assegurar o abastecimento interno e minimizar o risco de perdas por eventos climáticos

    Carlos Henrique Fávaro (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)

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    247 - O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o novo Plano Safra que será lançado ainda em junho, prevê o estímulo ao plantio de alimentos básicos para a formação de estoques públicos. A estratégia visa garantir o abastecimento nacional em situações de emergência, como perdas de safras devido a condições climáticas extremas semelhantes às registradas em maio no Rio Grande do Sul.

    “Vamos lançar contratos de opções para esses produtos que são a base da alimentação brasileira. É o arroz, feijão, trigo, a mandioca. E o milho – lógico, se transformando em carnes [o milho serve como ração para os animais]", disse Fávaro em entrevista ao g1. “A gente [precisa] diversificar a nossa produção, tirar do produtor a opção de só plantar soja, milho, algodão”, ressaltou o ministro. 

    A criação de estoques públicos é uma medida para proteger o país de crises de abastecimento, exemplificada recentemente pelas enchentes no Rio Grande do Sul. O estado, responsável por 70% da produção nacional de arroz, enfrentou dificuldades significativas na colheita e escoamento, forçando o governo a zerar a taxa de importação do cereal e adquirir arroz de outros países.

    Os contratos de opções são uma ferramenta financeira que oferece aos produtores a opção de vender suas colheitas ao governo por um preço previamente estabelecido. Se o preço do mercado for superior, os produtores podem vender para compradores privados, mas, se o preço cair, têm a garantia de venda ao governo pelo valor acordado. A medida proporciona uma rede de segurança para os agricultores, protegendo-os das flutuações de mercado.

    "Se der uma seca aqui, eu tenho arroz acolá, se der uma enchente aqui, eu tenho arroz lá, entendeu?", explicou Fávaro, de acordo com a reportagem. "É o governo ajudando a ter equilíbrio...e com números modestos. Não é voltar ao tempo que tinha super estoques públicos, onde o grande comprador concorrente é o poder público. [...] Não é esse o objetivo, mas é a presença do Estado para manter o equilíbrio e o abastecimento", ressaltou. 

    Para reduzir a dependência de uma única região agrícola, Fávaro destacou a importância da diversificação regional da produção. Ele sugeriu, hipoteticamente, que o governo poderia estabelecer contratos de opções em diferentes regiões para mitigar os impactos de condições climáticas adversas em qualquer área específica.

    Além disso, o ministro sublinhou a necessidade de aumentar a adesão ao seguro agrícola. O Programa de Subvenção ao Prêmio do Seguro Rural (PSR) já oferece subsídios que reduzem o custo do seguro, mas Fávaro defende um estímulo adicional para expandir a cobertura entre os produtores.

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