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    Arroz importado pelo governo chegará aos supermercados em até 40 dias, diz ministro da Agricultura

    "O tempo de chegada vai depender do local do fornecedor do arroz, porque se vier da Ásia demora um pouco mais que o dos players do Mercosul", disse Carlos Fávaro

    Carlos Fávaro (Foto: Guilherme Martimon/MAPA)

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    247 - O governo federal anunciou que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) lançará, nesta quarta-feira (29), um edital para a compra pública de 300 mil toneladas de arroz importado e beneficiado. O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, estima que o produto deve chegar às prateleiras dos supermercados em até 40 dias, dependendo da origem do fornecedor. 

    “O edital da Conab para compra pública de 300 mil toneladas de arroz importado e beneficiado deve sair hoje com prazo de 90 dias para a primeira compra do volume gradual. O tempo de chegada vai depender do local do fornecedor do arroz, porque se vier da Ásia demora um pouco mais que o dos players do Mercosul. Acredito que em 30 a 40 dias esse arroz estará nas gôndolas dos supermercados ao consumidor”, disse Fávaro em entrevista ao programa Bom Dia, ministro da EBC. 

    O arroz será comercializado a R$ 20 por pacote de 5 kg, embalado na origem e com preço tabelado pelo governo. A medida foi autorizada por uma Medida Provisória que permite a compra de até 1 milhão de toneladas de arroz, caso necessário, para estabilizar o mercado e evitar a alta dos preços.

    A decisão de importar arroz, porém, gerou reações entre produtores e parlamentares ligados ao agronegócio. O deputado Pedro Lupion (PP-PR), presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, acusou o governo de "abuso de poder político”. Segundo ele, a safra do Rio Grande do Sul já foi colhida e que não há necessidade de importação. A senadora Tereza Cristina (PP-MS), ex-ministra da Agricultura, também criticou a iniciativa, afirmando que desestimula os produtores brasileiros e que a ação do governo foi precipitada.

    Fávaro defendeu a medida, afirmando que o objetivo não é intervir no mercado, mas combater a especulação que elevou os preços do arroz em até 40% em um mês. "Não precisaríamos importar se a situação fosse normal", disse o ministro, ressaltando que a Conab atuará para garantir o preço justo ao consumidor.

    O governo também tomou medidas para facilitar a importação, como a suspensão temporária do imposto de importação para países fora do Mercosul. "Esperamos que os fornecedores do Mercosul participem de forma competitiva", acrescentou o ministro

    A portaria interministerial, publicada na terça-feira (28), detalha os parâmetros para a operação, que contará com um orçamento de R$ 2,53 bilhões. Os estoques adquiridos pela Conab serão destinados a diversos tipos de estabelecimentos do comércio varejista, incluindo mercados de vizinhança, supermercados e atacarejos, além de equipamentos públicos de abastecimento.

    A venda do arroz importado pela Conab será realizada a um preço inferior ao de aquisição, com um preço final tabelado de R$ 4,00 por quilo. A portaria também estabelece que não haverá racionamento na quantidade vendida por consumidor.

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