A Venezuela está saindo da crise? Breno Altman explica
Jornalista Breno Altman explica, no 20 MINUTOS, os mecanismos que estão permitindo a recuperação econômica do país latino-americano; veja vídeo na íntegra
Opera Mundi - De repente, a Venezuela sumiu do noticiário. A suposta catástrofe econômica, social e política, anunciada com ampla frequência por veículos de comunicação contrários ao chavismo, cedeu lugar a um silêncio quase absoluto.
O principal motivo talvez seja o fracasso da operação de Juan Guaidó, o auto-proclamado presidente reconhecido pelos Estados Unidos e seus aliados, em mais uma tentativa de derrubar na mão grande o governo Nicolás Maduro. O personagem no qual a direita mundial apostou suas fichas atualmente se encontra desmoralizado, acusado de corrupção por seus próprios pares, sem mandato parlamentar e isolado até mesmo entre as forças antichavistas. Aos poucos, foi sendo abandonado por seus patrocinadores dentro e fora da Venezuela.
Mas essa não é a única razão de Caracas estar aparentemente fora do radar dos grandes grupos de comunicação. Além de Maduro ter conseguido se manter no comando, com seu partido vencendo tanto as eleições parlamentares quanto as regionais, dessa vez com a plena participação oposicionista, o que era tido como uma hipótese altamente improvável está acontecendo: apesar das duríssimas sanções estabelecidas pela Casa Branca e a União Europeia, a economia venezuelana está se recuperando.
Segundo as projeções da Comissão Econômica para América Latina e o Caribe (Cepal), organismo vinculado às Nações Unidas, a Venezuela deve ser o país sul-americano com maior taxa de crescimento em 2022, com seu produto interno bruto subindo 5% pela segunda vez consecutiva, depois de sete anos seguidos de recessão e uma queda da economia de quase 70% durante esse período, medida em dólares. O crescimento do PIB de 2021 ainda não foi anunciando oficialmente, mas se situou entre 4% e 7%.
O Credit Suisse, um dos bancos mais importantes do mundo, chega a prever um crescimento espetacular de 20% para este ano, em função do aumento tanto da produção de petróleo quanto dos preços internacionais.
Mas essa não é a única boa notícia. Após quatro anos de hiperinflação, o que levou a duas reconversões monetárias, a Venezuela fechou o ano passado com uma carestia abaixo dos 50% anuais. Em março de 2022, o índice mensal ficou em 1,4%. Foi o mais baixo desde agosto de 2012 e o sétimo mês seguido com inflação inferior a dois dígitos.
Estes números ainda são elevados, mas descendentes. Mais ainda: enquanto a inflação sobe por quase toda a América do Sul, na Venezuela o ritmo de aumento faz o caminho inverso.
Esse foi o tema do programa 20 MINUTOS ANÁLISE desta terça-feira (03/05), em que o jornalista e fundador de Opera Mundi, Breno Altman, apresentou as engrenagens que estão permitindo a recuperação venezuelana.
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