Alberto Fernández agradece Lula pela "solidariedade e compromisso" ao proteger embaixada argentina na Venezuela

247 - O ex-presidente argentino Alberto Fernández usou sua conta na rede social X, antigo Twitter, para agradecer ao governo do presidente Lula (PT) pela “solidariedade e compromisso” ao assumir o controle da Embaixada da Argentina na Venezuela e proteger as pessoas que ali estão abrigadas em virtude da tensão diplomática decorrente do resultado das eleições venezuelanas. 

“Isso se chama solidariedade e compromisso. O governo do presidente Lula assumiu o comando da embaixada argentina em Caracas para impedir a entrada de indivíduos violentos e sequestrar aqueles que ali estão asilados. Esta é uma diplomacia da melhor qualidade. Obrigado Lula por preservar a soberania argentina e a integridade daqueles que estão naquela embaixada. Minhas desculpas pelos maus-tratos a que o governo libertário lhe submeteu”, postou Fernández, fazendo crítica ao atual presidente argentino, Javier Milei.

Mais cedo, Milei também usou as redes sociais para agradecer "imensamente a disposição do Brasil em assumir a custódia da Embaixada da Argentina na Venezuela" e que "os laços de amizade que unem a Argentina ao Brasil são muito fortes e históricos". 

A iniciativa para que o Ministério das Relações Exteriores do Brasil defendesse os interesses do corpo diplomático argentino partiu de um pedido da chanceler argentina, Diana Mondino, feito na última segunda-feira (29) ao ministro brasileiro Mauro Vieira. O governo venezuelano expulsou os profissionais após a Argentina e outros seis países latinos contestarem o resultado das eleições realizadas no último domingo (28).

Além da Argentina, o Peru também deve ter seus interesses diplomáticos defendidos pelo Brasil. Na prática, a medida permite que os países tenham resguardadas a inviolabilidade das instalações e de seus arquivos em território venezuelano. Isso significa que os diplomatas brasileiros poderão atuar dentro das instalações argentinas e ajudarão a encontrar um destino para seis asilados venezuelanos que estão refugiados na embaixada do país.