Biden confirma torcida para Edmundo Gonzalez, opositor de Nicolás Maduro, tomar posse na Venezuela

247 - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden (Partido Democrata), confirmou nesta segunda-feira (6) que apoia a posse de Edmundo Gonzalez como presidente da Venezuela na próxima sexta-feira (10).

Além da reunião com o atual chefe da Casa Branca, o oposicionista venezuelano também teve uma conversa com o assessor de segurança do presidente eleito Donald Trump (Partido Republicano), representante da extrema-direita norte-americana.

“Hoje recebi o presidente eleito da Venezuela @EdmundoGU, um homem cuja campanha inspirou milhões e que deverá tomar posse em quatro dias. O povo da Venezuela merece uma transferência pacífica de poder para o verdadeiro vencedor da eleição presidencial”, escreveu Biden em sua conta na rede social X.

Ao denunciar uma tentativa de golpe, o governo do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou que pode solicitar a prisão do opositor caso ele entre na Venezuela. Gonzalez vive exilado na Espanha.

A visita de Gonzalez a Washington faz parte de uma turnê poucos dias antes da posse do presidente Nicolás Maduro, reconhecido pelo Tribunal Superior da Venezuela e pela autoridade eleitoral como o vencedor das eleições, para seu terceiro mandato. O Conselho Eleitoral venezuelano declarou o atual governante como vencedor das eleições no ano passado - 51,21% (5,1 milhões) dos votos, contra 44,2% (4,4 milhões) de Gonzalez.

Em comunicado, o governo venezuelano afirmou ser "grotesco" que Biden esteja apoiando um "projeto violento" para violar a democracia do país sul-americano. "Entre as várias questões sobre as quais conversamos em detalhes estava o protesto cívico dos venezuelanos em 9 de janeiro. Ele garantiu que os Estados Unidos e o mundo estarão atentos ao que acontecerá em nosso país", disse a administração federal.

O atual governante, Nicolás Maduro, está no poder desde 2013, tendo sido sucessor de Hugo Chávez (1964-2013), que foi presidente da Venezuela de 1999 até o ano de sua morte, em 2013, após enfrentar um câncer desde 2011.

No cenário da política externa global, a expectativa de como os EUA vão reagir no dia da posse na Venezuela, que já havia sofrido uma tentativa de golpe em 2002, na gestão do então presidente Hugo Chávez.

Após a eleição presidencial em 2024, a oposição venezuelana publicou atas de votos que, segundo ela, apontaram vitória de Gonzalez, e observadores internacionais chegaram a dizer que a votação foi injusta. O governo decidiu não divulgar as atas eleitorais.