Venezuela rompe relações com Paraguai após apoio de Santiago Peña a opositor de Maduro
Em comunicado oficial, governo venezuelano aponta a "subordinação da política externa do Paraguai aos interesses de potências estrangeiras"
247 - O governo venezuelano anunciou nesta segunda-feira (6) o rompimento das relações diplomáticas com o Paraguai e determinou a retirada de todo o corpo diplomático venezuelano do país. A decisão ocorre após declarações do presidente paraguaio, Santiago Peña, em apoio a Edmundo González, opositor que não reconhece a reeleição de Nicolás Maduro e ameaçou retornar à Venezuela para tomar posse em janeiro.
Em comunicado divulgado pelo ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Yván Gil, o governo de Nicolás Maduro repudiou as declarações de Peña e acusou o Paraguai de seguir práticas associadas ao extinto Grupo de Lima. "A República Bolivariana da Venezuela rejeita categoricamente as declarações do presidente do Paraguai, Santiago Peña, que, ignorando o direito internacional e o princípio de não intervenção, reincide em uma prática fracassada que remete às fantasias políticas do extinto Grupo de Lima com sua ridícula aventura chamada Guaidó", afirmou o texto.
O governo venezuelano acusa Edmundo González de ser parte de uma tentativa de golpe de Estado com o apoio dos Estados Unidos. Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Maduro foi reeleito com quase 52% dos votos, mas González se autoproclamou vencedor e ameaça voltar ao país para reivindicar o cargo em 10 de janeiro.
Em setembro, o gabinete do procurador-geral da Venezuela emitiu um mandado de prisão contra González por não comparecer a depoimentos relacionados a acusações de incitação à violência e divulgação de informações eleitorais paralelas aos resultados oficiais.
Críticas à política externa paraguaia - O comunicado venezuelano classificou o apoio de Santiago Peña a González como parte de uma "reedição de estratégias sem sustento político, jurídico e social". O governo também lamentou a "subordinação da política externa do Paraguai aos interesses de potências estrangeiras, promovendo agendas destinadas a ameaçar os princípios democráticos e a vontade dos povos livres".
Maduro reafirmou o compromisso de seu governo com os princípios da Carta das Nações Unidas, incluindo a defesa da democracia, da paz e da autodeterminação dos povos.
[Com informações da agência Sputnik]
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