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    Boric reage à expulsão do corpo diplomático chileno da Venezuela

    Presidente do Chile acusou a Venezuela de utilizar "argumentos inverossímeis" e de praticar "profunda intolerância à divergência"

    Gabriel Boric (Foto: Twitter/presidência chilena)

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    247 - O presidente do Chile, Gabriel Boric, reagiu à decisão do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de expulsar do país o corpo diplomático chileno e de outras seis nações. Em postagem no X, antigo Twitter, na noite desta segunda-feira (29), Boric declarou: "o governo da Venezuela anuncia a expulsão de nossa missão diplomática de seu país com uma série de argumentos inverossímeis e demonstrando uma profunda intolerância à divergência, essencial em uma democracia. O nosso no Chile é um governo de aliança entre a esquerda e a centro-esquerda, e defendemos firmemente os valores democráticos e o respeito irrestrito aos direitos humanos. Fazemos isso por convicção e por aprendizado de nossa própria história nacional".

    "Neste caso, não fizemos mais do que sustentar o que acreditamos ser correto: que os resultados da eleição sejam transparentes e verificáveis por observadores não comprometidos com o governo atual mediante a publicação integral das atas. Até o momento em que escrevo estas linhas, isso não aconteceu. É justamente o respeito à soberania do povo venezuelano, e os efeitos que a diáspora forçada de parte importante desse povo provocou, que nos leva a exigir transparência. Nem subordinações, nem cálculos. Princípios. Pelo bem dos venezuelanos comuns, de toda a América Latina, e além das brigas de adjetivos, esperamos que a vontade do povo venezuelano seja respeitada, cumprindo com os padrões básicos da democracia", completou.

    Saiba mais: o governo do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, expulsou todo o corpo diplomático das embaixadas de Argentina, Chile, Costa Rica, Peru, Panamá, República Dominicana e Uruguai. Representantes dos sete países exigiram divulgação das atas eleitorais pelo Ministério Público venezuelano, uma cobrança que aconteceu de forma hostil, não diplomática, segundo o governo de Nicolás Maduro, reeleito presidente. 

    O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) afirmou nesta segunda-feira (29) que o presidente venezuelano conseguiu se reeleger, com 51,2% dos votos, para um novo mandato, de seis anos (2025-2031). O opositor Edmundo González teve 44%, mas seus aliados disseram que 70% dos eleitores votaram nele.

    Se o atual presidente terminar o seu novo mandato, ele terá ficado por 17 anos na Presidência da Venezuela. O número é superior ao tempo em que seu antecessor Hugo Chávez ficou no poder (14 anos).

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