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Brasil retira pedido de salvo-conduto a opositores venezuelanos na Embaixada da Argentina em Caracas

Chanceleres de Brasil e Venezuela se encontraram em Nova York

Yván Gil e Mauro Vieira (Foto: Divulgação/Itamaraty)

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247 - O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, teve um encontro nesta sexta-feira (27) com o chanceler da Venezuela, Yván Gil, em Nova Iorque (EUA). As conversas centraram-se na retirada do salvo-conduto a venezuelanos opositores refugiados na embaixada da Argentina em Caracas, capital da Venezuela, onde o presidente Nicolás Maduro determinou, em agosto, a expulsão do corpo diplomático de sete países devido às acusações de fraudes na eleição presidencial: Argentina, Costa Rica, Chile, Panamá, Peru, República Dominicana e Uruguai.

A informação sobre o diálogo entre Mauro Vieira e Yván Gil foi publicada na coluna Radar. Segundo a publicação, Vieira retirou o pleito do Brasil pelo salvo-conduto. As duas lideranças também conversaram sobre temas bilaterais e a agenda da Assembleia das Nações Unidas.

Na Venezuela, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) proclamou Maduro reeleito com 52% dos votos, contra 43% de seu principal adversário, Edmundo González Urrutia. O atual presidente terá outro mandato de seis anos.

O candidato opositor e autoproclamado presidente acusou fraude e afirmou que venceu com mais de 60% dos votos. A eleição ocorreu em 28 de julho. Horas depois, manifestantes tomaram as ruas, tanto em defesa de Maduro quanto em protesto contra o atual governo. Os protestos deixaram 27 mortos, 192 feridos e mais de 2.400 detidos, conforme apontam estatísticas oficiais.

A Venezuela registra atualmente o maior número de presos políticos em quase 25 anos, com 1.780 detidos, de acordo com números divulgados em 29 de agosto pela ONG Foro Penal. Antes da eleição, a ONG registrava 199 presos políticos. Desde então, foram contabilizados mais 1.581 casos.

A relação do Brasil com a Venezuela difere daquela mantida por outros países com o governo de Maduro. Os Estados Unidos apoiaram um golpe na Venezuela, e a Argentina, sob o governo de Javier Milei, tem feito duras críticas ao governo venezuelano. A gestão do presidente Lula tem cobrado mais transparência nos processos eleitorais venezuelanos.

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