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Conselho de Defesa Nacional da Venezuela debate medidas contra ações terroristas

Num relatório de dois volumes, o procurador-geral Tarek William Saab anunciou que há mais de 600 investigações sobre denúncias de ações violentas

Conselho de Defesa da Venezuela (Foto: Correo del Orinoco )

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247 - O Conselho de Estado e Conselho de Defesa da Nação reuniu-se nesta segunda-feira (12) com a presença do presidente reeleito Nicolás Maduro, da vice-presidenta Delcy Rodríguez e do Alto Comando Político-Militar, informa a Telesur.

Maduro fez uma intervenção explicando explicou as origens do fascismo e do nazismo na Europa nas décadas de 1920 e 1930, como uma reação ao triunfo da Revolução de Outubro na Rússia em 1917.

Ele apreciou que “as ideias do socialismo permearam o mundo: América, Ásia, África, Europa, Estados Unidos, e a reação da classe dominante foi desesperada e endossou tudo o que é possível. Mas o monstro criado para derrotar esta corrente saiu do controle. 

Da mesma forma, denunciou a cumplicidade das potências ocidentais com o nascimento e desenvolvimento do fascismo em Itália, na Alemanha e na variante franquista de Espanha. 

No caso venezuelano, o presidente denunciou que “formas violentas, conhecidas como Guarimbas, têm sido vistas há alguns anos assumidas pela direita, que tinham grande alcance territorial e natureza criminosa”.

O fenômeno do fascismo e do nazismo têm estado ligados ultimamente. “São fenômenos que geram crimes e acabaram com o mundo”, acrescentou o presidente. 

Disse que, nas atuais circunstâncias, a Venezuela é defensora “da Carta das Nações Unidas, mas [de uma prática] que endossa o direito internacional, o direito dos povos à paz, o não intervencionismo”. 

Ele ressaltou que “na Venezuela está sendo definido o futuro da humanidade”. 

Disse que as atuais agressões são “uma reação ao novo mundo, à emergência dos Brics, de regiões poderosas que desenham um mundo multidiverso, multicultural, uma nova geopolítica de poder, e parece que diante disso os monstros do fascismo ressurgem."

Denunciou que “os velhos impérios, as elites coloniais, os traficantes de escravos, estão produzindo reações de natureza violenta e a Venezuela está no eixo porque é a joia da coroa para as elites imperiais dos Estados Unidos e seus aliados”.

Procurador-Geral apresenta relatório

O Procurador-Geral, Tarek William Saab, explicou a atuação do Ministério Público desde o início da violência insurrecional fascista. 

Num relatório de dois volumes, William Saab anunciou que há mais de 600 investigações forenses e investigações em curso sobre denúncias de ações violentas. Ele reviu a cronologia das ações de desconhecimento da realidade institucional, que remontam ao golpe de Estado de 2002. 

Tarek William Saab denunciou que “a Venezuela vem passando por uma escalada golpista nunca vista antes. Eles tentaram impor a revolução colorida. Aqui devo recordar a situação na Ucrânia, tudo financiado pelos Estados Unidos, que é a mesma coisa que querem implementar aqui. “Um apelo para derrubar um governo legitimamente eleito com resultados trágicos de violência e morte.”

Segundo o procurador-geral, “neste novo episódio de violência depois do 28 de julho pudemos ver um concentrado, misturaram o que havia de pior destes anos, mas num período de 48 horas”. Foram tomadas medidas para perseguir e exterminar o chavismo, um crime de ódio, e para procurar exterminar pessoas pela sua orientação política.

Ele disse que somente “as ações coordenadas das forças do Estado poderiam reprimir essas ações terroristas”.

Segundo o procurador-geral, “as mortes podem ser atribuídas aos chamados Comanditos, após investigações e perícias. O maior número de casos ocorreu em Caracas e Aragua, com sete mortes em cada região. Mortes em Bolívar, Yaracuy, Miranda e Zulia, 68% dos homicídios ocorreram entre horas da noite.

Da mesma forma, denunciou que “instrumentalizaram gangues criminosas ligadas ao terrorismo e ao tráfico de drogas”. 

Durante a reunião, o presidente venezuelano assinouo decreto presidencial que apoia a criação do Conselho Nacional de Cibersegurança, de forma imediata. 

Com esta regulamentação, a Venezuela terá apoio jurídico para enfrentar ataques cibernéticos contra plataformas estatais, que oferecem serviços extremamente importantes para os venezuelanos e que afetaram quase 25 instituições desde o passado dia 28 de julho.

Da mesma forma, o decreto busca proteger todos os sistemas tecnológicos do país e também garantir que todos os sistemas tecnológicos da nação sul-americana sejam liberados.

O presidente denunciou o império tecnológico que opera a partir dos Estados Unidos (EUA) responsável pelo ataque cibernético contra ministérios, prefeitos e governadores, empresas, meios de comunicação, instituições governamentais, entre outros.

A este respeito, o mandatário venezuelano pediu à Assembleia Nacional do seu país que aprovasse leis antifascistas contra os crimes de ódio e que estabelecesse penas severas para curar o fascismo na sociedade venezuelana. 

Por sua vez, a Ministra da Ciência e Tecnologia, Gabriela Jiménez, avaliou que “por trás dos ataques cibernéticos está o maior poder econômico e tecnológico. “Temos um volume significativo no número de ataques, um financiamento significativo e uma diversidade nos ataques às instituições do Estado”. 

Nesse sentido, deu detalhes das instituições atacadas e das características desses ataques, que incluem não só o sequestro das informações contidas nos sites, mas também a negação de serviços, a mais comum.

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