Cresce o repúdio mundial à inclusão de Cuba na lista dos EUA que acusa a ilha de patrocinar o terrorismo
Lista elaborada pelo Departamento de Estado faz parte das pressões para derrubar o governo cubano
Prensa Latina - Quase cinquenta governos do mundo rejeitaram até hoje a inclusão de Cuba na lista do Departamento de Estado dos países que patrocinam o terrorismo, informou o ministério cubano das Relações Exteriores desta nação caribenha.
Ao apelo se somam as declarações de repúdio de movimentos, organizações, instituições, ativistas e personalidades internacionais, que classificam essa designação como injusta e arbitrária, e denunciam suas consequências sobre a nação e as famílias cubanas.
Na terça-feira (9), em uma carta dirigida ao secretário de Estado Antony Blinken, a Conferência de Bispos Católicos dos Estados Unidos exortou o governo de Joe Biden a remover Cuba da lista e iniciar o caminho do entendimento mútuo.
Também a Duma Estatal da Rússia (câmara baixa da Assembleia Federal) repudiou a disposição de Washington, que limita os direitos dos cubanos dentro e fora da ilha e dificulta qualquer tipo de ajuda humanitária, negócios, investimentos e comércio relacionado a esta nação caribenha e seus cidadãos.
A perseguição às transações financeiras de e para o território cubano e das relações comerciais afeta todas as esferas da vida.
Igualmente, a medida coercitiva cria obstáculos adicionais para a entrega de assistência humanitária em um momento em que o país lida com a escassez de produtos básicos e suprimentos médicos, exacerbada pelo endurecimento da política de bloqueio dos Estados Unidos.
Limita ostensivamente ou diretamente proíbe, inclusive, os intercâmbios de artistas, escritores, acadêmicos, ativistas e jornalistas que residem na ilha.
Paradoxalmente, enquanto os Estados Unidos mantêm Cuba nessa lista, abrigam em seu território grupos que organizam, financiam e executam ações terroristas, com o propósito de subverter o processo revolucionário.
Nesta segunda-feira, o Ministério do Interior revelou detalhes de uma operação de infiltração frustrada recentemente por forças especializadas desse organismo, direcionada a realizar atentados contra objetivos econômicos, sociais e militares com propósitos desestabilizadores.
Alguns dos implicados na organização, planejamento e financiamento dessa ação estão incluídos na lista nacional de pessoas envolvidas em atos de terrorismo contra Cuba, entre eles Willy González, à frente da organização paramilitar Nova Nação Cubana em Armas, baseada na Flórida.
De acordo com o coronel Víctor Álvarez, segundo chefe do Órgão Especializado da Direção Geral de Investigação Criminal do Minint, fatos como este foram denunciados reiteradamente às autoridades americanas sem que medidas fossem tomadas a respeito.
Segundo analistas, o duplo padrão do governo dos Estados Unidos para lidar com um tema tão sensível quanto o terrorismo expõe a verdadeira essência da política com a qual administrações sucessivas daquele país têm pretendido, durante mais de seis décadas, derrubar a Revolução cubana.
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