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    Cristina Kirchner é proibida de entrar nos EUA e critica articulação Milei-Trump

    Ex-presidente da Argentina critica sanção dos EUA, ironiza Javier Milei e cita escândalos envolvendo Trump e criptomoedas em resposta

    Cristina Fernandez de Kirchner (Foto: AGUSTIN MARCARIAN/REUTERS)
    Luis Mauro Filho avatar
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    C5N A ex-presidente argentina Cristina Kirchner respondeu duramente a Donald Trump depois que o governo dos Estados Unidos anunciou, nesta sexta-feira (21) que a proibiria de entrar no país, uma atitude comemorada por Javier Milei, que também recebeu uma resposta contundente.

    "Vocês sozinhos não são gás suficiente... nem na economia, nem na política. É por isso que vocês saem pedindo ajuda ao Fundo Monetário Internacional e a Trump... Milei é muito perceptível", disparou em uma longa mensagem na rede social X, após garantir que a medida ordenada pela secretário de Estado norte-americano Marco Rubio responde a um pedido do presidente Javier Milei . "Você não conseguiu se conter e saiu imediatamente para postar, deixando todos os dedos marcados", ela observou.

    Rubio nunciou nesta sexta-feira (21) que sancionará a ex-presidente argentina e seus filhos, argumentando que eles "abusaram de seus cargos ao orquestrar e se beneficiar financeiramente de múltiplos esquemas de suborno relacionados a contratos de obras públicas, que resultaram no roubo de milhões de dólares do governo argentino". Ao saber dessa nova disposição, o presidente Javier Milei compartilhou o anúncio em suas contas de mídia social junto com a legenda: "Che Cristina, FIM".

    "É por causa de um golpe de criptomoedas? Porque, na verdade, eu não cometi nenhum golpe de criptomoedas nos Estados Unidos ou em qualquer outro lugar. E minha filha, muito menos. Meu filho abusou sexualmente de um jornalista ou escritor na loja mais cara de Nova York? Ou subornou uma prostituta americana para manter em segredo que havia contratado seus serviços porque isso prejudicaria sua campanha? Nenhuma das duas coisas... Nenhuma das duas", afirmou a ex-presidente, referindo-se às acusações contra o magnata e alguns membros de sua família, além da polêmica sobre a $LIBRA, o golpe de criptomoedas em que o chefe de Estado argentino esteve envolvido.

    Ela também voltou ao governo Cambiemos e ao empréstimo do Fundo Monetário Internacional (FMI): "Parece-me que a verdade deve ser que ele ainda não digeriu que, em 2019, depois de ter ordenado ao FMI que desse 45 bilhões de dólares ao seu amigo Mauricio Macri para ajudá-lo em sua campanha de reeleição presidencial, vencemos aquelas eleições."

    "E agora? Eles vão dar ao presidente do golpe de criptomoedas mais US$ 20 bilhões? Lembre-se: ele também não vai ser reeleito", declarou, referindo-se ao futuro da atual administração libertária, após ela fechar um novo acordo com a organização internacional. "No meu bairro, eles chamam isso de 'desperdício de pólvora com chimangos'. O problema é que o governo deles faz todo o povo argentino pagar por isso", acrescentou.

    Ela então afirmou que Javier Milei está "magoado" com suas palavras e, ironicamente, o chamou de "economista especialista em crescimento com ou sem dinheiro... e em golpes de criptomoedas". Por fim, referiu-se ao próximo 24 de março, data em que se comemora o Dia da Verdade, Memória e Justiça, e convocou "todos a marchar", já que "Videla e Massera nunca foram proibidos de entrar nos Estados Unidos".

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