Em resposta a ataques de Trump, Claudia Sheinbaum destaca o valor dos trabalhadores mexicanos

247 - No contexto das expressões anti-imigração do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, a presidenta do México, Claudia Sheinbaum, destacou neste sábado (28) o valor dos trabalhadores mexicanos que vivem naquela nação.

Reportagem da Telesur informa que a presidenta afirmou que em 2024 os mexicanos aprenderam “que o México é respeitado, que os mexicanos são alguns dos melhores trabalhadores do mundo, não só no nosso país, mas em qualquer país do mundo, especialmente os nossos irmãos nos Estados Unidos”. 

Sheinbaum reiterou nos últimos dias que o seu governo defenderá os migrantes mexicanos que vivem nos Estados Unidos, onde Trump, que tomará posse em 20 de janeiro, ameaçou deportações em massa. 

Em viagem de trabalho ao estado de Nayarit, no noroeste, destacou também que em 2025 o México “se sairá muito bem, porque vamos preservar os nossos princípios, as nossas causas e há muita unidade entre o nosso povo. Existem diferenças com alguns, mas faz parte da democracia.”

“Devemos estar felizes porque no México há democracia, há liberdade, há crescimento, há desenvolvimento e acima de tudo um povo unido, que conhece a sua força e a sua história”, acrescentou.

Considerou que no âmbito desta democracia, no dia 1º de junho de 2025, pela primeira vez na história do México, serão realizadas eleições para eleger juízes, magistrados e ministros do Supremo Tribunal de Justiça da Nação. 

“Disseram que tinha chegado uma presidenta autoritária, que não ia mais ter democracia. Como vai ser antidemocrático eleger o Judiciário? O que acontece é que antes, ou ainda, esse Poder Judiciário atende poucos em nosso país. Mas isso acabou. No México, o povo governa e o Judiciário estará a serviço do povo e da nação”, afirmou.

Mencionou também que a Petróleos Mexicanos (Pemex) e a Comissão Federal de Eletricidade (CFE) foram recuperadas como empresas públicas do Estado. 

Ela destacou que a igualdade substantiva das mulheres foi aprovada na Constituição, “e está expressamente estabelecido que as mulheres têm direito a uma vida sem violência”.