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EUA oferecem "anistia" a Maduro para que renuncie à presidência

Negociadores dos EUA teriam oferecido em 2023 anistia a Maduro de acusações criminais anteriores. Presidente venezuelano recusou-se a discutir as condições

Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, reúne-se com o Conselho de Estado e o Conselho de Defesa, em Caracas 30/07/2024 (Foto: Palácio de Miraflores/via REUTERS)

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(Sputnik) - Os Estados Unidos ofereceram ao presidente venezuelano, Nicolás Maduro, uma "anistia" sobre as acusações feitas contra ele pelo Departamento de Justiça em 2020 em troca de deixar o cargo presidencial, informou o jornal The Wall Street Journal neste domingo (11), citando fontes familiares com as negociações.

Em março de 2020, o Departamento de Justiça dos EUA anunciou acusações contra Maduro e outros 14 funcionários venezuelanos por suposto "terrorismo de drogas", corrupção e tráfico de drogas. O então procurador-geral, William Barr, disse que os EUA considerariam todas as opções para deter Maduro e outros.

Os EUA negociaram uma anistia para Maduro e seus principais assessores e expressaram prontidão para fornecer garantias de que não buscariam sua extradição ou processo, relatou o WSJ. As negociações até agora foram realizadas entre o chefe da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodriguez, e o ex-secretário-adjunto de Defesa para o Hemisfério Ocidental do Departamento de Defesa dos EUA, Daniel Erickson, em um formato remoto.

Durante as conversações de Doha em 2023, os EUA supostamente ofereceram anistia a Maduro, mas o líder venezuelano recusou-se a discutir as condições para renunciar. Uma fonte próxima ao governo venezuelano disse ao diário que a posição de Maduro não mudou.

Os venezuelanos votaram em uma eleição presidencial em 28 de julho, que foi vencida pelo presidente em exercício, Maduro, com mais de 51% dos votos, conforme declarou o Coselho Nacional Eleitoral da Venezuela. A oposição alegou uma vitória esmagadora, citando folhas de apuração que obtiveram dos centros de votação em todo o país. Isso levou a protestos em massa da oposição. Mais de 2.000 pessoas foram detidas sob acusações de causar danos à infraestrutura estatal, incitação ao ódio e terrorismo.

Sem esperar pelos resultados da recontagem e auditoria dos votos, Washington pediu ao mundo que reconhecesse o líder da oposição, Edmundo Gonzalez, como presidente eleito da Venezuela. Legisladores dos EUA e da União Europeia responsáveis pelas relações internacionais ameaçaram que "responsabilizariam" Maduro se ele não abdicasse de seus poderes como chefe de Estado após a eleição.

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