Governo Lula é contra ampliação de sanções dos EUA à Venezuela
Estados Unidos reconheceram a suposta vitória do opositor de Nicolás Maduro, Edmundo González, contrariando o órgão eleitoral venezuelano
247 - O governo brasileiro será contrário a qualquer ampliação das sanções econômicas impostas pelos Estados Unidos à Venezuela, informa Ricardo Noblat, do Metrópoles. Essa postura foi reafirmada em discussões recentes conduzidas pelo Itamaraty, em meio a uma análise aprofundada da crise institucional vivida pelo país vizinho após a reeleição de Nicolás Maduro como presidente.
A principal preocupação do governo brasileiro é o impacto que novas sanções poderiam ter na já frágil economia venezuelana, com possíveis consequências diretas para a população mais vulnerável. Autoridades brasileiras avaliam que a ampliação das medidas punitivas poderia intensificar o sofrimento do povo venezuelano, agravando ainda mais a crise humanitária que se desenrola no país.
Outro ponto de atenção destacado pelo Brasil é a possibilidade de que um agravamento da crise econômica na Venezuela desencadeie uma nova onda migratória em direção ao território brasileiro, particularmente pelo estado de Roraima, que já enfrenta desafios significativos no atendimento aos migrantes venezuelanos.
Em resposta a essas preocupações, o governo brasileiro propõe que as sanções unilaterais sejam debatidas no âmbito da Organização das Nações Unidas (ONU). Essa abordagem diplomática, que busca um consenso internacional sobre a questão, vem sendo defendida pelo Brasil desde que as primeiras sanções contra a Venezuela foram impostas, em 2014.
Os Estados Unidos recentemente reconheceram Edmundo González como o presidente eleito da Venezuela, contrariando o órgão eleitoral local. A decisão não causou surpresa em Brasília, uma vez que o presidente norte-americano, Joe Biden, já havia comunicado antecipadamente sua intenção ao presidente Lula (PT).
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