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Ex-chefes mundiais de direita e extremistas tentam emparedar Lula para pressionar Maduro

Carta afirma que a soberania da Venezuela foi “usurpada”

Nicolas Maduro e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Marcelo Camargo - Agência Brasil)

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247 - Ex-presidentes da Espanha e de países da América Latina de direita e de extrema-direita formalizaram, por meio de uma carta conjunta, uma tentativa de emparedar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que o mandatário pressione o homólogo venezuelano, Nicolás Maduro. 

A eleição presidencial na Venezuela foi realizada em 28 de julho, e o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) declarou Nicolás Maduro como vencedor. No dia seguinte, protestos ocorreram no país por aqueles que discordavam dos resultados da eleição; confrontos violentos entre forças de segurança e manifestantes ocorreram em Caracas e outras cidades, resultando na detenção de mais de 2.000 pessoas.

O Norte Global, sob os comandos de Washington, sem esperar pelos resultados da contagem dos votos e posterior auditoria, pediu à comunidade internacional que reconhecesse o líder da oposição Edmundo Gonzalez como o vencedor da eleição presidencial na Venezuela. Legisladores dos EUA e da UE, responsáveis por relações internacionais, ameaçaram na sexta-feira responsabilizar Maduro se ele não renunciar voluntariamente como chefe de Estado após a eleição, classificando os resultados como fabricados.

Na carta da Iniciativa Democrática da Espanha e das Américas, eles pedem que Lula reafirme “seu inquestionável compromisso com a democracia e a liberdade, as mesmas de que gozam seu povo, e a fazê-la prevalecer também na Venezuela”.

A carta afirma que a soberania da Venezuela foi “usurpada” em conluio com os poderes do Estado, que estariam sob controle e serviço de Nicolás Maduro. Segundo os ex-presidentes, Maduro desconsidera a verdade eleitoral para se manter no poder. 

“O que está acontecendo é um escândalo. Todos os governos americanos e europeus sabem disso. (…) Não exigimos nada diferente do que o próprio presidente Lula da Silva preserva em seu país”, diz o texto.

Brasil, Colômbia e México emitiram uma nota conjunta na última quinta-feira (1º) pedindo que o impasse em torno das eleições da Venezuela seja resolvido pela via institucional. O comunicado reforçou ainda a posição dos três países de que sejam divulgados os dados das eleições de 28 de julho. 

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela determinou que o CNE apresente, ainda esta semana, as atas eleitorais por mesa de votação do pleito presidencial.

Entre os signatários estão Maurício Macri, da Argentina; Mario Abdo, do Paraguai; Guillermo Lasso, do Equador; Felipe Calderón, do México; e André Pastrana e Iván Duque, da Colômbia.

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