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No Chile, Lula defende divulgação de atas eleitorais na Venezuela; Boric não se pronuncia

Presidente chileno já havia feito críticas contundentes aos resultados eleitorais na Venezuela dando vitória a Maduro

Lula e Gabriel Boric em Santiago 5/8/24 (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

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247 - O presidente Lula reiterou nesta segunda-feira (5) o chamado do Brasil para a divulgação das atas eleitorais na Venezuela, e pediu respeito à soberania popular, durante visita de Estado ao Chile, país que é forte crítico da vitória de Nicolás Maduro.  

"Também expus as iniciativas que tenho empreendido com os presidentes Gustavo Petro e López Obrador em relação ao processo político venezuelano. O respeito pela soberania popular é o que nos move a defender a transparência dos resultados. O compromisso com a paz é o que nos leva a conclamar as partes ao diálogo e promover o entendimento entre governo e oposição", disse o presidente Lula em declaração à imprensa ao lado do homólogo chileno, Gabriel Boric. 

Lula ainda expressou o seu compromisso com a "defesa intransigente da democracia". 

Da sua parte, o mandatário chileno evitou comentar as eleições venezuelanas: "Essa visita é sobre a relação entre Chile e Brasil. Sei que poderá haver perguntas sobre outros temas, em particular em relação à Venezuela. Vou me referir a isso amanhã à tarde". 

Os presidentes de Brasil, México e Colômbia pediram na última quinta-feira que a Venezuela divulgue a apuração detalhada dos votos, em meio a uma disputa sobre o resultado da eleição presidencial, algo que tem causado protestos no país.

O conselho eleitoral da Venezuela proclamou Maduro como vencedor da eleição de 28 de julho, com 51% dos votos, mas a oposição liderada pelo candidato Edmundo Gonzalez não reconheceu os resultados e o autoproclamou presidente. 

Em resposta às críticas sobre o processo eleitoral, a Venezuela expulsou diplomatas de uma série de países da região, incluindo o Chile. 

A eleição presidencial na Venezuela foi realizada em 28 de julho, e o Conselho Nacional Eleitoral declarou Nicolás Maduro como vencedor. No dia seguinte, protestos ocorreram no país por aqueles que discordavam dos resultados da eleição; confrontos violentos entre forças de segurança e manifestantes ocorreram em Caracas e outras cidades, resultando na detenção de mais de 2.000 pessoas. Washington, sem esperar pelos resultados da contagem dos votos e posterior auditoria, pediu à comunidade internacional que reconhecesse o líder da oposição Edmundo Gonzalez como o vencedor da eleição presidencial na Venezuela. Legisladores dos EUA e da UE, responsáveis por relações internacionais, ameaçaram na última sexta-feira responsabilizar Maduro se ele não renunciar voluntariamente como chefe de Estado após a eleição, classificando os resultados como fabricados.

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