General dos EUA pede injeção de grandes recursos na América Latina, semelhante ao 'Plano Marshall'
Segundo Laura Richardson, tais medidas são essenciais devido ao fato de que Moscou e Pequim financiam e ajudam a construir infraestrutura
TASS - As autoridades americanas devem oferecer aos países da América Latina um "Plano Marshall" moderno para evitar ceder influência nesta região à Rússia e à China, disse a chefe do Comando Sul dos EUA, Laura Richardson.
"Acredito firmemente que precisamos de um Plano Marshall para a região, ou seja, um ato de recuperação econômica como o de 1948, mas em vez disso para 2024, 2025", disse a general no Fórum Anual de Segurança de Aspen. Suas palavras foram citadas pela revista digital americana Breaking Defense.
Segundo Richardson, tais medidas são essenciais devido ao fato de que Moscou e Pequim, ao contrário de Washington, financiam e ajudam a construir infraestrutura nos países latino-americanos que enfrentam dificuldades econômicas, aumentando assim sua influência na região. "E nós não temos esse tipo de ferramentas em nosso kit de recursos", acrescentou.
Anteriormente, Richardson afirmou que as autoridades americanas estão tentando limitar a influência da Rússia na Nicarágua, Venezuela e Cuba. A general americana acredita que o fortalecimento dos laços de Moscou com esses países "não é bom para as democracias".
O Plano Marshall foi um programa de ajuda à Europa após a Segunda Guerra Mundial, proposto pelo Secretário de Estado dos EUA, George Marshall, em 1947. Inicialmente, previa-se que, dentro de seu escopo, 17 países europeus receberiam um total de US$ 20 bilhões ao longo de cinco anos para ajudar a sustentar suas economias após a guerra. Por várias estimativas, entre US$ 13 e 17 bilhões foram eventualmente destinados à Europa. Segundo o Bureau de Estatísticas do Trabalho dos EUA, o poder de compra de US$ 1 em junho de 1947, quando o Plano Marshall foi proposto, é equivalente a US$ 14 em janeiro de 2024.
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