Golpe teria fracassado na Bolívia por desobediência militar
Subordinado de Juan Zuñiga teria se recusado a disparar contra civis
247 – Em declaração dada neste domingo, o ministro de Governo da Bolívia, Eduardo Del Castillo, relatou que o general Juan José Zúñiga, acusado de liderar uma tentativa de golpe contra o presidente Luis Arce, ordenou que militares atirassem contra civis, porém um de seus subordinados recusou-se a cumprir a ordem, de acordo com reportagem do Valor. O incidente ocorreu próximo ao Palácio Quemado e à Casa Grande, sedes governamentais. O comandante da oitava divisão, segundo Del Castillo, confrontou Zúñiga, que ameaçou retirá-lo do cargo. Essas informações foram confirmadas pelo ministro em entrevista a uma rádio local e reportadas pelo jornal La Razón.
Durante o confronto, 14 civis foram feridos à bala. A insurgência, segundo o ministro, estava sendo planejada desde maio, incluindo encontros entre Zúñiga, militares da reserva e em serviço, e civis, que chegaram a receber treinamento para operar tanques em áreas urbanas. A tentativa de golpe foi televisionada em 26 de junho, quando militares rebeldes sitiaram a praça Murillo e tentaram invadir o palácio presidencial.
Zúñiga foi preso após o levante e transferido para um presídio de segurança máxima, enfrentando acusações de terrorismo e rebelião armada, com possíveis penas de até 20 anos de prisão. Outros 18 militares, tanto ativos quanto aposentados, além de civis, foram detidos.
A questão boliviana tornou-se ainda mais complexa depois que o ex-presidente Evo Morales afirmou que o atual presidente Luis Arce teria simulado uma tentativa de golpe de estado – o que foi prontamente contestado por Arce.
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