Gustavo Petro exige as atas das eleições no Equador

247 - O presidente colombiano, Gustavo Petro, se pronunciou nesta terça-feira (15), por meio de uma postagem na plataforma social X (antigo Twitter), sobre as eleições no Equador, cujo vencedor declarado pelas autoridades foi o atual presidente de extrema direita, Daniel Noboa. No entanto, a ex-candidata de esquerda Luisa González não reconheceu os resultados, alegou fraude e prometeu recorrer. 

Petro manifestou suas dúvidas e condicionou o reconhecimento do resultado declarado à apresentação das atas eleitorais. Ele afirmou que enviou observadores colombianos enviados ao Equador e que os "relatos que recebo são preocupantes".

"Acredito que o governo deveria submeter as atas de cada seção eleitoral para verificação. Não me expressarei oficialmente até agora", disse Petro na postagem. 

No entanto, há divisões dentro do governo colombiano, pois na noite de segunda-feira (14), após a divulgação dos resultados das eleições no Equador, a chanceler Laura Sarabia fez uma postagem que segue em direção oposta à de Petro. A ministra das Relações Exteriores parabenizou Daniel Noboa por sua vitória declarada e fez um apelo para que os dois países trabalhem em parceria, segundo informou o jornal El Tiempo. 

Por Gustavo petro, no X - Observadores da Colômbia foram enviados às eleições equatorianas.

Os relatos que recebo são preocupantes.

Leonidas Isa, um candidato indígena, foi preso alguns dias antes. Áreas dominadas pela oposição foram colocadas sob cerco e controle militar dois dias antes das eleições.

A direção das eleições sempre esteve sob vigilância militar direta e armada, com rostos encapuzados.

Cada mesa tinha uma forte presença militar uniformizada e armada.

Há observadores estrangeiros que tivemos que proteger porque eles tinham medo de não conseguir sair. Eles impediram que um observador argentino deixasse o país.

Acredito que o governo deveria submeter as atas de cada seção eleitoral para verificação. Não me expressarei oficialmente até agora.

Quero as melhores relações diplomáticas com nossos vizinhos da antiga Grã-Colômbia. Tenho boas lembranças e amizade com o presidente Noboa. Não interferi de forma alguma no processo eleitoral e permaneci neutro.

Mas, assim como no caso venezuelano, as coisas precisam ficar o mais claras possível. Só então terei certeza de que não estou cometendo um erro.