Maduro chama Milei de "nazissionista" e "sádico social" em discurso de posse
Presidente da Venezuela também falou sobre uma "conspiração nunca antes vista" contra ele
247 - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que nesta sexta-feira (10) assumiu seu terceiro mandato para os próximos seis anos, atacou duramente seu homólogo argentino, Javier Milei, durante o discurso de posse.
Segundo informações da C5N, Maduro chamou Milei de "nazissionista" e "sádico social" e o acusou de liderar a extrema-direita que, junto ao governo dos Estados Unidos, tentou impor um presidente à Venezuela, referindo-se ao opositor Edmundo Gonzalez Urrutia, que se declarou vencedor das eleições.
O presidente venezuelano criticou a oposição de forma geral, mas depois concentrou seu discurso no que considera ser uma conspiração internacional contra seu governo. "Os presidentes da direita fascista decadente destilam ódio e acreditam que o povo venezuelano aceitará a imposição de um presidente. Não aprenderam a lição de (Juan) Guaidó. Digo a vocês, companheiros, que do imperialismo não aprenderão lição alguma".
Maduro então se dirigiu a Milei: "Eles não entendem. Os líderes de direita, liderados pelo nazissionista e sádico social chamado Javier Milei, junto ao poder norte-americano, acreditam que podem impor um presidente ao povo da Venezuela. Nunca conseguiram e jamais conseguirão".
Além disso, Maduro exaltou Ernesto "Che" Guevara e criticou a forma como a oposição lidou com a posse: "Tentaram transformar isso em uma guerra mundial. Que se invade, que se entra... Digam o que quiserem, essa posse constitucional venezuelana não puderam impedir e é uma grande vitória da democracia venezuelana. Do povo que quer paz".
Maduro também falou sobre uma "conspiração nunca antes vista" contra ele, promovida principalmente pelos "supremacistas que acreditam governar o mundo".
Gonzalez Urrutia se reuniu no último fim de semana com o presidente da Argentina, em Buenos Aires. A reunião fez parte de uma "turnê internacional" que o ex-candidato planejou antes da posse do presidente socialista. O encontro foi organizado em momento de alta tensão entre Argentina e Venezuela, depois de Buenos Aires denunciar Caracas no Tribunal Penal Internacional (TPI) pela detenção de um membro das forças de segurança argentinas, acusado por Maduro de planejar um atentado terrorista na Venezuela contra autoridades.
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