Ministério Público da Bolívia anuncia que Evo Morales será preso
Partidários de Evo Morales advertem que a prisão do ex-presidente poderia desencadear uma resistência organizada
Prensa Latina - O Ministério Público boliviano confirmou que solicitará a prisão preventiva de Evo Morales por seis meses, garantiu uma fonte oficial.
O Procurador-Geral do Estado, Róger Mariaca, afirmou que, diante da denúncia oficial de tráfico e contrabando de pessoas, a prisão preventiva do ex-presidente será decretada.
Por sua vez, ao saber que foi expedido um mandado de prisão contra Evo, o senador do Movimento ao Socialismo, ligado a Morales, Leonardo Loza, sustentou que o ex-presidente desconhece este processo porque nunca foi notificado ou intimado.
Segundo o legislador, esta determinação contra Morales expressa um “medo político” que o governo tem dele, por isso denunciou que o processo é político e o devido processo não é seguido na Bolívia.
Questionado se há garantias para a polícia notificar o ex-dignitário, Loza limitou-se a salientar que é o governo quem deve gerar garantias para todas as instituições, e lembrou que o Trópico de Cochabamba, bastião político de Morales, está em estado de emergência há muito tempo.
Na véspera, a promotora de Tarija, Sandra Gutiérrez, confirmou que acusou formalmente o ex-presidente do crime de tráfico de pessoas com a circunstância agravante de que ele teria cometido esse crime quando era presidente.
Também sustentou que a mãe da suposta vítima, Idelsa Pozo Saavedra, aparece como ré nos autos e identificou a então menor como Cindy SVP.
Informou que o mandado de prisão contra Morales foi expedido na segunda-feira (16) por não ter comparecido para depor em resposta à denúncia contra ele pelo suposto relacionamento que manteve em 2015 com uma menor, da qual nasceu uma menina, conforme afirmou.
Gutiérrez lembrou que o pai de Cindy SVP foi preso em outubro e permanece encarcerado desde então.
No entanto, esclareceu que a polícia não poderia executar o mandado de prisão contra Morales no Chapare porque a operação poderia desencadear uma resistência organizada, com o correspondente risco político e social naquela região do departamento de Cochabamba.
Indicou que os relatórios policiais afirmam que as áreas de influência onde seria encontrado o primeiro ex-presidente indígena da Bolívia estão protegidas.
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