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    O mundo se pronuncia hoje contra o bloqueio a Cuba

    Pela 32ª vez, a Assembleia Geral vota nests terça (30) o projeto contra o bloqueio ao país caribenho

    (Foto: Prensa Latina)

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    Prensa Latina - Uma reclamação unânime contra o bloqueio dos Estados Unidos a Cuba foi ouvida nesta terça-feira (29), na Assembleia Geral da ONU nas vozes de dezenas de representantes dos Estados membros.

    Durante a abertura do debate convocado por Cuba no fórum, grupos como a Associação das Nações do Sudeste Asiático, a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) ou a Organização para a Cooperação Islâmica defenderam o fim do política de asfixia.

    Representantes destas associações também exigiram a retirada de Cuba da lista de supostos patrocinadores do terrorismo elaborada pelo Departamento de Estado dos EUA.

    O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, ratificou o compromisso do seu país com uma solução baseada nos princípios da solidariedade e da cooperação.

    “Acreditamos firmemente que o fim do embargo será fundamental para Cuba superar os desafios que enfrenta”, sublinhou o chanceler brasileiro.

    Por seu lado, a representação dos Camarões, nação que lidera a Organização para a Cooperação Islâmica, considerou contraditória a intensificação do bloqueio após 31 resoluções aprovadas pela Assembleia Geral da ONU para a sua cessação.

    “Tudo isto para apoiar o fim imediato da série de medidas que foram impostas a Cuba”, disse o embaixador da nação africana na ONU.

    Com afirmação semelhante, a Comunidade dos Estados do Caribe (Caricom) considerou as medidas coercitivas contra a ilha sem qualquer justificativa legítima.

    Os princípios estipulados na Carta das Nações Unidas continuam a ser pilares da sociedade civilizada e, portanto, devem ser respeitados por todos os Estados membros, exigiu o representante de Granada em nome do grupo regional.

    Para o embaixador permanente da Venezuela nas Nações Unidas, Samuel Moncada, o bloqueio é uma política anacrônica aplicada há mais de 60 anos.

    Este bloqueio, pela sua extraterritorialidade, afeta qualquer país ou entidade que mantenha legal e soberanamente relações econômicas, comerciais ou financeiras com Cuba, lembrou ao fórum.

    “É hora de corrigir esta injustiça histórica e pôr fim a um delírio imperial que impõe as suas leis nacionais a toda a comunidade internacional”, apelou Moncada.

    Uma exigência semelhante foi feita pelo representante permanente da Rússia nas Nações Unidas, Vasili Nebenzia, que advertiu que o bloqueio limita os direitos de quase 200 Estados nacionais que desejam manter relações comerciais com Cuba.

    “Partimos da absoluta inutilidade do que está sendo feito. O bloqueio econômico, comercial e financeiro dos Estados Unidos contra Cuba é um resquício da Guerra Fria e impede a interação de Cuba com as instituições multilaterais e a sua plena participação nos debates de cooperação internacional e regional", observou.

    Nesta quarta-feira (30), o fórum de 193 países votará a proposta de resolução de Cuba, que estima perdas no valor de mais de cinco bilhões de dólares em consequência do cerco ao país entre março de 2023 e 29 de fevereiro de 2024.

    Esta será a 32ª vez vez que a Assembleia Geral vota o projeto elaborado por Cuba contra este conjunto de medidas, descritas nestes espaços como sem sentido e obsoletas.

    O valor representa um aumento de 189,8 milhões em relação ao relatório anterior.

    Entretanto, o impacto mensal aproximado é de mais de 421 milhões de dólares, mais de 13,8 milhões de dólares por dia e mais de 575.683 dólares em danos por cada hora de bloqueio.

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