Presidente boliviano desmente rumores de renúncia
Luís Arce, além de negar a renúncia, afirmou que a Bolívia não está falida
Prensa Latina - Uma renúncia do presidente boliviano Luis Arce está descartada segundo afirmou o próprio mandatário durante um discurso na Casa Grande do Povo (sede do governo).
Com essa declaração, Arce abordou os rumores na quarta-feira (12) à noite em um discurso no qual anunciou 10 medidas para resolver o problema de fornecimento de combustível. Ele também deixou claro que a Bolívia não está falida e não está implorando por esmolas, mas sim por crédito. Ele também rejeitou uma possível desvalorização da moeda nacional e a retirada de subsídios de hidrocarbonetos.
Em seu discurso à nação, Arce detalhou 10 medidas destinadas a mitigar o impacto dos problemas de fornecimento de combustível, incluindo jornada de trabalho contínua nos setores público e privado, aulas virtuais e fornecimento de combustível aos setores produtivo e público para resposta a emergências.
Da mesma forma, em referência direta às especulações, Arce reiterou que não renunciará ao cargo que conquistou com 55,11% dos votos em 2020 e insistiu que a prioridade de seu governo é proteger as famílias bolivianas e a economia.
"(…) O problema que o país enfrenta hoje é muito simples: é a falta temporária de liquidez em dólar que estamos enfrentando", disse ele.
Por decisão de parlamentares da oposição, a Assembleia Legislativa Plurinacional (ALP) mantém bloqueados empréstimos avaliados em mais de US$ 1,6 bilhão. Se aprovados, esses empréstimos poderiam fornecer liquidez nessa moeda à economia para compras de combustível e outras obrigações.
Segundo a ministra da Presidência, María Nela Prada, quando esses empréstimos são aprovados, os dólares chegam ao Banco Central da Bolívia (BCB) e depois são usados para financiar projetos em bolivianos, enquanto a moeda é adicionada às Reservas Internacionais Líquidas (RIL).
Assim, são destinados, por exemplo, à compra de combustível, num contexto em que o país importa 90 por cento de seu gasóleo e 50 por cento da sua gasolina.
"(…) Não estamos pedindo mais do que os empréstimos que o Estado pode pagar, porque hoje o problema que enfrentamos não é que a economia esteja falida, não é que estejamos em crise econômica, estamos enfrentando um problema de falta de liquidez de dólares americanos, (…) de moeda estrangeira, para pagar as importações de combustíveis", confirmou Arce.
Ele enfatizou que esses empréstimos são necessários para superar esse problema atual, como até mesmo os candidatos presidenciais da oposição admitem quando falam em solicitar empréstimos, incluindo US$ 12 bilhões e US$ 5 bilhões do Fundo Monetário Internacional, para resolver os problemas.
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