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Enquanto Brasil privatiza, governo mexicano fortalece setor público para diminuir preço da energia

De acordo com Andrés Manuel López Obrador, a medida visa alcançar preços de energia justos para todos os mexicanos

(Foto: Reprodução / Twitter - @EduardomteleSUR)

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TeleSur - O presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador anunciou nesta sexta-feira que seu governo assumirá 54% do pacote de ações para a produção e distribuição de energia elétrica, um passo que em sua opinião fortalece a empresa pública do setor elétrico.

A disposição faz parte de uma iniciativa enviada à Câmara dos Deputados para convertê-la em lei. O projeto também indica que a exploração do lítio só pode ser feita pela nação, já que todo o mineral do subsolo mexicano é propriedade de mexicanos, segundo o presidente.

AMLO anunciou esta medida durante a sua conferência de imprensa diária, realizada nesta sexta-feira no estado de Morelos, onde insistiu que o seu país já não é uma terra de conquistas como nos tempos coloniais.

“Tudo acabou e tentamos ressarcir os danos causados ​​pela chamada reforma energética do ex-presidente Enrique Peña Nieto”, disse o presidente.

López Obrador afirmou que o projeto de lei não implica a nacionalização de todo o setor energético, mas sim ceder espaço à Comissão Federal de Energia (CFE), que administrará esses 54% do mercado e regulará os restantes 46% nas mãos de particulares.

Ele destacou que essa etapa visa estimular uma verdadeira competição na prestação desse serviço básico. Ele avaliou que nunca houve concorrência, pelo monopólio exercido pela iniciativa privada e pelo seu compromisso de eliminar totalmente o CFE.

Segundo o presidente, o projeto foi encaminhado quinta-feira à Câmara dos Deputados com o objetivo de fortalecer a entidade estatal como única forma de garantir o fornecimento de energia a preços justos para todos os mexicanos, sem aumentos acima da inflação.

Por sua vez, espera-se que o que aconteceu nos governos anteriores, quando houve aumento sistemático dos preços, não se repita. “Temos que ter controle dos preços da energia para que a economia popular não seja afetada”, acrescentou.

“Tomamos a decisão desde o momento em que acabamos com essa política, com a ideia de favorecer as minorias e as empresas nacionais e colocar o interesse das pessoas em primeiro lugar. Graças a isso não tivemos grandes problemas em emergências”, destacou.

Nesse sentido, ele lembrou o que aconteceu em 2019 com as geadas no estado do Texas (Estados Unidos), onde toda a população ficou sem serviço de energia. Ele lembrou que o México restaurou o serviço em uma semana porque a CFE é uma empresa pública "que controla todas as linhas de alta tensão", não como as dos Estados Unidos que pertencem a pessoas físicas, disse ele.

Sobre sua decisão de fortalecer o CFE, o presidente pediu que não se esqueçam da nacionalização dessa indústria feita pelo ex-presidente Adolfo López Mateo em 1960, pela qual o país foi eletrificado.

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