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    Marta Skinner

    Professora de Economia da aposentada da UERJ e atual da pós graduação da UFRJ

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    A arrogância tucana

    "É bom lembrar que na gestão FHC, Malan, Arminio e outros, o Brasil quebrou duas vezes", escreve Marta Skinner

    Lula, Pedro Malan, Arminio Fraga e Edmar Bacha (Foto: Reuters | ABR | Reprodução)

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    Por Marta Skinner 

    Muita desfaçatez e até mesmo cara de pau do tucanato  publicar carta aberta para dar conselhos a Lula sobre a gestão econômica. 

    É bom lembrar que na gestão FHC, Malan, Arminio e outros, o Brasil quebrou duas vezes. A primeira vez em 1998 e foi salvo pelo gongo com um empréstimo do FMI de 40 bilhões de dólares , que viabilizou  a reeleição de FHC, mas também exigiu uma série de condicionalidades; o fim da banda cambial e a adoção do tripé macroeconômico, programa de meta  de inflação, câmbio flexível e superávit primário. 

    A segunda vez  foi em 2002 e novamente foi socorrido pelo FMI com  U$30 bilhões e novas condicionalidades. 

    Os tucanos que hoje se manifestam pela mídia, passaram  o Brasil a Lula quebrado e pendurado no FMI, com inflação de 12% , taxa de desemprego de 11,2,  com dívida pública acima de 50% do PIB , sendo 30% indexada ao dólar, que chegou a valer R$ 4,00 e a taxa SELIC  a 24, 90%

    Durante os  8 anos do governo Lula fizemos  superávits primários todos os anos, a inflação foi mantida dentro da meta, a taxa SELIC  caiu p/ 10,66%, dívida com FMI foi paga e ainda viramos credores. Acumulamos mais de 250 bilhões de U$ de reserva e  pela 1ª vez na história do país,  uma crise internacional encontrou o país com reservas suficientes p/ fazer face às possíveis fugas de capitais. 

    Em 2008 recebemos o selo de Investiment gradee e mesmo frente à crise de 2008, a taxa de desemprego caiu para 6,7%. 

    Vejamos a questão da DÍVIDA INTERNA total (em poder do mercado e do Banco Central) . 

    Em 1994 era de R$ 65,6 bilhões (18.78% do PIB)  Em 2002  atingiu R$ 841,0 bilhões (56,91% do PIB). Aumento real em relação ao PIB de 203,03%. 

    No tocante à  Dívida EXTERNA, em dezembro de 1994 o estoque da dívida externa líquida da União era de US$ 34,8 bilhões (6,41% do PIB) e aumentou  para US$ 90,0 bilhões (17,85% do PIB) em dezembro de 2002 com um crescimento real em relação ao PIB de 178,47% quando comparado com o ano de 1994.

    Em agosto de 2010 a dívida externa líquida diminui para US$ 52,3 bilhões (2,80% do PIB) Redução real em relação ao PIB de 84,31% comparado com dezembro de 2002, e redução real em relação ao PIB de 56,32% comparado com dezembro de 1994.*

    Como essa gente ainda acha que tem alguma autoridade p/ falar sobre financas públicas a Lula???

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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