A construção da guerra federativa do desmonte nacional
"Não há colapso. O que há é genocídio, não apenas do capitão, mas de todo o Partido Militar", escreve o professor do IFF Roberto Moraes
A guerra federativa do desgoverno do Partido Militar contra governadores é muito profunda e de riscos incalculáveis.
Essa disputa não é só de Bolsonaro é de todo o Partido Militar que tenta proteger os generais - como o sem noção Pazuello e demais - e vai arrumando sempre inimigos na guerra do ódio.
Essa disputa federativa chega a nós cidadãos com o efeito da máxima de que "cada se vire como puder".
Isso começou com a negação da pandemia, se ampliou com a propaganda de remédios sem efeitos, seguiu com o enrolo em relação às vacinas e agora com relação à distribuição orçamentária, como se as pessoas não vivessem nas cidades e estados, mas de um único país. Ninguém mora na nação, sem morar num município ou estado.
O desgoverno da boquinha não consegue resolver nenhum problema. Assim, indefinidamente arruma inimigos para jogar a culpa.
Hoje, os governadores e prefeitos sofrem a pressão das vítimas dos hospitais, leitos e UTIs lotadas e o desgoverno acha pouco. E fica jogando uma parte da população contra outra.
Por isso, insisto, não há colapso. O que há é genocídio, não apenas do capitão, mas de todo o Partido Militar.
O resultado disso é a redução e a perda da identidade, do sentimento de pertencimento à nação Brasil. União sem soberania e sem articulação e cooperação federativa não é nação.
Isso tudo parece cada vez mais a antessala da guerra de todos contra todos. Não diga que ela está surgindo naturalmente. Ela está sendo paulatina e criminosamente construída diante de reações ainda brandas do desmonte nacional.
Cretinos. Assassinos. Genocidas!
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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