A especulação e a ganância mórbida
Quanto menor o déficit, menor será a rolagem e o aumento da dívida pública: o maior meio de concentração de renda e riqueza via juros, do mundo
O mercado financeiro, principalmente os especuladores por voz própria ou por interpostas pessoas: seus porta-vozes nos grandes veículos de mídias atacam permanentemente o governo de Lula.
A sanha persecutória é tamanha, que com imensa desfaçatez “exigem” que o governo legitimamente eleito rasgue seu Programa de Governo.
O mote “O Pobre no Orçamento e o Rico no Imposto de Renda” venceu as eleições de 2022. Não o contrário.
É evidente que a equipe econômica ao formular o NAF, Novo Arcabouço Fiscal que foi chancelado pelo Congresso Nacional, buscava o equilíbrio das contas públicas por propugnar o déficit zero. Quanto menor o déficit, menor será a rolagem e o aumento da dívida pública: o maior meio de concentração de renda e riqueza via juros, do mundo.
O mercado financeiro quando fala em endividamento omite as bilionárias reservas cambiais do país, hoje totalizando 360 bilhões de dólares. Que subtraida da dívida bruta coloca nossa dívida ao redor de 65% do PIB. Uma das menores do Grupo das 20 maiores economias em termos percentuais.
Então essa pressão por cortes nada mais é do que uma forma de tentar jogar o governo contra sua base social.
Não que não se tenha de passar um pente-fino nos Programas. A própria imprensa já relatou vários casos de recebimentos indevidos. E isso será feito como já disse os ministros das respectivas pastas.
Toda essa especulação faz lembrar o que disse certa vez John Maynard Keynes: “o amor pelo dinheiro como posse – o que difere do amor pelo dinheiro para gozar os prazeres da vida-será reconhecido como aquilo que é: uma paixão mórbida e meio repugnante, uma dessas propensões um tanto criminosas e patológicas que habitualmente se confiam, com um arrepio, ao especialista em doenças mentais”.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: