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Francisco Calmon

Ex-coordenador nacional da Rede Brasil – Memória, Verdade e Justiça; membro da Coordenação do Fórum Direito à Memória, Verdade e Justiça do Espírito Santo. Membro da Frente Brasil Popular do ES

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A famiglia Bolsonaro

A famiglia Bolsonaro requer da Justiça tratamento exemplar e imediato, antes de contaminar as próximas eleições

Flávio, Carlos, Jair, Eduardo e Jair Renan Bolsonaro (Foto: Reprodução/X/@BolsonaroSP)

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A famiglia Bolsonaro, inimiga número um da democracia, amante obsessiva e compulsiva da corrupção, requer da Justiça tratamento exemplar e imediato, antes de contaminar as próximas eleições.

O projeto de anistia, PEC 70/2023, no Senado, aberto à consulta pública, requer da sociedade organizada pronto e intensivo repúdio, sob pena de ser um incentivo imediato ao golpismo.

Bolsonaro pariu uma gangue de meliantes, que usurpou o poder, assaltou o erário e corrompeu as instituições. Montou um estado policial de espionagem (ABIN), chantagem, genocídio, assédio, repressão e assassinatos. 

Uma quadrilha de biltres que usurpou o Estado brasileiro para enriquecimento ilícito, das moedinhas do lago do palácio às negociatas árabes, das comissões de armas às joias sauditas.

Bolsonaro não chegou por conta própria à presidência. A mídia, o Exército, a lava jato, o Judiciário e a direita pavimentaram o seu caminho até a vitória eleitoral e durante o seu execrado governo.

Caiu a vestal, a história das FFAA, as tentativas e os golpes realizados contra a democracia, a ditadura de 21 anos praticando crimes de lesa-humanidade, o governo Bolsonaro militarizado, praticando genocídios, assaltos ao erário, tráfico de drogas, inclusive em avião presidencial, fraudes diversas nas intendências militares e a intentona de 8 de janeiro, requer reconstruir as Forças em novos moldes e valores. 

É sobretudo a oportunidade história da sua redenção, pedindo perdão por todos os males infligidos ao país, e notadamente aos atingidos pela ditadura, que cometeu todos os tipos de barbaridades. 

Os bons militares, nacionalistas e democratas, sempre foram minoria e desde o golpe de 1964 expurgados das fileiras das três forças e amaldiçoados às novas gerações. 

A restruturação deve ser total, requer planejamento e muita coragem. Contudo, o momento histórico é este.

O governo atual não mete medo aos capitalistas, os únicos que os assustam são os trabalhadores organizados e lutando pelo socialismo. 

Esse temor faz com que a burguesia ceda e o estado possa ser de bem-estar social, não por compreensão, generosidade ou qualquer sentimento nobre, mas, para evitar perder as mãos no controle do Estado, o qual garante, em última instância, a manutenção do sistema capitalista e a burguesia como classe dominante.

Esperar que os representantes do capital financeiro, chamado mercado, apoiem o governo, é o mesmo que esperar que o trabalho ame o capital, que o explora, suga e oprime.  É negar a luta de classes. É negar a contradição antagônica entre o capital e o trabalho.  

É o momento de encarar o mercado e conscientizar a sociedade e contar com o apoio dela nesse enfrentamento. 

Juros altos afeta a todos. Explicar didática e diariamente o que é o “mercado”, seus interesses apátridas, seu descompromisso com o bem-estar da população, sua busca incessante pela maximização do lucro doa a quem doer, esporeando o lombo do trabalhador até sangrar, não há possibilidade do mercado abrir mão de sua razão de ser, o lucro incessante e crescente, e apoiar espontaneamente medidas de alcance popular.

A concentração de riqueza aumentou 16,8% no Brasil nos últimos 15 anos e o país já ocupa o terceiro lugar no ranking de maior desigualdade entre 56 nações.

A aparente tranquilidade e letargia da sociedade é assustadoramente preocupante, pois demonstra não compreender que podemos estar próximos da terceira guerra, visto que o imperialismo não aceita que o capitalismo está moribundo. 

O modo de produção capitalista exauriu-se e se mantém pelos golpes e guerras, e a crise propicia o apelo às soluções extremistas como a volta do nazifascismo.

As eleições na França foi a demonstração de que sem a esquerda não há garantia da democracia. E a Bolívia comprovou que só povo organizado pode impedir um golpe. 

As eleições municipais revestem-se, nesta conjuntura, de uma importância que transcende em si mesma, e em SP jogam um papel muito importante para 2026. 

Tarcísio será o candidato da extrema-direita e de partes da direita dita de centro em 2026. Daí porque a vitória de Boulos na capital enfraquecerá a extrema-direita e gestão da prefeitura fará um contraste com a do estado. 

Uma rede da tevês e rádios públicas a serviço de uma programação diária e permanente de difusão de informações, desmentidos de notícias falsas, bem como, um programa de formação em história, rudimentos de economia e o básico em direitos constitucionais, humanos e trabalhistas, e de educação ambiental, formam o mosaico de longo prazo para vencermos a guerra ideológica instalada em todos os cantos do planeta.

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