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    Hélio Rodrigues

    Vereador de São Paulo pelo PT e presidente do Sindicato dos Químicos de São Paulo

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    A luta pela eliminação da violência contra as mulheres

    Como vereador, tenho trabalhado para contribuir com essa agenda

    Violência contra a mulher (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

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    Nesta semana, o dia 25 marca a luta pela eliminação da violência contra as mulheres. Cada caso de violência doméstica começa em um projeto de vida compartilhado, que muitas vezes se transforma em um pesadelo. Romper com o ciclo de violência não é apenas uma responsabilidade individual, mas um desafio coletivo que exige suporte, proteção e políticas públicas efetivas. Desde a pandemia, assistimos ao aumento alarmante de casos de violência e feminicídio, agravados por uma cultura misógina amplificada nas redes sociais e em grupos de ódio que perpetuam preconceitos contra mulheres, inclusive entre homens jovens.

    Combatê-la requer um compromisso sério do Estado e da sociedade para fortalecer as políticas públicas de enfrentamento à violência. É preciso convocar os homens de diferentes culturas e realidades a se comprometerem em um pacto coletivo pelo fim da violência contra as mulheres. Além disso, dar voz às mulheres e meninas que enfrentam diversas formas de violência – física, psicológica, patrimonial, moral e sexual – é essencial para construir caminhos mais efetivos e humanizados de acolhimento.

    Infelizmente, na cidade de São Paulo, os serviços de proteção às mulheres, como casas de acolhimento e centros de referência, enfrentam uma precarização constante. Sob gestão de Organizações Sociais focadas em lucro, esses equipamentos estão abandonados, com falta de profissionais, salários defasados e estruturas inadequadas. Cortes orçamentários e retrocessos ideológicos dos últimos anos enfraqueceram a efetividade dessas políticas, colocando em risco a vida de muitas mulheres.

    Como proteger as mulheres em situação de violência quando os equipamentos estão sucateados e as trabalhadoras da rede estão sobrecarregadas e desvalorizadas? Cuidar das profissionais que atuam nesses serviços é fundamental para garantir acolhimento com empatia e qualidade. Sem isso, seguimos perpetuando um ciclo de descaso que impacta diretamente a vida de quem mais precisa.

    Neste 25 de novembro, mais do que uma data para reflexão, é um chamado à ação. A gestão municipal precisa priorizar o enfrentamento à violência contra as mulheres, ampliando e fortalecendo os serviços de acolhimento, garantindo prioridade em programas de habitação, qualificação profissional e educação. É essencial ouvir as mulheres, compreender suas demandas e atuar com seriedade para oferecer políticas públicas transformadoras.

    Como vereador, tenho trabalhado para contribuir com essa agenda. Sou autor da Lei Municipal nº 18.071/2024, que institui a Semana Municipal do Laço Branco na cidade de São Paulo, com atividades promovidas anualmente, na primeira semana de dezembro, com culminância no dia 6. A iniciativa busca envolver homens e toda a sociedade na luta pelo fim da violência contra as mulheres. Somente com compromisso político, escuta ativa e atuação efetiva poderemos construir uma cidade mais justa e segura para todas.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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