A ômicrom chegou e é agressiva, mesmo você não estando nem aí com isso
"No Brasil já surgem notícias de excesso de pacientes em hospitais. Está na cara que ela é rapidamente transmissível", escreve Washington Luiz de Araújo
Pior do que a nova e imensa leva de contágios pela variante ômicrom é o descaso de muitos com o fato. Sem contar os negacionistas de sempre, que negavam a pandemia e agora negam a vacina, pessoas esclarecidas que sempre se preservaram, agora, me parece, estão um tanto relaxadas.
Talvez por entenderem que a Ômicrom é uma variante leve que só causa os efeitos de uma gripe, muita gente está facilitando, flanando por aí sem máscara e se aglomerando.
Li outro dia: se você não sabe de um amigo que se contaminou, depois das festas de final de ano, é porque não tem amigo. É por aí.
As notícias de colapso em hospitais na Europa e Estados Unidos parece que entram por um ouvido e saem pelo outro. Será que a variante causa surdez e cegueira?
No Brasil já surgem notícias de excesso de pacientes em hospitais. Está na cara que ela é rapidamente transmissível.
Levando ao pé da letra somente a primeira parte da definição da palavra ômicrom, do grego mikrón, “o mais rápido”. A segunda definição, “breve”, entenda como quiser. Mas, se não está nem aí com a sua vida, pense na dos outros, que você arrisca ao não se preservar.
Por isso, todo cuidado é pouco. Vamos olhar para esta tal de ômicrom com o mesmo olhar que destinamos às outras variantes. Estou falando isso para o povo consciente, pois para o negacionismo, depois de mais de 620 mil pessoas mortas só no Brasil, não há vacina.
Parafraseando Luis Fernando Verissimo, este negócio de viver é muito difícil, mas não quero a outra opção. Nem para mim e nem para ninguém.
Obs.: Peço perdão àqueles que se cuidam, sendo conscientes da tragédia. Não generalizo.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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