A PF pegou a Abin de calças curtas
"De duas uma: ou a atual direção da Abin falhou fragorosamente ou protegeu os que colocaram em risco a democracia", escreve o colunista Alex Solnik
Cabia à Abin descobrir e desbaratar a quadrilha formada por alguns de seus ex- e atuais servidores que continuava agindo ilegalmente mesmo depois da troca de governo, e cujas atividades contribuíram para a tentativa de golpe de estado de 8/1.
Se uma agência de Inteligência não dá conta de descobrir e punir os maus elementos dentro de casa, não merece ter esse nome. E fica a dúvida se dá conta de descobrir os maus elementos de fora de casa.
Cabia à Abin prestar todos os esclarecimentos a respeito da utilização do sistema First Mile (e outros sistemas de espionagem) e revelar à sociedade brasileira os nomes de todos os espionados e os motivos pelos quais foram alvos de espionagem.
Se não se interessou em obtê-los, ou os obteve e escondeu, falhou novamente.
Cabia à Abin proteger o governo e a sociedade de seus maus agentes, dado que uma de suas atribuições é “avaliar ameaças internas e externas à ordem constitucional”.
A Abin deveria entregar suas laranjas podres à PF, e não a PF esfregar as laranjas podres na cara da Abin.
De duas uma: ou a atual direção da Abin falhou fragorosamente ou protegeu os que colocaram em risco a democracia.
A PF pegou a Abin de calças curtas.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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