A política externa do governo Lula na reconstrução do Brasil
Sob a liderança do Presidente Lula, o Brasil demonstrou sua importância política na geopolítica internacional ao lado dos mais desenvolvidos países do mundo
O Presidente Lula transformou a 19ª Reunião de Cúpula de chefes de Estado, realizada no Rio de Janeiro, num fórum de debates e decisões de alto nível, sobre os problemas emergenciais da humanidade.
As pautas de cúpulas anteriores, centradas no sistema financeiro, deram lugar a debates, decisões e compromissos dos chefes de Estados, de investir no desenvolvimento sustentável e enfrentar os desafios das mudanças climáticas, erradicar a fome e a pobreza, promover a justiça social, ambiental, e a paz entre as nações.
Sob a liderança do Presidente Lula, o Brasil demonstrou sua importância política na geopolítica internacional ao lado dos mais desenvolvidos países do mundo. Momento em que nossa diplomacia foi reconhecida pela capacidade política, eficiência na condução dos trabalhos, na mobilização das assessorias dos respectivos países membros e convidados, e de comparecimento do maior número de chefes de Estado em cúpulas do G20, desde sua criação. Prestígio esse que ficará na moldura da nossa história.
Na oportunidade, o Brasil realizou eventos e realizou reuniões bilaterais com vários países. Entre eles, a China, com o qual assinou 37 acordos de cooperação nas áreas de agricultura, comércio, investimentos, infraestrutura, indústria, energia, mineração, finanças, ciência e tecnologia, comunicação, desenvolvimento sustentável, turismo, esportes, saúde, educação e cultura.
Em 2004, no primeiro mandato do Presidente Lula, foi criada a Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban). Em 2009, no segundo governo do Presidente Lula, a China se tornou o maior parceiro comercial do Brasil, com ampla pauta de negócios. Em 2023, o comércio bilateral atingiu recorde histórico de US$ 157 bilhões. O superávit com a China é responsável por mais da metade do saldo comercial global brasileiro. A China é uma das principais fontes de investimento externo no país. O Brasil é o primeiro país latino-americano a exportar mais de US$ 100 bilhões por ano para a China.
De todas as tratativas da reunião bilateral, a assinatura da declaração conjunta de formação da Comunidade de Futuro Compartilhado China-Brasil por um Mundo mais Justo e um Planeta mais Sustentável, foi a mais importante. Essa declaração, adotada pela China, é considerada pela diplomacia brasileira o mais elevado nível de confiança da nação chinesa numa relação bilateral.
O rol de acordos assinados abrange o Plano de Cooperação para o estabelecimento de sinergias entre o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o Nova Indústria Brasil, o Plano de Transformação Ecológica, o Programa Rotas da Integração Sul-americana e a Iniciativa Cinturão e Rota. Ou seja, o conjunto de compromissos dos 37 acordos assinados. Terá prazo de 10 anos e será financiado pelo Fundo de Cooperação Brasil-China para Expansão da Capacidade Produtiva para o Desenvolvimento Sustentável. Será operacionalizado pelo BNDES e o Fundo de investimento para cooperação industrial China-América Latina e Caribe, criado em junho, na VII reunião da Cosban.
Ficou acordado que nos próximos dois meses duas equipes deverão apresentar uma proposta inicial de projetos prioritários, para os eixos de cooperação financeira, e outra sobre infraestrutura, desenvolvimento de cadeias produtivas, transformação ecológica e tecnologia.
Dos acordos assinados, merece destaque o que trata da cooperação entre a Telebras e a Spacesail, de serviços de telecomunicações e de internet de alta velocidade via satélite, e o de parcerias na agricultura familiar entre os dois países, que há dois anos vem sendo construídas. A Starlink, do bilionário Elon Musk, domina mais da metade da oferta desse serviço no Brasil. A parceria Spacesail e a Telebrás seria uma alternativa à Starlink.
A Associação para a Cooperação Popular Internacional, Baobab, tem trabalhado na elaboração de projetos de intercâmbio para produção de máquinas para a agricultura familiar e fábricas de bioinsumos. Foi assinado um acordo entre o Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação do Brasil e o Ministério da Ciência e Tecnologia da China, para construção de um Laboratório Conjunto em Mecanização e Inteligência Artificial para Agricultura Familiar. Os projetos serão desenvolvidos pelo Instituto Nacional do Semiárido (INSA) e a Universidade Agrícola da China.
Neste ano, Brasil e China comemoram 50 anos de relações diplomáticas, iniciadas em 1974. A visita oficial do presidente Xi Jinping reforçou os laços de amizade, ampliou as áreas de cooperação estratégica e estreitou ainda mais as relações entre os dois países.
Com essa sinergia tão bem articulada entre duas potências continentais de recursos naturais, científicos e tecnológicos, e a disposição de avançar ainda mais nas parcerias, coloca em perspectiva o desenvolvimento sustentável com justiça social e ambiental, para que possamos fazer valer o acordo para criação da Comunidade de Futuro Compartilhado China-Brasil por um Mundo mais Justo e um Planeta mais Sustentável.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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