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    Daniel Samam

    Daniel Samam é Músico, Educador e Editor do Blog de Canhota. Está Coordenador do Núcleo Celso Furtado (PT-RJ), está membro do Instituto Casa Grande (ICG) e está membro do Coletivo Nacional de Cultura do Partido dos Trabalhadores (PT).

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    A tendência é uma eleição plebiscitária em 2 de outubro

    "No estado do Rio, divisão no campo democrático e Bolsonaro ainda forte", escreve Daniel Samam

    (Foto: Marcos Corrêa/PR | Reprodução)

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    Por Daniel Samam 

    As pesquisas mais frequentes, Quaest, Ipespe e PoderData, junto com a primeira Datafolha de 2022, mostram que Lula atingiu um teto que o garante a liderança, mas ainda distante de liquidar a fatura no 1º turno, que seria o ideal na perspectiva de impor uma derrota contundente e incontestável no fascismo à brasileira. Bolsonaro, por sua vez, vem recompondo parte do eleitorado e a malfadada terceira via que mostrou incapacidade de dialogar com o povo, deu com os burros n'água.

    A pesquisa PoderData divulgada na última quarta-feira (30), registrou a menor diferença entre Lula e Bolsonaro. As linhas que flagram as intenções de voto nos dois se aproximam. A boca do jacaré tá fechando. Cenário super polarizado.

    No estado do Rio, divisão no campo democrático e Bolsonaro ainda forte

    No estado do Rio, é luz amarela acesa tanto na disputa pra governador quanto para presidente. O cenário eleitoral do estado se dá ainda em ambiente de devastação econômica e política promovida pela Lava Jato. Sem contar na divisão do campo democrático que ameaça o desempenho da candidatura de Lula no estado do Rio. Isso é inaceitável. Todos os esforços deveriam estar focados em derrotar o bolsonarismo no seu nascedouro.

    A agonia da terceira via e seus efeitos

    De um lado, Dória parece ter simulado sua desistência para enganar Eduardo Leite, fazendo-o ficar no PSDB. Do outro, Moro caiu no 'canto da sereia' de Luciano Bivar para ser candidato por um partido maior, no caso, o União Brasil. Acontece que o ex-juiz e ex-ministro esqueceu de combinar com o restante da turma. Com Ciro cada vez mais destemperado e atacando exclusivamente o Lula e o PT, o isolamento é mais que natural.

    Nós não temos o direito de duvidar de que Bolsonaro e seu bando estão se preparando para tentar golpear as eleições caso Lula vença a disputa. Os sinais estão por toda parte. Não se trata de devaneios ou teorias conspiratórias. Dado o histórico dos representantes da moribunda terceira via, precisamos fazer a grande política para que estes não costeiem o alambrado do golpe e nem pisquem para Bolsonaro.

    Vejam, mais de 70% dos brasileiros e brasileiras já tem voto definido para presidente no primeiro turno. Portanto, a tendência é uma eleição plebiscitária em 2 de outubro: Lula x Bolsonaro.

    Os próximos 6 meses tendem a durar séculos. Devemos ter sangue frio e nervos de aço pra fazer a grande política em defesa da democracia brasileira. Esta será a eleição de nossas vidas.

    * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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