A tendência é uma eleição plebiscitária em 2 de outubro
"No estado do Rio, divisão no campo democrático e Bolsonaro ainda forte", escreve Daniel Samam
"No estado do Rio, divisão no campo democrático e Bolsonaro ainda forte", escreve Daniel Samam
O apresentador expressa uma ideologia que propaga um conceito de liberdade sem responsabilidade alguma com o outro
O que está claro é que a conjuntura fascistizante não será resolvida apenas pelo "alto". A saída não está apenas na ação institucional (que é fundamental, diga-se). No entanto, falta um ator decisivo para empurrar as instituições a tomar posições mais drásticas: povo na rua
Bolsonaro já avançou demais e precisa ser parado. Nutrir perspectiva de moderação ou diálogo com ele é um devaneio e uma irresponsabilidade para com o país
Tirar Bolsonaro da presidência ainda em 2021 deveria ser a principal tarefa das instituições, bem como dos partidos à esquerda e à direita, entidades e membros da sociedade civil desde que comprometidos com a democracia
As eleições de 2022 serão um plebiscito sobre democracia x fascismo. Civilização x barbárie. E como diz o ditado, pior que um crime é um erro. E nós, democratas, não temos o direito de errar nesta quadra da história, pois do outro lado está o fascismo, a barbárie da fome, da morte e da devastação
Não vai ser simples derrotar o bolsonarismo em 2022. Ganhando, há o problema de assumir e governar. Pra ganhar, assumir e levar é preciso juntar gente, passar por cima de divergências, agrupar e fazer acordos e alianças para o 1º e 2º turnos
É inadmissível em uma sociedade que se pretende civilizada tolerar e não responder à altura o que aconteceu no Jacarezinho. Lá, os indícios da insubordinação das polícias e o recrudescimento da conjuntura fascistizante foram mais que evidentes
O que corre nos bastidores é que os ministros estão construindo a seguinte saída: que a CPI só poderá ter reuniões passado o atual estágio da pandemia. Com isso, atenderia aos interesses dos senadores contrários à investigação e do próprio governo federal. A ver. Fora isso, segue a tática bolsonarista de criar tumulto
A volta de Lula ao jogo tirou do armário um esqueleto que assombrou as últimas corridas presidenciais no Brasil (2018) e nos EUA (2020): a ideia de um país dividido entre dois extremos. Não é verdade
O que o nazismo na Alemanha e o fascismo na Itália, além do massacre dos tutsis em Ruanda, bem como a invasão ao capitólio nos EUA e a marcha neofascista no Brasil têm em comum é que todos foram precedidos por discursos de ódio relativizados e subestimados pela sociedade e pelas instituições. Se naturalizarmos esse discurso, o próximo passo é a materialização das intenções.